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IBGE apresenta retrato das Unidades de Conservação na Amazônia Legal durante a COP30
13/11/2025
Fonte: ICMBio - https://www.gov.br/icmbio/pt-br/
IBGE apresenta retrato das Unidades de Conservação na Amazônia Legal durante a COP30
Dados mostram avanços na consolidação de informações e reforçam parceria entre IBGE e ICMBio na concepção de políticas públicas
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quarta-feira (12), durante a programação da COP30, o estudo Áreas Protegidas na Amazônia Legal: Um retrato ambiental e estatístico, com dados inéditos sobre a população que vive em Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas e Territórios Quilombolas. O levantamento, baseado no Censo Demográfico 2022 e em dados ambientais de 2023, oferece um panorama detalhado sobre condições de vida, saneamento e perfil demográfico dessas áreas. A gerente da Região Norte (GR1) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carla Lessa, participou da mesa de abertura.
A publicação traz, pela primeira vez, uma visão integrada sobre as Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas e Territórios Quilombolas oficialmente delimitados na Amazônia Legal, reunindo informações sobre população, saneamento básico, educação, perfil etário e composição por raça e cor, a partir dos dados do Censo Demográfico 2022 e de bases ambientais de 2023.
Segundo Carla Lessa, o trabalho conjunto entre o IBGE e o ICMBio reforça o compromisso do governo federal em desenvolver políticas públicas mais adequadas às realidades locais. "A gente formalizou um ACT justamente para que consigamos, cada vez mais, estarmos juntos na elaboração e tabulação dessas informações, na tomada de decisão sobre estratégias e construção de políticas públicas conjuntas", afirmou.
84% da população de Unidades de Conservação está na Amazônia Legal
Os dados revelam que 84,11% da população residente em Unidades de Conservação no Brasil está localizada na Amazônia Legal, somando 2,26 milhões de pessoas distribuídas em 662 mil domicílios. O Maranhão é o estado com maior proporção de moradores em UCs - cerca de um em cada cinco habitantes vive em áreas protegidas.
A maioria da população residente nessas unidades se autodeclara parda (69,04%), seguida por branca (16,6%) e preta (12,5%). As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) concentram cerca de 90,88% dos moradores das UCs na Amazônia Legal, seguidas pelas Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Florestas Nacionais, que juntas representam mais de 84% da população residente nas categorias voltadas ao uso sustentável dos recursos naturais.
Dados fundamentais para políticas públicas e planejamento territorial
Embora os dados indiquem desafios importantes em áreas como saneamento e educação, a consolidação dessas informações é vista como um passo essencial para aprimorar o planejamento e direcionar ações específicas para a região.
De acordo com o levantamento, 75,19% dos moradores de Unidades de Conservação da Amazônia Legal convivem com algum tipo de precariedade no abastecimento de água, esgoto ou coleta de lixo - número superior à média nacional das UCs (40,34%). Entre esses, 22,23% enfrentam simultaneamente os três tipos de carência.
Para o IBGE, esses indicadores ajudam a compreender a complexidade das áreas protegidas e a orientar investimentos públicos. "Esses dados mostram que ainda não existe investimento plenamente adequado às realidades mais rurais e isoladas, e reforçam a necessidade de soluções adaptadas a essas comunidades", explicou Marta Antunes, gerente de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.
A taxa de analfabetismo nas UCs da Amazônia Legal é de 12,92%, enquanto a média nacional é de 8,84%. Apesar dos números, o estudo destaca o avanço em termos de cobertura e detalhamento das informações, permitindo que os gestores públicos conheçam com mais precisão os contextos locais e possam desenvolver políticas de inclusão, infraestrutura e educação adequadas às realidades amazônicas.
Para Carla Lessa, o levantamento contribui diretamente para dar visibilidade às comunidades tradicionais da Amazônia, especialmente aquelas que vivem em Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável.
Outras áreas protegidas
O estudo também traz informações sobre Terras Indígenas e Territórios Quilombolas da Amazônia Legal. Nesses territórios, as condições de saneamento ainda representam desafios significativos: 98% dos moradores de Terras Indígenas e 96% dos residentes em áreas quilombolas convivem com algum grau de precariedade no acesso à água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo.
Esses dados, embora revelem desigualdades, representam um marco importante na consolidação de diagnósticos e reforçam o esforço conjunto do governo federal para compreender e atender às especificidades socioambientais da Amazônia Legal - base essencial para o planejamento de políticas públicas integradas e territorializadas.
"Essas comunidades ainda vivem em um certo vazio de informações. Quando são apresentados dados claros sobre a realidade dessas populações - como a situação do saneamento básico e da educação -, isso representa um avanço importante. Essa é uma luta constante e reforça o papel fundamental do IBGE como grande parceiro nesse processo", destacou a gerente.
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/noticias/ultimas-noticias/ibge-apresenta-retrato-das-unidades-de-conservacao-na-amazonia-legal-durante-a-cop30
Dados mostram avanços na consolidação de informações e reforçam parceria entre IBGE e ICMBio na concepção de políticas públicas
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quarta-feira (12), durante a programação da COP30, o estudo Áreas Protegidas na Amazônia Legal: Um retrato ambiental e estatístico, com dados inéditos sobre a população que vive em Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas e Territórios Quilombolas. O levantamento, baseado no Censo Demográfico 2022 e em dados ambientais de 2023, oferece um panorama detalhado sobre condições de vida, saneamento e perfil demográfico dessas áreas. A gerente da Região Norte (GR1) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carla Lessa, participou da mesa de abertura.
A publicação traz, pela primeira vez, uma visão integrada sobre as Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas e Territórios Quilombolas oficialmente delimitados na Amazônia Legal, reunindo informações sobre população, saneamento básico, educação, perfil etário e composição por raça e cor, a partir dos dados do Censo Demográfico 2022 e de bases ambientais de 2023.
Segundo Carla Lessa, o trabalho conjunto entre o IBGE e o ICMBio reforça o compromisso do governo federal em desenvolver políticas públicas mais adequadas às realidades locais. "A gente formalizou um ACT justamente para que consigamos, cada vez mais, estarmos juntos na elaboração e tabulação dessas informações, na tomada de decisão sobre estratégias e construção de políticas públicas conjuntas", afirmou.
84% da população de Unidades de Conservação está na Amazônia Legal
Os dados revelam que 84,11% da população residente em Unidades de Conservação no Brasil está localizada na Amazônia Legal, somando 2,26 milhões de pessoas distribuídas em 662 mil domicílios. O Maranhão é o estado com maior proporção de moradores em UCs - cerca de um em cada cinco habitantes vive em áreas protegidas.
A maioria da população residente nessas unidades se autodeclara parda (69,04%), seguida por branca (16,6%) e preta (12,5%). As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) concentram cerca de 90,88% dos moradores das UCs na Amazônia Legal, seguidas pelas Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Florestas Nacionais, que juntas representam mais de 84% da população residente nas categorias voltadas ao uso sustentável dos recursos naturais.
Dados fundamentais para políticas públicas e planejamento territorial
Embora os dados indiquem desafios importantes em áreas como saneamento e educação, a consolidação dessas informações é vista como um passo essencial para aprimorar o planejamento e direcionar ações específicas para a região.
De acordo com o levantamento, 75,19% dos moradores de Unidades de Conservação da Amazônia Legal convivem com algum tipo de precariedade no abastecimento de água, esgoto ou coleta de lixo - número superior à média nacional das UCs (40,34%). Entre esses, 22,23% enfrentam simultaneamente os três tipos de carência.
Para o IBGE, esses indicadores ajudam a compreender a complexidade das áreas protegidas e a orientar investimentos públicos. "Esses dados mostram que ainda não existe investimento plenamente adequado às realidades mais rurais e isoladas, e reforçam a necessidade de soluções adaptadas a essas comunidades", explicou Marta Antunes, gerente de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.
A taxa de analfabetismo nas UCs da Amazônia Legal é de 12,92%, enquanto a média nacional é de 8,84%. Apesar dos números, o estudo destaca o avanço em termos de cobertura e detalhamento das informações, permitindo que os gestores públicos conheçam com mais precisão os contextos locais e possam desenvolver políticas de inclusão, infraestrutura e educação adequadas às realidades amazônicas.
Para Carla Lessa, o levantamento contribui diretamente para dar visibilidade às comunidades tradicionais da Amazônia, especialmente aquelas que vivem em Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável.
Outras áreas protegidas
O estudo também traz informações sobre Terras Indígenas e Territórios Quilombolas da Amazônia Legal. Nesses territórios, as condições de saneamento ainda representam desafios significativos: 98% dos moradores de Terras Indígenas e 96% dos residentes em áreas quilombolas convivem com algum grau de precariedade no acesso à água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo.
Esses dados, embora revelem desigualdades, representam um marco importante na consolidação de diagnósticos e reforçam o esforço conjunto do governo federal para compreender e atender às especificidades socioambientais da Amazônia Legal - base essencial para o planejamento de políticas públicas integradas e territorializadas.
"Essas comunidades ainda vivem em um certo vazio de informações. Quando são apresentados dados claros sobre a realidade dessas populações - como a situação do saneamento básico e da educação -, isso representa um avanço importante. Essa é uma luta constante e reforça o papel fundamental do IBGE como grande parceiro nesse processo", destacou a gerente.
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/noticias/ultimas-noticias/ibge-apresenta-retrato-das-unidades-de-conservacao-na-amazonia-legal-durante-a-cop30
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