De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Fórum vai discutir alternativas econômicas para assegurar melhor qualidade de vida aos índios

03/12/2004

Fonte: RTM-Notícias



Entre os dias 10 e 11 de dezembro, representantes do governo do estado, Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público e gestores públicos participam em Juína (735 quilômetros de Cuiabá) de um fórum que vai discutir alternativas econômicas para assegurar melhor qualidade de vida aos índios.

Ontem, representantes dos índios cinta-larga e da Funai estiveram reunidos no Palácio Paiaguás com o superintendente de Políticas Indígenas do Estado para propor o acompanhamento de reivindicações da etnia junto aos poderes públicos, entre eles o Ministério Público Federal e a Justiça Federal.

Os índios cobram a implantação de um plano de manejo sustentável de múltiplo uso nas áreas onde vivem aproximadamente 1,3 mil índios (eram cerca de 5 mil em 1968), dispersos em 25 aldeias e oito postos indígenas nas Terras Indígenas (TIs) - Roosevelt, Parque Aripuanã, Aripuanã e Serra Morena - situadas na fronteira de Mato Grosso com Rondônia, onde está localizada a maior mina de diamantes do Brasil, além de muita madeira nobre cobiçada no mercado internacional, como mogno, entre outras espécies.

Os cinta-larga querem a liberação para comercialização de 12 mil cúbicos de madeira que se encontra no interior da reserva, em Juína; repasse de recursos do ICMS ecológico; adoção de medidas judiciais a fim de que os bens apreendidos na reserva seja colocada a disposição da Associação Norte Mato-grossense Cinta Larga para prestar serviço à comunidade.

No documento que foi entregue ao Ministério Público Federal nesta sexta-feira, os cinta-largas também querem a destinação de parte da madeira que se encontra depositada no Posto Fiscal de Juína para a construção de moradias e instalações nas aldeias. Atividade ilegal

Os índios cinta-largas, que há tempo extraíam e permitiam que garimpeiros extraíssem diamantes em suas terras, já começaram a recolher as máquinas utilizadas nessa atividade. A decisão dos índios atende ao disposto no Decreto do presidente Lula, de 17.09.04, que proibiu o garimpo na Terra Indígena Roosevelt.

O Governo Federal, além de proibir a garimpagem nas terras dos cinta-
larga, editou Medida Provisória (MP) disciplinando a comercialização dos diamantes já extraídos que estão em poder dos índios.

A Medida Provisória nº 255, publicada na última terça-feira (23) no Diário Oficial da União, autoriza, por um período de 15 dias, a Caixa Econômica Federal arrecadar e alienar os diamantes em poder dos índios cinta-largas das terras indígenas Roosevelt, Serra Morena, Aripuanã e Parque Indígena Aripuanã. O valor obtido com a alienação dos diamantes brutos serão depositados em contas individuais ou das associações indígenas cinta-largas, descontados os custos operacionais, tarifas e encargos a ela devidos.
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.