De Pueblos Indígenas en Brasil
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Ianomâmis prendem 11 da Funasa
04/10/2007
Fonte: OESP, Nacional, p. A12
Ianomâmis prendem 11 da Funasa
Dois aviões que levavam médicos e enfermeiros foram seqüestrados em aldeia no norte de Roraima
Cyneida Correia
Boa Vista - Cerca de 350 índios ianomâmis da Aldeia Papiu, localizada no município de Alto Alegre, em Roraima, seqüestraram ontem dois aviões e mantiveram reféns 11 funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Temerosos de ficar sem socorro médico por tempo indeterminado, os índios resolveram não liberar a saída dos reféns da região ao saber que eles entrariam em greve. Estão sob poder dos índios médicos e enfermeiros responsáveis pelo atendimento de saúde em várias aldeias na região.
O local é de difícil acesso e fica a mais de 300 quilômetros da capital, Boa Vista. Só se chega à aldeia de avião. As equipes de saúde permanecem na localidade por 15 dias, atendendo os índios, e depois são trocadas. Foi durante uma dessas trocas que os moradores da aldeia resolveram impedir a saída dos servidores. Eles prenderam as aeronaves na pista com cipós e cordas.
SALÁRIO ATRASADO
Os médicos e enfermeiros reféns fazem parte do convênio Universidade de Brasília/Funasa e teriam dito aos índios que não voltariam para tratá-los por estarem com salários atrasados há mais de dois meses.
A falta de pagamento da Fundação Universidade de Brasília (FUB) é constante, acusam os funcionários. O presidente do sindicato da categoria, Rondinelle Rodrigues, confirmou a informação e disse que, se o pagamento não for feito imediatamente, os funcionários podem parar por tempo indeterminado.
"É uma situação crítica e estamos temerosos pelos companheiros que estão nessa situação. Vamos acompanhar de perto as providências e esperamos que nada mais grave aconteça", declarou Rodrigues.
As famílias dos funcionários que estão retidos na área ianomâmi ficaram ontem em frente à Funasa aguardando notícias. Parente de um dos agentes de saúde que estão na área, que não quis ser identificado, disse que os servidores vivem em constante ameaça.
"Somente neste ano o salário dos funcionários já atrasou várias vezes por mais de dois meses. É injusto, pois eles ficam 15 dias direto, tratando de malária, dengue e outros problemas dos índios e, além de receberem pouco, ainda é sempre com atraso. Agora estão lá e ninguém sabe como os índios podem reagir", protestou. "Esperamos que a Funasa tome alguma providência para tirar nossos familiares de lá", declarou.
A direção da Fundação Nacional de Saúde está negociando com as lideranças indígenas, mas por enquanto não existe previsão de liberação dos reféns. O coordenador da instituição em Roraima, Ramiro Teixeira, informou que, apesar do seqüestro, a situação na região é tranqüila.
"Nós estamos resolvendo a situação. Entramos em contato com Brasília e devem ser liberados cerca de R$ 2,5 milhões para pagar os salários atrasados", afirmou Teixeira.
"Assim que o pagamento for feito, eles serão liberados. Acreditamos que tudo deve se resolver até amanhã (hoje) e estamos fazendo tudo para solucionar o impasse o mais rapidamente possível", explicou.
OESP, 04/10/2007, Nacional, p. A12
Dois aviões que levavam médicos e enfermeiros foram seqüestrados em aldeia no norte de Roraima
Cyneida Correia
Boa Vista - Cerca de 350 índios ianomâmis da Aldeia Papiu, localizada no município de Alto Alegre, em Roraima, seqüestraram ontem dois aviões e mantiveram reféns 11 funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Temerosos de ficar sem socorro médico por tempo indeterminado, os índios resolveram não liberar a saída dos reféns da região ao saber que eles entrariam em greve. Estão sob poder dos índios médicos e enfermeiros responsáveis pelo atendimento de saúde em várias aldeias na região.
O local é de difícil acesso e fica a mais de 300 quilômetros da capital, Boa Vista. Só se chega à aldeia de avião. As equipes de saúde permanecem na localidade por 15 dias, atendendo os índios, e depois são trocadas. Foi durante uma dessas trocas que os moradores da aldeia resolveram impedir a saída dos servidores. Eles prenderam as aeronaves na pista com cipós e cordas.
SALÁRIO ATRASADO
Os médicos e enfermeiros reféns fazem parte do convênio Universidade de Brasília/Funasa e teriam dito aos índios que não voltariam para tratá-los por estarem com salários atrasados há mais de dois meses.
A falta de pagamento da Fundação Universidade de Brasília (FUB) é constante, acusam os funcionários. O presidente do sindicato da categoria, Rondinelle Rodrigues, confirmou a informação e disse que, se o pagamento não for feito imediatamente, os funcionários podem parar por tempo indeterminado.
"É uma situação crítica e estamos temerosos pelos companheiros que estão nessa situação. Vamos acompanhar de perto as providências e esperamos que nada mais grave aconteça", declarou Rodrigues.
As famílias dos funcionários que estão retidos na área ianomâmi ficaram ontem em frente à Funasa aguardando notícias. Parente de um dos agentes de saúde que estão na área, que não quis ser identificado, disse que os servidores vivem em constante ameaça.
"Somente neste ano o salário dos funcionários já atrasou várias vezes por mais de dois meses. É injusto, pois eles ficam 15 dias direto, tratando de malária, dengue e outros problemas dos índios e, além de receberem pouco, ainda é sempre com atraso. Agora estão lá e ninguém sabe como os índios podem reagir", protestou. "Esperamos que a Funasa tome alguma providência para tirar nossos familiares de lá", declarou.
A direção da Fundação Nacional de Saúde está negociando com as lideranças indígenas, mas por enquanto não existe previsão de liberação dos reféns. O coordenador da instituição em Roraima, Ramiro Teixeira, informou que, apesar do seqüestro, a situação na região é tranqüila.
"Nós estamos resolvendo a situação. Entramos em contato com Brasília e devem ser liberados cerca de R$ 2,5 milhões para pagar os salários atrasados", afirmou Teixeira.
"Assim que o pagamento for feito, eles serão liberados. Acreditamos que tudo deve se resolver até amanhã (hoje) e estamos fazendo tudo para solucionar o impasse o mais rapidamente possível", explicou.
OESP, 04/10/2007, Nacional, p. A12
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