De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
COP30: Brasil lança plano nacional e reativa fundo de biodiversidade para transformar a Amazônia em potência da bioeconomia
06/09/2025
Autor: Nilson Cortinhas
Fonte: Um só Planeta - https://umsoplaneta.globo.com/
COP30: Brasil lança plano nacional e reativa fundo de biodiversidade para transformar a Amazônia em potência da bioeconomia
Estratégia une políticas públicas e repartição justa de benefícios, em um momento decisivo para provar que a floresta em pé pode gerar mais riqueza do que derrubada
O governo federal prepara o lançamento do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio), que será apresentado oficialmente durante a COP30, em novembro, em Belém. O objetivo é consolidar um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia, baseado no uso sustentável da floresta, informou a Agência O Globo.
A proposta prevê assistência técnica a empreendimentos comunitários e indígenas, criação de linhas de crédito específicas em parceria com bancos públicos e incentivo a negócios ligados a produtos como castanha, açaí, borracha e guaraná. Também estão contemplados sistemas agroflorestais e ações de restauração em áreas degradadas do chamado "arco do desmatamento". Para o Ministério do Meio Ambiente, trata-se de uma virada de chave: conciliar renda e preservação, transformando a biodiversidade em ativo econômico.
Esse esforço nacional "dialoga" diretamente com outro passo relevante: a reativação do fundo público de biodiversidade, criado para gerir recursos oriundos de royalties e de aportes internacionais. Após anos paralisado, o fundo voltou a funcionar com a missão de financiar projetos de comunidades, pesquisadores e pequenas empresas que dependem da biodiversidade amazônica.
Durante o Congresso Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia (CBBB25), em Cuiabá, o pesquisador Gonzalo Enrique Vásquez Enríquez, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que esse mecanismo precisa ser fortalecido para garantir repartição justa dos benefícios. Segundo ele, a riqueza da floresta só se converterá em desenvolvimento sustentável se houver governança transparente, inclusão de povos tradicionais e inovação tecnológica contínua.
"Sem inovação e governança, a repartição de benefícios se esvazia. Precisamos de constância para que a biodiversidade seja, de fato, motor de desenvolvimento sustentável", afirmou Vásquez.
Outro ponto destacado é a necessidade de inovação tecnológica constante. Ele lembra que empresas como a Natura abriram caminho ao estabelecer contratos pioneiros de repartição, mas enfrentaram a barreira dos ciclos curtos de vida dos produtos da biodiversidade. Cosméticos feitos a partir de óleos amazônicos, por exemplo, rapidamente são replicados por concorrentes nacionais e internacionais. Isso obriga as empresas amazônicas a investir em pesquisa de ponta para manter competitividade e valor agregado.
Para Vásquez, o fundo deve contemplar não apenas comunidades extrativistas, mas também mulheres quilombolas, ribeirinhas, indígenas e startups amazônicas, ampliando o alcance e garantindo que diferentes atores sejam beneficiados. "O desafio não é a falta de recursos, mas sim a forma como eles são distribuídos. Se conseguirmos criar uma governança justa e inovadora, provaremos que a floresta em pé vale mais do que a derrubada." - Gonzalo Enrique Vásquez Enríquez.
https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2025/09/06/cop30-brasil-lanca-plano-nacional-e-reativa-fundo-de-biodiversidade-para-transformar-a-amazonia-em-potencia-da-bioeconomia.ghtml
Estratégia une políticas públicas e repartição justa de benefícios, em um momento decisivo para provar que a floresta em pé pode gerar mais riqueza do que derrubada
O governo federal prepara o lançamento do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio), que será apresentado oficialmente durante a COP30, em novembro, em Belém. O objetivo é consolidar um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia, baseado no uso sustentável da floresta, informou a Agência O Globo.
A proposta prevê assistência técnica a empreendimentos comunitários e indígenas, criação de linhas de crédito específicas em parceria com bancos públicos e incentivo a negócios ligados a produtos como castanha, açaí, borracha e guaraná. Também estão contemplados sistemas agroflorestais e ações de restauração em áreas degradadas do chamado "arco do desmatamento". Para o Ministério do Meio Ambiente, trata-se de uma virada de chave: conciliar renda e preservação, transformando a biodiversidade em ativo econômico.
Esse esforço nacional "dialoga" diretamente com outro passo relevante: a reativação do fundo público de biodiversidade, criado para gerir recursos oriundos de royalties e de aportes internacionais. Após anos paralisado, o fundo voltou a funcionar com a missão de financiar projetos de comunidades, pesquisadores e pequenas empresas que dependem da biodiversidade amazônica.
Durante o Congresso Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia (CBBB25), em Cuiabá, o pesquisador Gonzalo Enrique Vásquez Enríquez, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que esse mecanismo precisa ser fortalecido para garantir repartição justa dos benefícios. Segundo ele, a riqueza da floresta só se converterá em desenvolvimento sustentável se houver governança transparente, inclusão de povos tradicionais e inovação tecnológica contínua.
"Sem inovação e governança, a repartição de benefícios se esvazia. Precisamos de constância para que a biodiversidade seja, de fato, motor de desenvolvimento sustentável", afirmou Vásquez.
Outro ponto destacado é a necessidade de inovação tecnológica constante. Ele lembra que empresas como a Natura abriram caminho ao estabelecer contratos pioneiros de repartição, mas enfrentaram a barreira dos ciclos curtos de vida dos produtos da biodiversidade. Cosméticos feitos a partir de óleos amazônicos, por exemplo, rapidamente são replicados por concorrentes nacionais e internacionais. Isso obriga as empresas amazônicas a investir em pesquisa de ponta para manter competitividade e valor agregado.
Para Vásquez, o fundo deve contemplar não apenas comunidades extrativistas, mas também mulheres quilombolas, ribeirinhas, indígenas e startups amazônicas, ampliando o alcance e garantindo que diferentes atores sejam beneficiados. "O desafio não é a falta de recursos, mas sim a forma como eles são distribuídos. Se conseguirmos criar uma governança justa e inovadora, provaremos que a floresta em pé vale mais do que a derrubada." - Gonzalo Enrique Vásquez Enríquez.
https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2025/09/06/cop30-brasil-lanca-plano-nacional-e-reativa-fundo-de-biodiversidade-para-transformar-a-amazonia-em-potencia-da-bioeconomia.ghtml
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