De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Duas crianças Yanomami são mortas após serem sugadas e cuspidas por draga do garimpo ilegal
14/10/2021
Autor: PAIXÃO, Evilene
Fonte: Instituto Socioambiental - https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais
Duas crianças Yanomami são mortas após serem sugadas e cuspidas por draga do garimpo ilegal
Os meninos, de 5 e 7 anos, nadavam às margens da comunidade Makuxi Yano, na região do Parima; associação exige retirada de invasores da Terra Indígena Yanomami
Por Evilene Paixão
quinta-feira, 14 de Outubro de 2021
A Hutukara Associação Yanomami denunciou em carta nesta quarta-feira (13/10) a morte de duas crianças na comunidade Makuxi Yano, região do Parima, Terra Indígena Yanomami. De acordo com relatos de lideranças locais colhidos pela organização, dois meninos, de 5 e 7 anos, se afogaram no rio que banha a comunidade no final da tarde de terça (12/10), vítimas das ações do garimpo ilegal.
As crianças foram sugadas e cuspidas por uma draga para o meio do rio, que tem fortes correntezas. Uma das crianças, de 5 anos, foi localizada sem vida no final da manhã de quarta pela própria comunidade. A outra segue desaparecida.
O Condisi-Y (Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana) acionou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Corpo de Bombeiros de Roraima, que se deslocou na tarde da quarta-feira à região para auxiliar nas buscas.
"A morte das duas crianças Yanomami é mais um triste resultado da presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, que segue invadida por mais de 20 mil garimpeiros", lamentou a Hutukara na nota.
Explosão de garimpo
Conforme ressalta a associação, até setembro de 2021, a área acumulada de floresta destruída pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami superou a marca de 3 mil hectares - um aumento de 44% em relação a dezembro de 2020.
Somente na região do Parima, onde está localizada a comunidade de Macuxi Yano - uma das mais afetadas pela atividade ilegal - 118,96 hectares de floresta foram degradados, um salto de 53% sobre dezembro de 2020.
Além do aprofundamento da destruição nas regiões já altamente impactadas, como Waikás, Aracaçá, e Kayanau, o garimpo avança sobre novas regiões, como em Xitei, onde a atividade teve um aumento de 1000% entre dezembro e setembro de 2021, destacou a nota.
https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/duas-criancas-yanomami-sao-mortas-apos-serem-sugadas-e-cuspidas-por-draga-do-garimpo-ilegal
Os meninos, de 5 e 7 anos, nadavam às margens da comunidade Makuxi Yano, na região do Parima; associação exige retirada de invasores da Terra Indígena Yanomami
Por Evilene Paixão
quinta-feira, 14 de Outubro de 2021
A Hutukara Associação Yanomami denunciou em carta nesta quarta-feira (13/10) a morte de duas crianças na comunidade Makuxi Yano, região do Parima, Terra Indígena Yanomami. De acordo com relatos de lideranças locais colhidos pela organização, dois meninos, de 5 e 7 anos, se afogaram no rio que banha a comunidade no final da tarde de terça (12/10), vítimas das ações do garimpo ilegal.
As crianças foram sugadas e cuspidas por uma draga para o meio do rio, que tem fortes correntezas. Uma das crianças, de 5 anos, foi localizada sem vida no final da manhã de quarta pela própria comunidade. A outra segue desaparecida.
O Condisi-Y (Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana) acionou a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Corpo de Bombeiros de Roraima, que se deslocou na tarde da quarta-feira à região para auxiliar nas buscas.
"A morte das duas crianças Yanomami é mais um triste resultado da presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, que segue invadida por mais de 20 mil garimpeiros", lamentou a Hutukara na nota.
Explosão de garimpo
Conforme ressalta a associação, até setembro de 2021, a área acumulada de floresta destruída pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami superou a marca de 3 mil hectares - um aumento de 44% em relação a dezembro de 2020.
Somente na região do Parima, onde está localizada a comunidade de Macuxi Yano - uma das mais afetadas pela atividade ilegal - 118,96 hectares de floresta foram degradados, um salto de 53% sobre dezembro de 2020.
Além do aprofundamento da destruição nas regiões já altamente impactadas, como Waikás, Aracaçá, e Kayanau, o garimpo avança sobre novas regiões, como em Xitei, onde a atividade teve um aumento de 1000% entre dezembro e setembro de 2021, destacou a nota.
https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/duas-criancas-yanomami-sao-mortas-apos-serem-sugadas-e-cuspidas-por-draga-do-garimpo-ilegal
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.