De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Ministro da Saúde não recebe os Yanomami, não nomeia chefe do distrito sanitário e crise piora
14/06/2011
Fonte: ISA - http://www.socioambiental.org
A falta de posicionamento do ministro da Saúde Alexandre Padilha sobre quem continuará à frente do Distrito Sanitário Especial Yanomami (DSE-Y) gera revolta das lideranças, insegurança dos pilotos que temem nova apreensão das aeronaves e isolamento dos profissionais de saúde que trabalham na Terra Indígena Yanomami, aumentando a crise na assistência à saúde
A grande maioria dos polos base na Terra Indígena Yanomami continua sem receber os aviões que abastecem os postos de saúde e fazem a troca dos profissionais. A situação pode se agravar se os vôos não forem normalizados, com a falta de remédios e insumos.
Neste domingo, 12 de junho, a empresa aérea contratada pela Funasa se recusava a fazer um voo para a aldeia Komixi (AM) alegando falta de garantia de que a aeronave voltaria para Boa Vista. O vôo foi solicitado por profissionais de saúde que estavam no local e serviria para a remoção de uma criança que se encontrava em estado grave de saúde e portanto necessitava ser hospitalizada na capital. Mesmo as lideranças indígenas de Komixi garantindo que a aeronave não seria apreendida, a empresa se recusava a realizar o vôo. Após uma intensa (e tensa) negociação entre a empresa e o DSE-Y, o voo foi realizado e no final da tarde a criança recebeu os atendimentos necessários em um hospital de Boa Vista.
Longe de ser um caso isolado, o DSE-Y passa por uma crise na assistência à saúde dos yanomami que se agrava a cada dia. Para Dário Yanomami, diretor da Hutukara Associação Yanomami (HAY), "só quem tem o poder de garantir a segurança dos voos é o ministro da Saúde que até o momento não se manifestou no sentido de solucionar o problema".
Mesmo depois da liberação, no último dia 6 de junho, de um avião da Funasa retido na aldeia yanomami Watoriki (AM), o temor de novas apreensões faz com que os voos de rotina não sejam retomados. A HAY diz que não pode garantir que as aeronaves não sejam novamente apreendidas alegando que essa é uma decisão das comunidades que estão revoltadas com a tentativa do senador Romero Jucá de indicar o novo chefe do Distrito Sanitário Especial Yanomami (DSE-Y).
Na tentativa de resolver a situação, a Hutukara solicitou uma audiência com o ministro Alexandre Padilha para abrir um diálogo, mas até o momento não obteve nenhuma resposta. E até o momento não houve a nomeação oficial da pessoa que deve ser a chefe do DSE-Y. Os Yanomami mantém sua posição de que não aceitarão uma indicação de Jucá para o cargo e querem a permanência da atual chefe substituta do DSE-Y, a enfermeira Joana Claudete Mercês Schurtz.
Enquanto o impasse permanece, novas manifestações de apoio aos Yanomami chegam na Hutukara, como a carta enviada pela Secoya - Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami - e pelo Comitê Regional da Funai de Boa Vista - RR. Leia outras manifestações de apoio.
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3359
A grande maioria dos polos base na Terra Indígena Yanomami continua sem receber os aviões que abastecem os postos de saúde e fazem a troca dos profissionais. A situação pode se agravar se os vôos não forem normalizados, com a falta de remédios e insumos.
Neste domingo, 12 de junho, a empresa aérea contratada pela Funasa se recusava a fazer um voo para a aldeia Komixi (AM) alegando falta de garantia de que a aeronave voltaria para Boa Vista. O vôo foi solicitado por profissionais de saúde que estavam no local e serviria para a remoção de uma criança que se encontrava em estado grave de saúde e portanto necessitava ser hospitalizada na capital. Mesmo as lideranças indígenas de Komixi garantindo que a aeronave não seria apreendida, a empresa se recusava a realizar o vôo. Após uma intensa (e tensa) negociação entre a empresa e o DSE-Y, o voo foi realizado e no final da tarde a criança recebeu os atendimentos necessários em um hospital de Boa Vista.
Longe de ser um caso isolado, o DSE-Y passa por uma crise na assistência à saúde dos yanomami que se agrava a cada dia. Para Dário Yanomami, diretor da Hutukara Associação Yanomami (HAY), "só quem tem o poder de garantir a segurança dos voos é o ministro da Saúde que até o momento não se manifestou no sentido de solucionar o problema".
Mesmo depois da liberação, no último dia 6 de junho, de um avião da Funasa retido na aldeia yanomami Watoriki (AM), o temor de novas apreensões faz com que os voos de rotina não sejam retomados. A HAY diz que não pode garantir que as aeronaves não sejam novamente apreendidas alegando que essa é uma decisão das comunidades que estão revoltadas com a tentativa do senador Romero Jucá de indicar o novo chefe do Distrito Sanitário Especial Yanomami (DSE-Y).
Na tentativa de resolver a situação, a Hutukara solicitou uma audiência com o ministro Alexandre Padilha para abrir um diálogo, mas até o momento não obteve nenhuma resposta. E até o momento não houve a nomeação oficial da pessoa que deve ser a chefe do DSE-Y. Os Yanomami mantém sua posição de que não aceitarão uma indicação de Jucá para o cargo e querem a permanência da atual chefe substituta do DSE-Y, a enfermeira Joana Claudete Mercês Schurtz.
Enquanto o impasse permanece, novas manifestações de apoio aos Yanomami chegam na Hutukara, como a carta enviada pela Secoya - Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami - e pelo Comitê Regional da Funai de Boa Vista - RR. Leia outras manifestações de apoio.
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3359
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.