De Pueblos Indígenas en Brasil

Noticias

Índios fazem madeireiros de reféns no Mato Grosso

20/08/2002

Autor: Nelson Francisco

Fonte: Estado de S. Paulo-São Paulo-SP



Dez funcionários de madeiras localizadas em Santa Carmem, a 490 quilômetros de Cuiabá, são mantidos reféns de índios do grupo Kayabi desde a segunda-feira. Eles extraíam madeira na fazenda Bandeirantes quando foram seqüestrados pelos índios que apreenderam também quatro caminhonetes e um caminhão. Até a noite desta terça-feira o grupo permanecia em poder do indígenas que habitam no Parque Nacional do Xingu.

Um contingente da Polícia Federal e funcionários da Funai se dirigem para o local nesta quarta-feira para negociar a libertação dos reféns. Os índios alegam que a madeira estava sendo retirada ilegalmente da área indígena ao norte do Parque Indígena do Xingu, além de um desmatamento feito pelo empresário Valter Golo que também foi feito refém.

O chefe de gabinete da prefeitura de Feliz Natal - cidade mais próxima do local onde ocorre o conflito -, Manuel Messias Sales, informou que a madeira retirada e o desmatamento ocorreram na fazenda Bandeirante, que está fora dos limites do parque. A fazenda pertence a Ivo Vicentini cuja família explora projetos de colonização na região. Sales contestou a versão do índios e os qualificou de "atrevidos e hostis".

Armados e pintados para a guerra, os Kayabi teriam desmontados à força os acampamentos dos trabalhadores e confiscados os veículos utilizados para o transporte da madeira. "Não há a menor chance de ter ocorrido uma invasão na terra dos índios", afirmou Sales.

A direção da Funai em Cuiabá e Colíder não tinham conhecimento do conflito na região. O cacique Megaron Txucarramãe, chefe do posto da Funai em Colíder, informou que uma equipe do órgão indigenista vai até local nesta quarta-feira.
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.