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Evento vai reunir centenas de estudantes indígenas de diferentes regiões

30/07/2014

Fonte: Aquidauana News- http://www.aquidauananews.com/



Nas últimas décadas, o número de indígenas que ingressam no Ensino Superior tem aumentado no Brasil. Atualmente estima-se o número de universitários indígenas seja cerca de dez mil entre cursos regulares ou licenciaturas interculturais, em instituições públicas, comunitárias e privadas.

A maioria desses estudantes é composta por jovens que estão insatisfeitos com a situação das comunidades e buscam por meio da educação, soluções para melhorar a qualidade de vida dos seus povos. "Só o conhecimento pode mudar a situação difícil dos povos indígenas.

Quando um jovem sai da aldeia para estudar, a comunidade espera o retorno, espera a retribuição através do conhecimento que ele adquiriu fora", afirma Simone Eloy, indígena Terena da aldeia Ipegue, em Aquidauana/MS, atualmente mestranda do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

De 04 a 07 de agosto, Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, sediará um evento importante no âmbito da Educação Superior indígena no Brasil: o II Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (ENEI). O evento vai reunir cerca de 600 estudantes indígenas de diferentes regiões do Brasil e diversas etnias que participarão de mesas de discussões, mostras e apresentações de trabalhos. Com o tema "Políticas Públicas para os acadêmicos e egressos indígenas: avanços e desafios", o encontro tem o objetivo de proporcionar aos acadêmicos, pesquisadores e lideranças indígenas de diferentes regiões uma troca de experiências e fomentar discussões sobre o acesso e a permanência de estudantes indígenas nas universidades.

Os diálogos buscarão detectar dificuldades, avanços e retrocessos nas políticas públicas voltadas para a educação dos povos indígenas em todos os níveis de ensino. "As experiências de das universidades brasileiras com a presença de indígenas no ensino superior é muito variada, até por conta das diferenças entre as regiões e etnias. Trocar experiências e ideias é muito importante", ressalta a mestranda Terena Simone Eloy, que faz parte da comissão organizadora do evento.

O encontro, que promete ser uma reunião muito rica em diversidade cultural, acontece na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e no Eco Hotel do Lago. Além de acadêmicos indígenas de todas as regiões do Brasil estão presentes também de indígenas do Equador e também pesquisadores, professores e representantes de instituições como Ministério da Educação, Ministério Público e Fiocruz.

O II ENEI busca dar continuidade às discussões e reflexões desenvolvidas no primeiro encontro, que aconteceu em setembro do ano anterior (2013) na Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. O I ENEI reuniu mais de 300 estudantes de 45 etnias brasileiras, bem como estudantes não indígenas interessados.

Na ocasião, Mato Grosso do Sul (MS) foi o estado escolhido para sediar a próxima edição do evento. MS tem a segunda maior população indígena do Brasil, cerca de 73 mil pessoas de sete etnias diferentes. O estado possui o maior número de indígenas no ensino superior: aproximadamente 800 indígenas matriculados em cursos regulares ou licenciaturas interculturais.

O evento está sendo organizado pelos próprios acadêmicos e egressos indígenas sul-mato-grossenses da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Estas quatro universidades são parceiras em um projeto que apoia a permanência de indígenas no Ensino Superior em Mato Grosso do Sul: o projeto Rede de Saberes, financiado pela fundação Ford.




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