De Povos Indígenas no Brasil
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Os Pataxó fazem retomada no extremo sul baiano
22/06/2004
Fonte: Cimi Leste-Eunápolis-BA
Um grupo de 35 famílias Pataxó, da Comunidade Cassiana, região norte do Monte Pascoal, no município de Porto Seguro, fez uma retomada na madrugada de hoje (21), na fazenda "Santa Luzia" à margem do rio Cemitério. A ação foi organizada pela Frente de Resistência e Luta Pataxó.
A comunidade Cassiana vem manifestando, há mais de dois anos, a vontade de ampliar a terra por não ter espaço para fazer roça. Cerca de 250 pessoas vivem em 160 hectares.
Preocupados com a notícia de que o fazendeiro estava negociando a terra com a Veracel Celulose para a plantação de eucalipto, os Pataxó decidiram retomar a área. Segundo Aritikum Pataxó, liderança da comunidade, a entrada da Veracel em suas terras é inaceitável. "Nós não aceitamos eucalipto mais em nossas terras, queremos plantar feijão, milho, mandioca para alimentar os nossos filhos, por isso retomamos o nosso território".
A Frente de Resistência e Luta Pataxó divulgou um comunicado às autoridades anunciando a retomada, solicitando da Funai providências para garantir a integridade física do grupo e encaminhamentos para a demarcação do território.
Desde que os Pataxó iniciaram ações de retomadas na década de 1990, exigindo do governo a demarcação de suas terras, principalmente do território tradicional do Monte Pascoal, a luta do povo tem ganhado força, apesar das diversas situações de risco sofridas, tendo em vista o modelo de desenvolvimento regional imposto, com base no turismo e na monocultura do eucalipto. Além disso, a luta Pataxó pela recuperação e garantia de suas terras, provoca reações violentas dos fazendeiros, que têm criminalizado a luta do povo perseguindo e ameaçando as suas principais lideranças.
Atualmente as aldeias Pataxó no extremo sul da Bahia somam 15 comunidades em quatro municípios. Na década de 1980 eram nove aldeias. Em sua maioria a situação fundiária gera insegurança e necessita de regularização por parte da Funai.
A comunidade Cassiana vem manifestando, há mais de dois anos, a vontade de ampliar a terra por não ter espaço para fazer roça. Cerca de 250 pessoas vivem em 160 hectares.
Preocupados com a notícia de que o fazendeiro estava negociando a terra com a Veracel Celulose para a plantação de eucalipto, os Pataxó decidiram retomar a área. Segundo Aritikum Pataxó, liderança da comunidade, a entrada da Veracel em suas terras é inaceitável. "Nós não aceitamos eucalipto mais em nossas terras, queremos plantar feijão, milho, mandioca para alimentar os nossos filhos, por isso retomamos o nosso território".
A Frente de Resistência e Luta Pataxó divulgou um comunicado às autoridades anunciando a retomada, solicitando da Funai providências para garantir a integridade física do grupo e encaminhamentos para a demarcação do território.
Desde que os Pataxó iniciaram ações de retomadas na década de 1990, exigindo do governo a demarcação de suas terras, principalmente do território tradicional do Monte Pascoal, a luta do povo tem ganhado força, apesar das diversas situações de risco sofridas, tendo em vista o modelo de desenvolvimento regional imposto, com base no turismo e na monocultura do eucalipto. Além disso, a luta Pataxó pela recuperação e garantia de suas terras, provoca reações violentas dos fazendeiros, que têm criminalizado a luta do povo perseguindo e ameaçando as suas principais lideranças.
Atualmente as aldeias Pataxó no extremo sul da Bahia somam 15 comunidades em quatro municípios. Na década de 1980 eram nove aldeias. Em sua maioria a situação fundiária gera insegurança e necessita de regularização por parte da Funai.
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