De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Encontro discute mudanças climáticas, saúde e trabalho na Amazônia
20/08/2025
Fonte: A Critica - https://www.acritica.com
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS), promove no período de 19 a 21 de agosto, o IV Encontro Nacional de Trabalho Interdisciplinar e Saúde (Entis) que foi criado como um espaço de articulação entre diferentes áreas do conhecimento como objetivo promover o debate crítico sobre os desafios contemporâneos que envolvem saúde, trabalho e justiça socioambiental.
A palestra de abertura, intitulada "Mudanças climáticas, saúde e trabalho: para onde caminha a humanidade?", aconteceu no período da tarde e foi mediada pela coordenadora do PPGSS, a professora Dra. Carolina Cássia e contou com a presença de nomes de grande relevância no debate socioambiental: a professora Dra. Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves (Ufam), Davi Kopenawa, liderança Yanomami, Armindo Goés Melo, liderança Yanomami do Amazonas.
O encontro reuniu pesquisadores, lideranças indígenas, profissionais e estudantes para refletir sobre os impactos das mudanças climáticas nas relações de trabalho e nos sistemas de saúde, especialmente na região amazônica.
O líder Yanomami, Davi Kopenawa, que é reconhecido tanto no Brasil quanto internacionalmente por sua luta na defesa dos direitos indígenas e da preservação da Amazônia, ele trouxe uma reflexão sobre a destruição da região.
"O povo brasileiro está destruindo a Amazônia. Para nós Yanomami, a destruição da floresta é ruim. Estamos fazendo um trabalho para proteger a nossa terra, a floresta, a água e as montanhas na Amazônia. Longe da floresta eu fico perdido. Eu preciso olhar a mata e ver os passarinhos se mexendo. A cidade é destruída, tem queimadas e muita poluição. A mensagem que eu quero deixar é pensar, sonhar, respeitar e proteger de verdade a nossa terra mãe", finalizou alertando para urgência em proteger a floresta e os povos originários.
O representante Yanomami do Amazonas, Armindo Goés Melo alertou que para a ciência Yanomami já ocorreram crises climáticas na região.
"Quando se fala em mudanças climáticas para os Yanomamis que conhecem as ações da natureza. O tempo não está mudando. Há séculos já houve mudanças climáticas. Para os homens o clima está mudando agora. Mas, é o contrário. As ações da natureza estão nos atacando. É um ataque e não mudanças climáticas", garantiu.
A coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos Socioambientais e de Desenvolvimento de Tecnologias Apropriadas na Amazônia (Grupo Inter-Ação) e professora Dra. Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves (Ufam) a região amazônica tem enfrentado intensas emergências climáticas.
"O processo de expansão capitalista na Amazônia assola e destrói o ecossistema da região, altera o equilíbrio climático, gera perda da biodiversidade e ao longo do tempo desqualifica os saberes e a prática dos povos tradicionais. As emergências climáticas afetam todos. Mas de modo profundo os grupos tradicionais por causa da insegurança alimentar, dos desastres ambientais e alteração dos ciclos das águas, degradação da fauna e gera risco para a reprodução das espécie".
A coordenadora do evento e professora Dra. Roberta Ferreira Coelho de Andrade, afirmou que o encontro é uma oportunidade para problematizar as questões climáticas na Amazônia.
"Estamos na quarta edição do Entis e este ano conseguimos trazer lideranças indígenas para o debate socioambiental, considerando as particularidades do contexto amazônico e trazendo suas leituras sobre o grave quadro em que nos encontramos", declarou.
A programação teve início durante a manhã com minicursos, voltados para o aprofundamento temático e troca de experiências entre os participantes. Outras atividades previstas incluem mesas-redondas, grupos de trabalho, sessões de apresentação de pesquisas e debates sobre políticas públicas e direitos socioambientais.
O evento é realizado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Regional de Serviço Social do Amazonas (CRESS/AM).
https://www.acritica.com/amazonia/encontro-discute-mudancas-climaticas-saude-e-trabalho-na-amazonia-1.381570
A palestra de abertura, intitulada "Mudanças climáticas, saúde e trabalho: para onde caminha a humanidade?", aconteceu no período da tarde e foi mediada pela coordenadora do PPGSS, a professora Dra. Carolina Cássia e contou com a presença de nomes de grande relevância no debate socioambiental: a professora Dra. Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves (Ufam), Davi Kopenawa, liderança Yanomami, Armindo Goés Melo, liderança Yanomami do Amazonas.
O encontro reuniu pesquisadores, lideranças indígenas, profissionais e estudantes para refletir sobre os impactos das mudanças climáticas nas relações de trabalho e nos sistemas de saúde, especialmente na região amazônica.
O líder Yanomami, Davi Kopenawa, que é reconhecido tanto no Brasil quanto internacionalmente por sua luta na defesa dos direitos indígenas e da preservação da Amazônia, ele trouxe uma reflexão sobre a destruição da região.
"O povo brasileiro está destruindo a Amazônia. Para nós Yanomami, a destruição da floresta é ruim. Estamos fazendo um trabalho para proteger a nossa terra, a floresta, a água e as montanhas na Amazônia. Longe da floresta eu fico perdido. Eu preciso olhar a mata e ver os passarinhos se mexendo. A cidade é destruída, tem queimadas e muita poluição. A mensagem que eu quero deixar é pensar, sonhar, respeitar e proteger de verdade a nossa terra mãe", finalizou alertando para urgência em proteger a floresta e os povos originários.
O representante Yanomami do Amazonas, Armindo Goés Melo alertou que para a ciência Yanomami já ocorreram crises climáticas na região.
"Quando se fala em mudanças climáticas para os Yanomamis que conhecem as ações da natureza. O tempo não está mudando. Há séculos já houve mudanças climáticas. Para os homens o clima está mudando agora. Mas, é o contrário. As ações da natureza estão nos atacando. É um ataque e não mudanças climáticas", garantiu.
A coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos Socioambientais e de Desenvolvimento de Tecnologias Apropriadas na Amazônia (Grupo Inter-Ação) e professora Dra. Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves (Ufam) a região amazônica tem enfrentado intensas emergências climáticas.
"O processo de expansão capitalista na Amazônia assola e destrói o ecossistema da região, altera o equilíbrio climático, gera perda da biodiversidade e ao longo do tempo desqualifica os saberes e a prática dos povos tradicionais. As emergências climáticas afetam todos. Mas de modo profundo os grupos tradicionais por causa da insegurança alimentar, dos desastres ambientais e alteração dos ciclos das águas, degradação da fauna e gera risco para a reprodução das espécie".
A coordenadora do evento e professora Dra. Roberta Ferreira Coelho de Andrade, afirmou que o encontro é uma oportunidade para problematizar as questões climáticas na Amazônia.
"Estamos na quarta edição do Entis e este ano conseguimos trazer lideranças indígenas para o debate socioambiental, considerando as particularidades do contexto amazônico e trazendo suas leituras sobre o grave quadro em que nos encontramos", declarou.
A programação teve início durante a manhã com minicursos, voltados para o aprofundamento temático e troca de experiências entre os participantes. Outras atividades previstas incluem mesas-redondas, grupos de trabalho, sessões de apresentação de pesquisas e debates sobre políticas públicas e direitos socioambientais.
O evento é realizado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Regional de Serviço Social do Amazonas (CRESS/AM).
https://www.acritica.com/amazonia/encontro-discute-mudancas-climaticas-saude-e-trabalho-na-amazonia-1.381570
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