De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios elogiam decisão mas prometem continuar na área
22/01/2004
Autor: Maristela Brunetto, da Redação, e Jacqueline Lopes, da fazen
Fonte: Campo Grande News-Campo Grande-MS
Tedju, um dos líderes indígenas, na carroça, informa decisão da Justiça.
Os índios guarani-caiuás que ocupam a fazenda São Jorge, antiga Agrolak, em Japorá, elogiaram nesta manhã a decisão da desembargadora do TRF (Tribunal Regional Federal), Consuelo Yoshida, que dá prazo de 20 dias para solução do conflito, mas disseram que não vão respeitar o prazo e continuarão nas 14 fazendas ocupadas. "A terra é nossa", disse o líder indígena Tedju, de 64 anos, ao ser informado da decisão pela reportagem do Campo Grande News. Ele relatou aos outros índios a informação e houve consenso sobre a continuidade nas áreas. Tedju chegou a dizer que a briga pela terra era deles e não havia interferência da Funai (Fundação Nacional do Índio). Em seu despacho, a juíza determina que o órgão, União e Ministério Público Federal formem comissão em 20 dias e encaminhem os procedimentos sobre a regularização fundiária. Conforme os índios, esse é um problema da Funai e não teria relação com a permanência deles nas fazendas. Tedju preferiu não comentar a possibilidade de novo enfrentamento com os fazendeiros, a exemplo do que ocorreu ontem à tarde. Apenas disse que não interesse dos índios o conflito. Delasantos, de 74 anos, também disse que a ocupação era um problema para eles, os índios, resolverem. Chamando o lugar de "Yvykatu", terra boa, ele disse que com a chegada dos não índios a caça acabou. "O branco trouxe dinheiro e o alimento e tirou a mata", afirmou. Segundo ele disse lembrar-se da infância, na época da colonização, os fazendeiros ganharam a amizade dos índios. Gumercindo Fernandes disse que só sobrou "braquiária" no local. Nesta manhã, na fazenda São Jorge, uma das maiores ocupadas por índios, cerca de 50 indígenas receberam a equipe de reportagem. Segundo eles, os demais indígenas estavam espalhados pelas outras fazendas. A Funai ainda não havia mandado representantes para conversar com o grupo.
Os índios guarani-caiuás que ocupam a fazenda São Jorge, antiga Agrolak, em Japorá, elogiaram nesta manhã a decisão da desembargadora do TRF (Tribunal Regional Federal), Consuelo Yoshida, que dá prazo de 20 dias para solução do conflito, mas disseram que não vão respeitar o prazo e continuarão nas 14 fazendas ocupadas. "A terra é nossa", disse o líder indígena Tedju, de 64 anos, ao ser informado da decisão pela reportagem do Campo Grande News. Ele relatou aos outros índios a informação e houve consenso sobre a continuidade nas áreas. Tedju chegou a dizer que a briga pela terra era deles e não havia interferência da Funai (Fundação Nacional do Índio). Em seu despacho, a juíza determina que o órgão, União e Ministério Público Federal formem comissão em 20 dias e encaminhem os procedimentos sobre a regularização fundiária. Conforme os índios, esse é um problema da Funai e não teria relação com a permanência deles nas fazendas. Tedju preferiu não comentar a possibilidade de novo enfrentamento com os fazendeiros, a exemplo do que ocorreu ontem à tarde. Apenas disse que não interesse dos índios o conflito. Delasantos, de 74 anos, também disse que a ocupação era um problema para eles, os índios, resolverem. Chamando o lugar de "Yvykatu", terra boa, ele disse que com a chegada dos não índios a caça acabou. "O branco trouxe dinheiro e o alimento e tirou a mata", afirmou. Segundo ele disse lembrar-se da infância, na época da colonização, os fazendeiros ganharam a amizade dos índios. Gumercindo Fernandes disse que só sobrou "braquiária" no local. Nesta manhã, na fazenda São Jorge, uma das maiores ocupadas por índios, cerca de 50 indígenas receberam a equipe de reportagem. Segundo eles, os demais indígenas estavam espalhados pelas outras fazendas. A Funai ainda não havia mandado representantes para conversar com o grupo.
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