De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
CHEFE DA FORÇA TAREFA NA RESERVA ROOSEVELT É INDICIADO NA MATANÇA DE 29 GARIMPEIROS
09/04/2005
Fonte: Rondoniagora-Porto Velho-RO
O administrador da Funai na Reserva Roosevelt e chefe da Força Tarefa que atuou no conflito, Walter Blós, foi indiciado pela Polícia Federal por crime de prevaricação e omissão no inquérito que apura a morte de 29 garimpeiros, mortos a sangue frio pelos indígenas. Blós estava dentro da reserva quando aconteceram as mortes. Depois foi retirado da reserva por ter sido ameaçado de morte e mantido em um local sigiloso pela Funai. Como responsável pelos índios, tinha a obrigação de ter chamado a Polícia quando a situação ficou incontornável, relata o inquérito. Mais de 200 pessoas foram ouvidas. Outros 23 índios também foram indiciados no processo de duas mil páginas.
Segundo apurou o RONDONIAGORA, foram indiciados sob a acusação de serem mandantes dos crimes o gerente do garimpo que funcionava dentro da terra indígena, Panderê Cinta Larga, os caciques Nacoça Pio Cinta Larga e Carlão Cinta Larga e o guerreiro Zé Paulo Cinta Larga, entre outros.
Os crimes aconteceram em 7 de abril, nas proximidades do garimpo do Laje, que fica dentro da reserva, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho). O massacre ocorreu devido à disputa por jazidas de diamantes, cuja a extração é feita ilegalmente.
Os laudos dos peritos anexados ao inquérito indicam que as mortes foram premeditadas. "Eles [os peritos] entendem que sim [ocorreu premeditação], porque os garimpeiros foram todos amordaçados, todos amarrados. O amordaçamento já é algo que implica, de certa forma, o entendimento que o cara [o garimpeiro] não reagisse", narra o inquérito. Segundo o IML de Porto Velho, dos 29 mortos, 26 foram encontrados com as mãos amarradas com cipós e tiveram como causa mortis pancadas de instrumentos como tacapes. Três apresentam marcas de tiros. "Os laudos afirmam que houve requinte de crueldade e uma chacina. Todos os corpos têm diversas perfurações. Os índios dizem também que não havia armas com os garimpeiros", narra a peça processual.
Segundo apurou o RONDONIAGORA, foram indiciados sob a acusação de serem mandantes dos crimes o gerente do garimpo que funcionava dentro da terra indígena, Panderê Cinta Larga, os caciques Nacoça Pio Cinta Larga e Carlão Cinta Larga e o guerreiro Zé Paulo Cinta Larga, entre outros.
Os crimes aconteceram em 7 de abril, nas proximidades do garimpo do Laje, que fica dentro da reserva, em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho). O massacre ocorreu devido à disputa por jazidas de diamantes, cuja a extração é feita ilegalmente.
Os laudos dos peritos anexados ao inquérito indicam que as mortes foram premeditadas. "Eles [os peritos] entendem que sim [ocorreu premeditação], porque os garimpeiros foram todos amordaçados, todos amarrados. O amordaçamento já é algo que implica, de certa forma, o entendimento que o cara [o garimpeiro] não reagisse", narra o inquérito. Segundo o IML de Porto Velho, dos 29 mortos, 26 foram encontrados com as mãos amarradas com cipós e tiveram como causa mortis pancadas de instrumentos como tacapes. Três apresentam marcas de tiros. "Os laudos afirmam que houve requinte de crueldade e uma chacina. Todos os corpos têm diversas perfurações. Os índios dizem também que não havia armas com os garimpeiros", narra a peça processual.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.