De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Mulheres indígenas de Angra terão cartilha de saúde

23/03/2015

Fonte: Prefeitura de Angra dos Reis - http://www.angra.rj.gov.br



Documento será produzido em dois idiomas: guarani e português

Com o objetivo de fortalecer a inclusão da única comunidade indígena legalmente reconhecida no Estado do Rio de Janeiro e fortalecer o conhecimento sobre direitos, em especial às mulheres da aldeia guarani do Bracuí, a Prefeitura de Angra dos Reis, está preparando a edição de uma cartilha de direitos, bilíngue (português e guarani), com dicas de saúde, direitos e educação. A elaboração do material seria coordenada pela secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos e envolvimento de outros setores da prefeitura. A proposta foi apresentada na semana passada a um grupo multidisciplinar, com a presença de professores e profissionais da Educação no município.

A secretária de Assistência Social, Neuza Nardelli, acolheu com entusiasmo a possibilidade de produção desse material. O grupo de professores participou de uma conferência sobre saúde indígena em Curitiba (PR), e conheceram um material semelhante, editado para a etnia indígena kaingang, do Sul do Brasil.

- A cartilha bilíngue é uma forma de inserir a mulher indígena. Além de poderem manter seus dados de saúde em dia, elas poderão conhecer mais sobre os direitos da mulher. A cartilha será muito útil também nos casos em que a mulher indígena se muda para outra aldeia já que todos os dados dela e registros de saúde estarão no material - explica Neuza Nardelli.

Quando pronta, a cartilha servirá como um documento da mulher indígena da tribo sapucai, com dados pessoais, tabelas de vacinação, datas dos exames preventivos, além do histórico do povo guarani e da aldeia sapucai, um tópico sobre os conhecimentos da tradicional medicina guarani e a íntegra da Lei Maria da Penha, traduzida para o guarani.

A construção do material será coletiva, com a participação das mulheres da aldeia, que poderão opinar e oferecer mais informações e dicas. O professor da aldeia, Argemiro, adiantou que a elaboração da cartilha foi aceita rapidamente pelas mulheres da comunidade.

- A proposta da cartilha é muito importante, principalmente pensando na saúde das mulheres indígenas. É a primeira vez que vão produzir esta cartilha em todo o estado do Rio. Em outros estados ela já existe. As mulheres da aldeia concordaram em obter a cartilha e gostaram muito da novidade - explica Argemiro.

O trabalho terá a assessoria da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Museu Nacional, Ruth Monserrat. Não há previsão para a conclusão do material. Estão envolvidos no projeto também o Conselho Municipal de Entorpecentes e Universidade Federal Fluminense, além da comunidade quilombola do Bracuí.

http://www.angra.rj.gov.br/imprensa_noticias_release.asp?vid_noticia=43360&indexsigla=imp#.VRRLh46c21I
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.