De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Carta aberta: Povo Karitiana denuncia abandono por parte da Funai
29/03/2011
Fonte: Cimi - http://www.cimi.org.br/
Denúncia é referente à demora no processo de revisão do território tradicional Karitiana, em Porto Velho
A dívida que o governo brasileiro tem com nosso povo, ainda não foi quitada, pois continuamos abandonados pela Funai e pelos órgãos públicos. A luta pelo nosso território tradicional teve início em 1996, porque mais de trinta antigas aldeias e lugares sagrados foram deixados fora da demarcação da terra. Nestes locais, está a verdadeira história do povo Karitiana.
Depois de muita luta da comunidade conquistamos, em 1998, a criação do Grupo de Trabalho para estudo de revisão dos limites da Terra Indígena Karitiana, em Porto Velho, Rondônia. Esta conquista foi em parte, pois se passaram 13 anos e embora já confirmado os verdadeiros limites da demarcação de nosso território tradicional, pelo relatório final do GT, até agora a Funai em Brasília não publicou este relatório.
Já são 15 anos de reivindicação de nossa terra, e tudo foi comprovado pelo estudo, mesmo assim nosso território continua invadido por fazendeiros, madeireiros e pescadores, e nossas riquezas sendo roubadas livremente, e ainda pior, com autorização de órgãos públicos, como Ibama e Sedan, ligados aos governos Federal e Estadual.
Repudiamos a morosidade dos órgãos públicos em legalizar nosso território, direito que nos é garantido na Constituição Federal e na convenção 169 da OIT. Estas atitudes geram conflitos ainda mais sérios, pois entendemos que esta morosidade beneficia os invasores, em detrimento da nossa comunidade e da mãe terra. Não podemos ficar de braços cruzados assistindo os invasores de nosso território destruir os lugares sagrados e levar nossas riquezas.
Nós, povo Karitiana, estamos impactados pelo projeto do complexo hidroelétrico do Rio Madeira com a construção das hidroelétricas Santo Antônio e Jirau. A pressão está cada vez mais forte sobre nosso território. Diante de plena discussão sobre o aquecimento global continuam invadindo e destruindo a natureza, nossa mãe terra.
Exigimos que dentro das compensações do empreendimento, sejam garantida a demarcação e a integridade de nosso território tradicional. Isto deve ser o mínimo diante de tanto mal causado à nossa população.
Povo Karitiana
Porto Velho, 29 de março de 2011
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5412&eid=355
A dívida que o governo brasileiro tem com nosso povo, ainda não foi quitada, pois continuamos abandonados pela Funai e pelos órgãos públicos. A luta pelo nosso território tradicional teve início em 1996, porque mais de trinta antigas aldeias e lugares sagrados foram deixados fora da demarcação da terra. Nestes locais, está a verdadeira história do povo Karitiana.
Depois de muita luta da comunidade conquistamos, em 1998, a criação do Grupo de Trabalho para estudo de revisão dos limites da Terra Indígena Karitiana, em Porto Velho, Rondônia. Esta conquista foi em parte, pois se passaram 13 anos e embora já confirmado os verdadeiros limites da demarcação de nosso território tradicional, pelo relatório final do GT, até agora a Funai em Brasília não publicou este relatório.
Já são 15 anos de reivindicação de nossa terra, e tudo foi comprovado pelo estudo, mesmo assim nosso território continua invadido por fazendeiros, madeireiros e pescadores, e nossas riquezas sendo roubadas livremente, e ainda pior, com autorização de órgãos públicos, como Ibama e Sedan, ligados aos governos Federal e Estadual.
Repudiamos a morosidade dos órgãos públicos em legalizar nosso território, direito que nos é garantido na Constituição Federal e na convenção 169 da OIT. Estas atitudes geram conflitos ainda mais sérios, pois entendemos que esta morosidade beneficia os invasores, em detrimento da nossa comunidade e da mãe terra. Não podemos ficar de braços cruzados assistindo os invasores de nosso território destruir os lugares sagrados e levar nossas riquezas.
Nós, povo Karitiana, estamos impactados pelo projeto do complexo hidroelétrico do Rio Madeira com a construção das hidroelétricas Santo Antônio e Jirau. A pressão está cada vez mais forte sobre nosso território. Diante de plena discussão sobre o aquecimento global continuam invadindo e destruindo a natureza, nossa mãe terra.
Exigimos que dentro das compensações do empreendimento, sejam garantida a demarcação e a integridade de nosso território tradicional. Isto deve ser o mínimo diante de tanto mal causado à nossa população.
Povo Karitiana
Porto Velho, 29 de março de 2011
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5412&eid=355
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