De Pueblos Indígenas en Brasil
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Ministro lança um programa ambiental em Monte Pascoal
11/04/2002
Autor: (Carla Fialho)
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Programa visa recuperar áreas remanescentes de Mata Atlântica
O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho lançou, na última terça-feira, no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, o Programa de Gestão Ambiental Integrada do Parque e de seu entorno. Participaram do evento representantes do Ministério da Justiça, do Ibama, o presidente da Funai, Glênio da Costa Alvarez, ambientalistas e índios pataxós. O programa tem como objetivo recuperar os remanescentes de Mata Atlântica no interior do parque e gerar renda e alimentos para as comunidades indígenas que vivem nas proximidades do Monte Pascoal.
Para a implementação do projeto foram disponibilizados recursos no valor de US$ 533 mil,
oriundos de um acordo internacional assinado entre a FAO e o MMA/SBF/DAP. O ministro ressaltou que "o projeto visa superar o falso dilema que opõe preservação da biodiversidade à cultura indígena, mostrando que os dois podem conviver de forma harmônica, sem problemas".
Segundo o diretor de áreas protegidas, Marco Antônio Caminha, o programa irá funcionar, na prática, por meio de oficinas de planejamento e capacitação das comunidades indígenas.
"Vamos fornecer os instrumentos e os meios necessários para que as comunidades escolham o caminho a seguir. Eles é que sabem o que é melhor para eles. Os cursos de capacitação irão treinar os índios para gerenciarem os recursos naturais das áreas onde vivem e a partir daí, gerar renda. Com isso rompemos com a relação paternalista de que o Estado tem que dar", explica. De acordo ainda com Caminha, serão construídos viveiros com mudas para as comunidades indígenas plantarem leguminosas- para alimentação, e madeira, para a fabricação de artesanato. Somado a tudo isso, o programa objetiva resgatar a cultura indígena, perdida ao longo dos anos, com cursos de artesanato de tecelagem e outras técnicas usadas pelos ancestrais.
Por enquanto será formado um grupo de trabalho para discutir quais os melhores caminhos a serem seguidos e quais os melhores profissionais para ministrarem os cursos. O que já está em vigor são os cursos de combate aos incêndios. Uma equipe do Ibama está treinando as comunidades indígenas para dar apoio na fiscalização do parque e formando uma brigada de prevenção contra incêndios florestais.
Mas nem todos ficaram satisfeitos com o evento de lançamento do projeto. O Cimi assinou um manifesto em que afirma que o termo de cooperação técnica entre Ministério do Meio
Ambiente, Ministério da Justiça, Ibama e Funai, que resultou no projeto, "impõe um controle do Ibama e inúmeras restrições aos pataxós que atualmente ocupam o Monte Pascoal; ao mesmo tempo o acordo visa estabelecer programas econômicos no entorno da área onde se localizam várias aldeias, no intuito de tirar gradativamente os pataxós do núcleo onde o Ibama concentra sua ação".
O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho lançou, na última terça-feira, no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, o Programa de Gestão Ambiental Integrada do Parque e de seu entorno. Participaram do evento representantes do Ministério da Justiça, do Ibama, o presidente da Funai, Glênio da Costa Alvarez, ambientalistas e índios pataxós. O programa tem como objetivo recuperar os remanescentes de Mata Atlântica no interior do parque e gerar renda e alimentos para as comunidades indígenas que vivem nas proximidades do Monte Pascoal.
Para a implementação do projeto foram disponibilizados recursos no valor de US$ 533 mil,
oriundos de um acordo internacional assinado entre a FAO e o MMA/SBF/DAP. O ministro ressaltou que "o projeto visa superar o falso dilema que opõe preservação da biodiversidade à cultura indígena, mostrando que os dois podem conviver de forma harmônica, sem problemas".
Segundo o diretor de áreas protegidas, Marco Antônio Caminha, o programa irá funcionar, na prática, por meio de oficinas de planejamento e capacitação das comunidades indígenas.
"Vamos fornecer os instrumentos e os meios necessários para que as comunidades escolham o caminho a seguir. Eles é que sabem o que é melhor para eles. Os cursos de capacitação irão treinar os índios para gerenciarem os recursos naturais das áreas onde vivem e a partir daí, gerar renda. Com isso rompemos com a relação paternalista de que o Estado tem que dar", explica. De acordo ainda com Caminha, serão construídos viveiros com mudas para as comunidades indígenas plantarem leguminosas- para alimentação, e madeira, para a fabricação de artesanato. Somado a tudo isso, o programa objetiva resgatar a cultura indígena, perdida ao longo dos anos, com cursos de artesanato de tecelagem e outras técnicas usadas pelos ancestrais.
Por enquanto será formado um grupo de trabalho para discutir quais os melhores caminhos a serem seguidos e quais os melhores profissionais para ministrarem os cursos. O que já está em vigor são os cursos de combate aos incêndios. Uma equipe do Ibama está treinando as comunidades indígenas para dar apoio na fiscalização do parque e formando uma brigada de prevenção contra incêndios florestais.
Mas nem todos ficaram satisfeitos com o evento de lançamento do projeto. O Cimi assinou um manifesto em que afirma que o termo de cooperação técnica entre Ministério do Meio
Ambiente, Ministério da Justiça, Ibama e Funai, que resultou no projeto, "impõe um controle do Ibama e inúmeras restrições aos pataxós que atualmente ocupam o Monte Pascoal; ao mesmo tempo o acordo visa estabelecer programas econômicos no entorno da área onde se localizam várias aldeias, no intuito de tirar gradativamente os pataxós do núcleo onde o Ibama concentra sua ação".
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