De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Servidores querem garantia para retornar

15/11/2005

Autor: Leandro Freitas

Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR



Os profissionais de Saúde contratados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), através de convênios com a FUB (Fundação Universidade de Brasília), decidiram somente retornar para a área yanomami mediante uma garantia da continuidade dos vôos. A decisão surgiu em assembléia geral ocorrida na tarde de ontem.

O impasse iniciou no último dia 7, quando a empresa Roraima Táxi Aéreo decidiu suspender os vôos em virtude do atraso no pagamento dos repasses. Os profissionais temem ir para a terra indígena e não ter o transporte de retorno para a cidade, uma vez que o acesso à reserva só se dá por via aérea.

Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais de Saúde das Áreas Indígenas do Estado de Roraima, Rondinelle Encarnação, a entrada de funcionários na área indígena está suspensa até que a Funasa se reporte oficialmente, dando a garantia de que não haverá descontinuidade na prestação de serviço de transporte a esses profissionais. "Não queremos que o problema seja repetido mais uma vez", enfatizou.

Até ontem, a Funasa trouxe de volta cerca de 36 funcionários que estavam na área indígena com o prazo de 30 dias ultrapassado. Hoje são cerca de 60 pessoas que ainda estão na reserva. Apenas os serviços emergenciais estão sendo mantidos nos 21 pólos-base localizados nas comunidades indígenas. Rondinelle disse que o número de profissionais que está na área será reduzido até o dia 17, que é o prazo para outra equipe ficar na área indígena.

A falta do repasse de verba para a Funasa em Roraima resultou também na falta de alimentação e medicamentos para manter as equipes na área. No sábado passado, depois de ter regularizado parte do pagamento com a empresa de táxi aéreo, foram enviados meia toneladas de gêneros alimentícios e outros suprimentos para atender a demanda nos próximos 15 dias.

"Não tem como enviar os profissionais sem a certeza de que não irão passar por necessidades e também ficar na área indígena sem poder retornar para a cidade", disse Rondinelle, ao afirmar que desde o dia 5 passado que o grupo, que deveria substituir as equipes na reserva, está com o material preparado, aguardando apenas a confirmação por parte da Funasa.
 

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