De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Licenciatura Intercultural Indígena forma primeira turma
12/09/2013
Fonte: Ufmg - https://www2.ufmg.br
Nesta sexta-feira, 13, cola grau a primeira turma de Licenciatura Intercultural Indígena, curso criado a partir da adesão da UFMG ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
A solenidade formal acontece às 16h no auditório da Faculdade de Engenharia. A celebração se inicia antes, às 14h, com ritual indígena na entrada do prédio da Faculdade de Educação (FaE), onde será fixado mastro que faz referência à religiosidade dos maxakalis. Estarão presentes 140 estudantes, alunos de diversos níveis da licenciatura. Às 15h, os participantes saem em caminhada em direção ao local do evento.
A patrona da turma, Joênia Wapichana, faz conferência às 16h desta quinta-feira, 12, na sala de teleconferência da FaE. Joênia Batista de Carvalho, do povo Wapichana, concluiu Direito em 1997 e tornou-se a primeira advogada especializada em causas indígenas do Brasil. Luta pela demarcação dos territórios indígenas - 32 reservas habitadas por makuxis, wapixanas, yanomamis, entre outros povos. Além disso, defende vítimas de ameaças de morte, perseguições, torturas e discriminação racial. Foi coordenadora do departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR) .
Cultura
A professora Shirley Aparecida de Miranda, coordenadora do colegiado do curso, destaca que a manifestação própria da cultura indígena não está somente no ritual. "A preparação para o evento começa muito antes, na pintura dos corpos, por exemplo". Mas enfatiza também a outra face da solenidade: "A colação de grau dentro do ritual acadêmico é um evento de peso político".
Os formandos da primeira turma são das etnias pataxó e xakriabá, mas atualmente a UFMG já abriga outras etnias. Assim, as próximas turmas de graduados incluem também tupiniquins, maxakalis, pankararus, guaranis e tuxás.
O curso foi idealizado como formação voltada para os valores e costumes de cada comunidade indígena e essa preocupação se revela na produção dos trabalhos de conclusão elaborados pelos alunos.
No início desta semana, eles apresentaram produções que tematizavam a realidade das aldeias: o brincar e as cantigas de roda, remédios caseiros, plantas medicinais, influência da lua no calendário, alimentação tradicional, caça, escola indígena, pintura corporal, arte e cerâmica, entre outros.
A Licenciatura Intercultural Indígena forma professores para lecionar nas últimas séries dos ensinos fundamental e médio de escolas indígenas. De acordo com a coordenadora do colegiado, o objetivo é "que eles construam e atuem em escolas indígenas diferenciadas, com o currículo atento às especificidades indígenas e capaz de entrelaçá-las à cultura ocidental".
https://www2.ufmg.br/mostradasprofissoes/Mostra/Noticias-da-Mostra/Licenciatura-Intercultural-Indigena-forma-primeira-turma
A solenidade formal acontece às 16h no auditório da Faculdade de Engenharia. A celebração se inicia antes, às 14h, com ritual indígena na entrada do prédio da Faculdade de Educação (FaE), onde será fixado mastro que faz referência à religiosidade dos maxakalis. Estarão presentes 140 estudantes, alunos de diversos níveis da licenciatura. Às 15h, os participantes saem em caminhada em direção ao local do evento.
A patrona da turma, Joênia Wapichana, faz conferência às 16h desta quinta-feira, 12, na sala de teleconferência da FaE. Joênia Batista de Carvalho, do povo Wapichana, concluiu Direito em 1997 e tornou-se a primeira advogada especializada em causas indígenas do Brasil. Luta pela demarcação dos territórios indígenas - 32 reservas habitadas por makuxis, wapixanas, yanomamis, entre outros povos. Além disso, defende vítimas de ameaças de morte, perseguições, torturas e discriminação racial. Foi coordenadora do departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR) .
Cultura
A professora Shirley Aparecida de Miranda, coordenadora do colegiado do curso, destaca que a manifestação própria da cultura indígena não está somente no ritual. "A preparação para o evento começa muito antes, na pintura dos corpos, por exemplo". Mas enfatiza também a outra face da solenidade: "A colação de grau dentro do ritual acadêmico é um evento de peso político".
Os formandos da primeira turma são das etnias pataxó e xakriabá, mas atualmente a UFMG já abriga outras etnias. Assim, as próximas turmas de graduados incluem também tupiniquins, maxakalis, pankararus, guaranis e tuxás.
O curso foi idealizado como formação voltada para os valores e costumes de cada comunidade indígena e essa preocupação se revela na produção dos trabalhos de conclusão elaborados pelos alunos.
No início desta semana, eles apresentaram produções que tematizavam a realidade das aldeias: o brincar e as cantigas de roda, remédios caseiros, plantas medicinais, influência da lua no calendário, alimentação tradicional, caça, escola indígena, pintura corporal, arte e cerâmica, entre outros.
A Licenciatura Intercultural Indígena forma professores para lecionar nas últimas séries dos ensinos fundamental e médio de escolas indígenas. De acordo com a coordenadora do colegiado, o objetivo é "que eles construam e atuem em escolas indígenas diferenciadas, com o currículo atento às especificidades indígenas e capaz de entrelaçá-las à cultura ocidental".
https://www2.ufmg.br/mostradasprofissoes/Mostra/Noticias-da-Mostra/Licenciatura-Intercultural-Indigena-forma-primeira-turma
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