De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Xavantes contra fazendeiros
10/04/2003
Autor: Najla Passos
Fonte: Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Sumiço do índio Joaquim Maradezurro, 72 anos, foi o estopim, mas clima de tensão já vinha ocorrendo
O desaparecimento do xavante Joaquim Maradezurro, 72 anos, há exatos dez dias, levou os 2,2 mil índios da Aldeia Sangradouro, em Primavera do Leste, a 192 quilômetros da capital, a declararem guerra aos fazendeiros da região.
Na terça-feira, por volta do meio-dia, quase 500 xavantes invadiram as fazendas Suspiro, Rica Dois e Sonho Dourado, na fronteira de Primavera com a reserva indígena. Fizeram mais de 20 reféns e confiscaram carros, maquinário agrícola, alimentos e outros bens.
Na madrugada de ontem, policiais federais, militares e civis conseguiram negociar a liberação dos reféns. Entre eles, o empresário Ernesto Ruaro, proprietário da Fazenda Suspiro.
Segundo sua filha, Ana Paula Ruaro, o pai, o irmão e todos os funcionários da fazenda passaram o dia amarrados em troncos de árvores, seminus. "Meu pai contou que os índios ameaçavam queimá-los vivos", revela.
Os índios acusam Ruaro e outros fazendeiros de terem mandado matar Maradezurro, que cultivava o hábito histórico de caçar e pescar no município, sem respeitar propriedades privadas.
"Os índios aqui não respeitam nada. E nós ficamos de mãos atadas, já que nem a Polícia Federal pode entrar na reserva para retomar nossos bens".
Ela garante que, só na fazenda da família, os índios confiscaram duas caminhonetes, máquinas agrícolas e alimentos. "Só os tratores foram recuperados pela Federal".
Boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Primavera do Leste revela que, na Fazenda Rica Dois, da empresa agrícola Rondoagro, eles fizeram mais 11 reféns.
Também apreenderam três tratores, uma saveiro, dois telefones celulares, antena parabólica, um 17 colchões, geladeira, fogão, freezer e até a carreta onde carregaram tudo.
De acordo com o delegado Percival Eliotério de Paula, 170 xavantes participaram da invasão à fazenda Rica Dois. Ana Paula calcula que, na fazenda da sua família, foram mais 80.
O desaparecimento do xavante Joaquim Maradezurro, 72 anos, há exatos dez dias, levou os 2,2 mil índios da Aldeia Sangradouro, em Primavera do Leste, a 192 quilômetros da capital, a declararem guerra aos fazendeiros da região.
Na terça-feira, por volta do meio-dia, quase 500 xavantes invadiram as fazendas Suspiro, Rica Dois e Sonho Dourado, na fronteira de Primavera com a reserva indígena. Fizeram mais de 20 reféns e confiscaram carros, maquinário agrícola, alimentos e outros bens.
Na madrugada de ontem, policiais federais, militares e civis conseguiram negociar a liberação dos reféns. Entre eles, o empresário Ernesto Ruaro, proprietário da Fazenda Suspiro.
Segundo sua filha, Ana Paula Ruaro, o pai, o irmão e todos os funcionários da fazenda passaram o dia amarrados em troncos de árvores, seminus. "Meu pai contou que os índios ameaçavam queimá-los vivos", revela.
Os índios acusam Ruaro e outros fazendeiros de terem mandado matar Maradezurro, que cultivava o hábito histórico de caçar e pescar no município, sem respeitar propriedades privadas.
"Os índios aqui não respeitam nada. E nós ficamos de mãos atadas, já que nem a Polícia Federal pode entrar na reserva para retomar nossos bens".
Ela garante que, só na fazenda da família, os índios confiscaram duas caminhonetes, máquinas agrícolas e alimentos. "Só os tratores foram recuperados pela Federal".
Boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Primavera do Leste revela que, na Fazenda Rica Dois, da empresa agrícola Rondoagro, eles fizeram mais 11 reféns.
Também apreenderam três tratores, uma saveiro, dois telefones celulares, antena parabólica, um 17 colchões, geladeira, fogão, freezer e até a carreta onde carregaram tudo.
De acordo com o delegado Percival Eliotério de Paula, 170 xavantes participaram da invasão à fazenda Rica Dois. Ana Paula calcula que, na fazenda da sua família, foram mais 80.
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