De Pueblos Indígenas en Brasil
News
Almir Suruí
05/12/2009
Autor: KRENAK, Ailton
Fonte: Revista Época - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI108879-15228,00.html
Ao unir diferentes gerações dentro das tribos, ele digitalizou as aldeias indígenas brasileiras
Conheço o Almir Suruí desde que fiz as primeiras visitas ao povo suruí, em Rondônia, quando eles sofriam os impactos da construção da BR-364, que liga Cuiabá a Porto Velho. No início dos anos 80, os suruís viviam como refugiados. O município de Cacoal (onde fica a terra indígena) era uma grande vila garimpeira e madeireira. Um faroeste. Almir, que era menino naquela época, cresceu vendo isso acontecer com seu povo. Em 1989, ajudei a criar um programa de bolsas indígenas. O Almir, junto com índios de outras 11 etnias, viraram bolsistas do Centro de Pesquisa Indígena. Ele tinha 14 anos. Falava poucas palavras de português. Saiu de lá, dois anos depois, capacitado a implantar princípios de desenvolvimento sustentável em sua comunidade. Aos 18 anos, o Almir começou a gerenciar um projeto com as famílias suruís para tentar gerar renda a partir da castanha. Era um desafio porque, na mesma época, o povo dele estava sendo cooptado pelas madeireiras para derrubar as castanheiras. Almir foi convidado, dois anos depois, para coordenar a Organização dos Povos Indígenas de Rondônia. Uma das suas iniciativas recentes foi mapear sua própria aldeia, com a ajuda do GoogleEarth, e vender créditos de carbono pela conservação das florestas. Mesmo em meio à adversidade, Almir foi capaz de criar alianças entre os índios mais velhos e a nova geração das aldeias para mediar a chegada de tecnologias modernas.
Ailton Krenak, coordenador da Rede Povos da Floresta, que implanta tecnologias digitais nas aldeias
Conheço o Almir Suruí desde que fiz as primeiras visitas ao povo suruí, em Rondônia, quando eles sofriam os impactos da construção da BR-364, que liga Cuiabá a Porto Velho. No início dos anos 80, os suruís viviam como refugiados. O município de Cacoal (onde fica a terra indígena) era uma grande vila garimpeira e madeireira. Um faroeste. Almir, que era menino naquela época, cresceu vendo isso acontecer com seu povo. Em 1989, ajudei a criar um programa de bolsas indígenas. O Almir, junto com índios de outras 11 etnias, viraram bolsistas do Centro de Pesquisa Indígena. Ele tinha 14 anos. Falava poucas palavras de português. Saiu de lá, dois anos depois, capacitado a implantar princípios de desenvolvimento sustentável em sua comunidade. Aos 18 anos, o Almir começou a gerenciar um projeto com as famílias suruís para tentar gerar renda a partir da castanha. Era um desafio porque, na mesma época, o povo dele estava sendo cooptado pelas madeireiras para derrubar as castanheiras. Almir foi convidado, dois anos depois, para coordenar a Organização dos Povos Indígenas de Rondônia. Uma das suas iniciativas recentes foi mapear sua própria aldeia, com a ajuda do GoogleEarth, e vender créditos de carbono pela conservação das florestas. Mesmo em meio à adversidade, Almir foi capaz de criar alianças entre os índios mais velhos e a nova geração das aldeias para mediar a chegada de tecnologias modernas.
Ailton Krenak, coordenador da Rede Povos da Floresta, que implanta tecnologias digitais nas aldeias
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