De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Com mudança de gestão, abrigo tem futuro incerto
10/07/2011
Fonte: OESP, Vida, p. A24
Com mudança de gestão, abrigo tem futuro incerto
Governo altera regras de financiamento e entidade que abriga índios com necessidades especiais vive período de transição
Pablo Pereira
A Casa do Índio do Rio de Janeiro, onde moram 32 pessoas, passa por mais uma das tantas barreiras originadas pela confusão que turva o sistema de assistência social aos índios no País.
A polêmica da vez é o limbo no qual a Casa foi jogada após decisão do governo federal de mudar regras de financiamento. Primeiro, a casa foi transferida da Funai para a Funasa. Em seguida, da Funasa para a nova Secretaria da Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde.
No meio da burocracia, das disputas ideológicas e das divergentes concepções da assistência aos excluídos das tribos, o guarani Vanderlei Fernandes, albino que necessita de um acompanhamento especial que não teria na aldeia, olha inseguro, como seus amigos da Casa do Índio, o tempo passar. Nem os servidores que trabalham com a saúde indígena sabem como vai ficar a situação da entidade.
A gestão e o abastecimento do abrigo da Ilha do Governador é agora feito pela ONG Associação Rondon Brasil, de Santa Catarina, contratada em convênio com a Funasa para fornecer alimentação, higiene e funcionários. "O gasto com o abastecimento fica em torno de R$ 5.250 por mês", explica Anita dos Santos, uma das funcionárias da Casa, que conta com 15 cuidadores, 1 cozinheiro e 1 motorista.
O prédio é da instituição Casa do Índio, ampliado em obras com ajuda dos próprios índios. "Eles trabalharam na obra, que teve ajuda de amigos daqui", recorda-se Eunice Cariri. O sonho dela é que a casa se transforme em abrigo permanente para índios com deficiências.
"Aqui vivem pessoas com dificuldades psicológicas, problemas neurológicos, de locomoção, que não têm como ficar nas aldeias", explica João Carlos Santa Rosa Cariri, filho de Eunice, que trabalha na casa como enfermeiro. O atendimento médico aos doentes é feito nos hospitais da região com cobertura do SUS.
"É uma casa de acolhimento, de amparo", diz Tercílio Carlini, religioso que, com a mulher, Regina, e o produtor cultural Marcelo Mendes, forma o grupo de apoio ao abrigo no bairro.
OESP, 10/07/2011, Vida, p. A24
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110710/not_imp742921,0.php
Governo altera regras de financiamento e entidade que abriga índios com necessidades especiais vive período de transição
Pablo Pereira
A Casa do Índio do Rio de Janeiro, onde moram 32 pessoas, passa por mais uma das tantas barreiras originadas pela confusão que turva o sistema de assistência social aos índios no País.
A polêmica da vez é o limbo no qual a Casa foi jogada após decisão do governo federal de mudar regras de financiamento. Primeiro, a casa foi transferida da Funai para a Funasa. Em seguida, da Funasa para a nova Secretaria da Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde.
No meio da burocracia, das disputas ideológicas e das divergentes concepções da assistência aos excluídos das tribos, o guarani Vanderlei Fernandes, albino que necessita de um acompanhamento especial que não teria na aldeia, olha inseguro, como seus amigos da Casa do Índio, o tempo passar. Nem os servidores que trabalham com a saúde indígena sabem como vai ficar a situação da entidade.
A gestão e o abastecimento do abrigo da Ilha do Governador é agora feito pela ONG Associação Rondon Brasil, de Santa Catarina, contratada em convênio com a Funasa para fornecer alimentação, higiene e funcionários. "O gasto com o abastecimento fica em torno de R$ 5.250 por mês", explica Anita dos Santos, uma das funcionárias da Casa, que conta com 15 cuidadores, 1 cozinheiro e 1 motorista.
O prédio é da instituição Casa do Índio, ampliado em obras com ajuda dos próprios índios. "Eles trabalharam na obra, que teve ajuda de amigos daqui", recorda-se Eunice Cariri. O sonho dela é que a casa se transforme em abrigo permanente para índios com deficiências.
"Aqui vivem pessoas com dificuldades psicológicas, problemas neurológicos, de locomoção, que não têm como ficar nas aldeias", explica João Carlos Santa Rosa Cariri, filho de Eunice, que trabalha na casa como enfermeiro. O atendimento médico aos doentes é feito nos hospitais da região com cobertura do SUS.
"É uma casa de acolhimento, de amparo", diz Tercílio Carlini, religioso que, com a mulher, Regina, e o produtor cultural Marcelo Mendes, forma o grupo de apoio ao abrigo no bairro.
OESP, 10/07/2011, Vida, p. A24
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110710/not_imp742921,0.php
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