De Povos Indígenas no Brasil
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Noticias
Protesto, invasão e confronto marcam segundo dia da COP30 em Belém
12/11/2025
Fonte: InfoAmazonia - https://vocativo.com
Manifestantes invadiram o Hangar da COP30, em Belém, e entraram em confronto com seguranças após romper barreiras de acesso. Houve empurra-empurra próximo aos raio-x, ação violenta de seguranças estrangeiros e intimidação a jornalistas. A PM estava nos arredores, mas não interveio
Na noite de terça-feira (11/11/2025), um grupo de manifestantes invadiu o Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA), local que abriga a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A ação, iniciada por volta das 18h30 (horário local) resultou em confronto com a equipe de segurança do evento, após os manifestantes romperem as barreiras de acesso e ocuparem parte do espaço.
O ato foi realizado por integrantes de movimentos socioambientais, entre eles o Movimento Juntos, a Juventude Ecossocialista e o Coletivo Baixo Tapajós, que protestavam contra a exploração de petróleo na foz do Amazonas e o marco temporal das terras indígenas. Imagens captadas pela reportagem mostram a presença da Polícia Militar de Belém no início do incidente, mas sem intervir.
Confronto e reação dos organizadores
Nos arredores do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, havia presença de policiamento da Polícia Militar de Belém, que acompanhava a movimentação de manifestantes e curiosos. No entanto, nenhuma ação foi registrada fora do prédio durante o momento da invasão. O controle da situação permaneceu restrito ao interior do centro de convenções.
O confronto teve início próximo aos equipamentos de raio-x, no acesso principal, quando manifestantes e seguranças privados começaram um empurra-empurra após a tentativa de bloqueio da passagem. As imagens e relatos colhidos pela reportagem mostram que a confusão se intensificou rapidamente, com gritos e correria no saguão de entrada.
Durante a confusão, seguranças estrangeiros, identificados pelas fardas azul-claras, agiram com violência e tentaram intimidar jornalistas que registravam o episódio. Alguns profissionais relataram ameaças diretas e gestos de agressividade por parte desses agentes, que atuavam de forma autônoma em relação à equipe local.
Outro fator observado pela reportagem foi a ausência de walkie-talkies ou rádios de comunicação entre os seguranças. Essa falha comprometeu a coordenação e a troca de informações entre as equipes privadas e os agentes da segurança pública, dificultando uma resposta organizada durante o tumulto.
Até o momento, não há dados oficiais sobre feridos, e não se sabe quem comandava as ações de segurança no local no momento da invasão. Nenhum comunicado foi emitido pelos organizadores da COP30, pelo governo do Pará ou pelo comando da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) responsável pela segurança da conferência.
Mais tarde, ainda durante a noite de terça, os organizadores da Marcha Global Saúde e Clima, que também ocorria no mesmo dia, negaram participação na invasão em nota oficial divulgada. Eles também informaram que o ato com confronto ocorreu depois do encerramento da manifestação oficial. Até o momento, não há informações sobre detenções ou feridos, e os responsáveis pelo evento não divulgaram nota oficial sobre o incidente.
Protesto seria por visibilidade às pautas amazônicas
Entre os participantes estava o advogado Ronaldo Barbosa, de Ribeirão Preto (SP), que explicou à reportagem o motivo da ocupação e as reivindicações do grupo. "O protesto é por visibilidade. O que está acontecendo aqui é um símbolo da falta de espaço para o povo da Amazônia, para os indígenas, para os ribeirinhos, para os quilombolas, para quem vive os impactos reais das decisões que estão sendo tomadas nesta conferência", afirmou.
Segundo ele, a ocupação teve o objetivo de chamar atenção das autoridades e da imprensa internacional para o que considera uma contradição entre o discurso ambiental do governo e as práticas econômicas em curso. "Não adianta falar em transição energética enquanto se libera a exploração de petróleo na foz do Amazonas. Não adianta falar em justiça climática enquanto o marco temporal avança no Congresso e as comunidades continuam sendo expulsas de suas terras", disse Barbosa.
O advogado também criticou a ausência de vozes amazônicas nas negociações e painéis da conferência. "As decisões estão sendo tomadas por quem não vive aqui. Queremos participar das discussões, queremos ser ouvidos. Essa ação é um grito de socorro, mas também de resistência", acrescentou.
https://vocativo.com/2025/11/12/protesto-invasao-e-confronto-marcam-segundo-dia-da-cop30-em-belem/
Na noite de terça-feira (11/11/2025), um grupo de manifestantes invadiu o Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA), local que abriga a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A ação, iniciada por volta das 18h30 (horário local) resultou em confronto com a equipe de segurança do evento, após os manifestantes romperem as barreiras de acesso e ocuparem parte do espaço.
O ato foi realizado por integrantes de movimentos socioambientais, entre eles o Movimento Juntos, a Juventude Ecossocialista e o Coletivo Baixo Tapajós, que protestavam contra a exploração de petróleo na foz do Amazonas e o marco temporal das terras indígenas. Imagens captadas pela reportagem mostram a presença da Polícia Militar de Belém no início do incidente, mas sem intervir.
Confronto e reação dos organizadores
Nos arredores do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, havia presença de policiamento da Polícia Militar de Belém, que acompanhava a movimentação de manifestantes e curiosos. No entanto, nenhuma ação foi registrada fora do prédio durante o momento da invasão. O controle da situação permaneceu restrito ao interior do centro de convenções.
O confronto teve início próximo aos equipamentos de raio-x, no acesso principal, quando manifestantes e seguranças privados começaram um empurra-empurra após a tentativa de bloqueio da passagem. As imagens e relatos colhidos pela reportagem mostram que a confusão se intensificou rapidamente, com gritos e correria no saguão de entrada.
Durante a confusão, seguranças estrangeiros, identificados pelas fardas azul-claras, agiram com violência e tentaram intimidar jornalistas que registravam o episódio. Alguns profissionais relataram ameaças diretas e gestos de agressividade por parte desses agentes, que atuavam de forma autônoma em relação à equipe local.
Outro fator observado pela reportagem foi a ausência de walkie-talkies ou rádios de comunicação entre os seguranças. Essa falha comprometeu a coordenação e a troca de informações entre as equipes privadas e os agentes da segurança pública, dificultando uma resposta organizada durante o tumulto.
Até o momento, não há dados oficiais sobre feridos, e não se sabe quem comandava as ações de segurança no local no momento da invasão. Nenhum comunicado foi emitido pelos organizadores da COP30, pelo governo do Pará ou pelo comando da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) responsável pela segurança da conferência.
Mais tarde, ainda durante a noite de terça, os organizadores da Marcha Global Saúde e Clima, que também ocorria no mesmo dia, negaram participação na invasão em nota oficial divulgada. Eles também informaram que o ato com confronto ocorreu depois do encerramento da manifestação oficial. Até o momento, não há informações sobre detenções ou feridos, e os responsáveis pelo evento não divulgaram nota oficial sobre o incidente.
Protesto seria por visibilidade às pautas amazônicas
Entre os participantes estava o advogado Ronaldo Barbosa, de Ribeirão Preto (SP), que explicou à reportagem o motivo da ocupação e as reivindicações do grupo. "O protesto é por visibilidade. O que está acontecendo aqui é um símbolo da falta de espaço para o povo da Amazônia, para os indígenas, para os ribeirinhos, para os quilombolas, para quem vive os impactos reais das decisões que estão sendo tomadas nesta conferência", afirmou.
Segundo ele, a ocupação teve o objetivo de chamar atenção das autoridades e da imprensa internacional para o que considera uma contradição entre o discurso ambiental do governo e as práticas econômicas em curso. "Não adianta falar em transição energética enquanto se libera a exploração de petróleo na foz do Amazonas. Não adianta falar em justiça climática enquanto o marco temporal avança no Congresso e as comunidades continuam sendo expulsas de suas terras", disse Barbosa.
O advogado também criticou a ausência de vozes amazônicas nas negociações e painéis da conferência. "As decisões estão sendo tomadas por quem não vive aqui. Queremos participar das discussões, queremos ser ouvidos. Essa ação é um grito de socorro, mas também de resistência", acrescentou.
https://vocativo.com/2025/11/12/protesto-invasao-e-confronto-marcam-segundo-dia-da-cop30-em-belem/
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