De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Yanomamis acusam garimpeiros de facilitar entrada de armas
06/12/2007
Autor: Amanda Mota
Fonte: Agência Brasil
Manaus - A briga de um casal Yanomami que vive na região de Auaris, em Roraima, na segunda-feira (3), trouxe à tona o problema da entrada de armas de fogo nas aldeias, que, de acordo com a direção da Comissão Pró-Yanomami (CCPY), é facilitada pelos garimpeiros da região.
Segundo o presidente da CCPY, Marcos Wesley, após o desentendimento com o marido, uma mulher da comunidade Katimani deixou a aldeia rumo à tribo Sanumá, onde nasceu. Ao chegar lá, foi reconduzida ao marido com a ajuda de outros indígenas de Sanumá. Naquele momento, teria havido outra discussão e foram disparados tiros, embora ninguém tenha se ferido.
"A notícia que chegou até nós foi que eles se desentenderam, por algum motivo que não sabemos, e ele bateu na mulher, que foi embora para encontrar com a família em sua aldeia de origem. Chegando lá, entretanto, o pessoal achou que deveria trazê-la de volta. Parece que nesse momento o marido não quis recebê-la e houve outra confusão, mas não sabemos exatamente o que aconteceu", conta Wesley.
Auaris está localizada na fronteira com a Venezuela, na reserva Yanomami, e abriga cerca de dois mil indígenas divididos em cerca de 30 comunidades e dois povos - os Yanomami e os Yekuana. Nessa mesma região, segundo a direção da CCPY, ocorre a prática do garimpo e o uso de armas de fogo pelos garimpeiros.
"A questão das armas nas aldeias é uma questão séria. Essas armas vêm principalmente em função do garimpo existente no local e acabam potencializando os conflitos entre os indígenas. A Funai [Fundação Nacional do Índio] precisa intervir e acabar com esse garimpo, para impedir que os índios tenham acesso às armas ".
O primeiro secretário da Associação Yanomami Hutukara, Mateus Ricardo Sanumá, esteve no local e confirmou que os índios estavam armados. Ele garantiu que, apesar do susto e das primeiras notícias sobre a confusão, ninguém ficou ferido. "Eu pedi para eles largarem as armas e não atirarem. Hoje um grupo da Hutukara vai voltar para lá e vamos conversar com a comunidade", afirma o representante da etnia Sanumá.
O presidente da Funai em Boa Vista, Gonçalo Teixeira, não foi localizado para falar sobre o assunto. Até sábado, ele estará na área Raposa Serra do Sol, também em Roraima, para participar de uma reunião com os indígenas da região. Apesar disso, a assessoria da instituição informou que outros dois servidores foram enviados ao posto da Funai em Auaris, para verificar a situação nas aldeias e tomar as providências necessárias.
Segundo o presidente da CCPY, Marcos Wesley, após o desentendimento com o marido, uma mulher da comunidade Katimani deixou a aldeia rumo à tribo Sanumá, onde nasceu. Ao chegar lá, foi reconduzida ao marido com a ajuda de outros indígenas de Sanumá. Naquele momento, teria havido outra discussão e foram disparados tiros, embora ninguém tenha se ferido.
"A notícia que chegou até nós foi que eles se desentenderam, por algum motivo que não sabemos, e ele bateu na mulher, que foi embora para encontrar com a família em sua aldeia de origem. Chegando lá, entretanto, o pessoal achou que deveria trazê-la de volta. Parece que nesse momento o marido não quis recebê-la e houve outra confusão, mas não sabemos exatamente o que aconteceu", conta Wesley.
Auaris está localizada na fronteira com a Venezuela, na reserva Yanomami, e abriga cerca de dois mil indígenas divididos em cerca de 30 comunidades e dois povos - os Yanomami e os Yekuana. Nessa mesma região, segundo a direção da CCPY, ocorre a prática do garimpo e o uso de armas de fogo pelos garimpeiros.
"A questão das armas nas aldeias é uma questão séria. Essas armas vêm principalmente em função do garimpo existente no local e acabam potencializando os conflitos entre os indígenas. A Funai [Fundação Nacional do Índio] precisa intervir e acabar com esse garimpo, para impedir que os índios tenham acesso às armas ".
O primeiro secretário da Associação Yanomami Hutukara, Mateus Ricardo Sanumá, esteve no local e confirmou que os índios estavam armados. Ele garantiu que, apesar do susto e das primeiras notícias sobre a confusão, ninguém ficou ferido. "Eu pedi para eles largarem as armas e não atirarem. Hoje um grupo da Hutukara vai voltar para lá e vamos conversar com a comunidade", afirma o representante da etnia Sanumá.
O presidente da Funai em Boa Vista, Gonçalo Teixeira, não foi localizado para falar sobre o assunto. Até sábado, ele estará na área Raposa Serra do Sol, também em Roraima, para participar de uma reunião com os indígenas da região. Apesar disso, a assessoria da instituição informou que outros dois servidores foram enviados ao posto da Funai em Auaris, para verificar a situação nas aldeias e tomar as providências necessárias.
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