De Povos Indígenas no Brasil
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News
Nota de apoio aos Xukuru Kariri em oposição às mentiras ditas em Palmeira dos Índios (AL) sobre a demanda territorial do povo
10/10/2025
Fonte: Cimi - https://cimi.org.br
As pastorais sociais, movimentos sociais e populares e organizações da sociedade civil manifestam apoio fraterno e irrestrito ao povo Xukuru Kariri diante das ameaças verbais, intimidações e da disseminação de informações distorcidas sobre o processo de demarcação de parte do território tradicional reivindicado pela comunidade indígena.
Reconhecemos que há mais de quatro gerações o território Xukuru Kariri tem sido alvo de especulação e invasão por diversos segmentos fundiários, gerando tensões, rivalidades e episódios de violência. A luta do povo indígena não se dá contra pessoas, mas contra a injustiça histórica imposta.
Os Xukuru Kariri defendem, com dignidade, o direito à terra e à vida, respeitando os direitos dos pequenos agricultores e compreendendo que o reassentamento justo e a indenização legal são os caminhos necessários para evitar qualquer forma de injustiça. As famílias indígenas não advogam qualquer situação de violação de direitos humanos em relação às benfeitorias de boa-fé, compreendendo que todos os posseiros, particularmente os menores, dispõem, seguindo o rito legal, de compensação indenizatória no decurso de saída do território, tendo o INCRA a obrigação de proceder com o reassentamento dos pequenos agricultores.
Como é de conhecimento geral, o povo Xukuru Kariri cresceu em população ao longo de décadas, porém seu território continuou encolhendo diante dos contínuos processos de invasão. As pastorais sociais e movimentos sociais, orientados pelo princípio evangélico de que "todos/as tenham vida e vida em abundância" (Jo 10-10), defendem o direito inalienável à vida digna das famílias indígenas Xukuru Kariri, defesa que se estende às demais famílias não indígenas que possuem o direito ao reassentamento e indenização.
Os Xukuru Kariri não desejam desalojar famílias de pequenos agricultores de qualquer jeito. Defendem a justa indenização para os casos que se aplicam a lei e evitar qualquer forma de injustiça a essas famílias
Os Xukuru Kariri são agricultores/as que sobrevivem de roças individuais e coletivas. Têm produzido alimentos saudáveis, agroecológicos e orgânicos; semanalmente abastecem a feira livre de Palmeira dos Índios e região, gerando qualidade de vida à população, emprego e renda. São inaceitáveis as notícias veiculadas pela mídia local, por indivíduos de má índole, que difamam os indígenas com preconceitos, calúnias e injúrias raciais.
O povo Xukuru Kariri nunca se opôs a sentar para escutar, dialogar e negociar acordos como os posseiros; jamais usou de violência ou intimidação para impor qualquer pauta. Sempre buscou o caminho do entendimento respeitoso por acreditar no valor da justiça cordial, amparando-se no lastro da Constituição Federal de 1988, especificamente o capítulo 231.
Em tempos de notícias falsas, ódios gratuitos e incitação a conflitos, os Xukuru Kariri não acirram ânimos, buscam o revide e não instigam mentiras. Querem, tão somente, viver como povo livre em suas terras, já que ainda hoje, em grande parte, elas se encontram obstruídas, invadidas e ocupadas por não indígenas.
Em apoio às lutas dos povos indígenas do Brasil, entende-se que o clima de desinformação que determinados setores contrários tem promovido junto à população palmeirense não ajuda a entender o problema; o que eles buscam, na verdade, é tão somente instigar desarmonia entre as partes e retardar o inadiável processo de restituição das terras tradicionais Xukuru Kariri .
É sempre oportuno nos lembrar: "Nós somos terra" (Gn 2,7). Como bem afirma Papa Francisco, "o nosso corpo é constituído pelos elementos do Planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos" (LS 2).
Compreendemos que cada um/a é parte da harmonia universal. Por isso, atentos ao processo demarcatório do território Xukuru Kariri, possamos nos permitir escutar - com os ouvidos da alma - e, juntos/as, encontremos o bom senso necessário diante das decisões que serão tomadas pela Justiça brasileira, fazendo valer a tão esperada restituição das terras Xukuru Kariri.
Palmeira dos Índios, 10/10/2025.
Fraternalmente,
Comissão Diocesana das Pastorais Sociais da Diocese de Palmeira dos Índios
Conselho Indigenista Missionário - CIMI/Nordeste
Comissão Pastoral dos Pescadores - CPP/NE
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Unidade Popular - Diretório Estadual
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento Luta de Classes - MLC
Movimento Correnteza
União da Juventude Rebelião - UJR
Frente Negra Revolucionária - FNR
Grupo de Pesquisa Cultura e Cidadania Planetária - GPCCP - UFAL Campus do Sertão.
Associação de Agricultores Alternativos-AAGRA
Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA
Associação dos Pequenos Agricultores do Estado de Alagoas -APAEAL
Movimento Pró Desenvolvimento comunitário
Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/AL)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
https://cimi.org.br/2025/10/nota-de-apoio-aos-xukuru-kariri/
Reconhecemos que há mais de quatro gerações o território Xukuru Kariri tem sido alvo de especulação e invasão por diversos segmentos fundiários, gerando tensões, rivalidades e episódios de violência. A luta do povo indígena não se dá contra pessoas, mas contra a injustiça histórica imposta.
Os Xukuru Kariri defendem, com dignidade, o direito à terra e à vida, respeitando os direitos dos pequenos agricultores e compreendendo que o reassentamento justo e a indenização legal são os caminhos necessários para evitar qualquer forma de injustiça. As famílias indígenas não advogam qualquer situação de violação de direitos humanos em relação às benfeitorias de boa-fé, compreendendo que todos os posseiros, particularmente os menores, dispõem, seguindo o rito legal, de compensação indenizatória no decurso de saída do território, tendo o INCRA a obrigação de proceder com o reassentamento dos pequenos agricultores.
Como é de conhecimento geral, o povo Xukuru Kariri cresceu em população ao longo de décadas, porém seu território continuou encolhendo diante dos contínuos processos de invasão. As pastorais sociais e movimentos sociais, orientados pelo princípio evangélico de que "todos/as tenham vida e vida em abundância" (Jo 10-10), defendem o direito inalienável à vida digna das famílias indígenas Xukuru Kariri, defesa que se estende às demais famílias não indígenas que possuem o direito ao reassentamento e indenização.
Os Xukuru Kariri não desejam desalojar famílias de pequenos agricultores de qualquer jeito. Defendem a justa indenização para os casos que se aplicam a lei e evitar qualquer forma de injustiça a essas famílias
Os Xukuru Kariri são agricultores/as que sobrevivem de roças individuais e coletivas. Têm produzido alimentos saudáveis, agroecológicos e orgânicos; semanalmente abastecem a feira livre de Palmeira dos Índios e região, gerando qualidade de vida à população, emprego e renda. São inaceitáveis as notícias veiculadas pela mídia local, por indivíduos de má índole, que difamam os indígenas com preconceitos, calúnias e injúrias raciais.
O povo Xukuru Kariri nunca se opôs a sentar para escutar, dialogar e negociar acordos como os posseiros; jamais usou de violência ou intimidação para impor qualquer pauta. Sempre buscou o caminho do entendimento respeitoso por acreditar no valor da justiça cordial, amparando-se no lastro da Constituição Federal de 1988, especificamente o capítulo 231.
Em tempos de notícias falsas, ódios gratuitos e incitação a conflitos, os Xukuru Kariri não acirram ânimos, buscam o revide e não instigam mentiras. Querem, tão somente, viver como povo livre em suas terras, já que ainda hoje, em grande parte, elas se encontram obstruídas, invadidas e ocupadas por não indígenas.
Em apoio às lutas dos povos indígenas do Brasil, entende-se que o clima de desinformação que determinados setores contrários tem promovido junto à população palmeirense não ajuda a entender o problema; o que eles buscam, na verdade, é tão somente instigar desarmonia entre as partes e retardar o inadiável processo de restituição das terras tradicionais Xukuru Kariri .
É sempre oportuno nos lembrar: "Nós somos terra" (Gn 2,7). Como bem afirma Papa Francisco, "o nosso corpo é constituído pelos elementos do Planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos" (LS 2).
Compreendemos que cada um/a é parte da harmonia universal. Por isso, atentos ao processo demarcatório do território Xukuru Kariri, possamos nos permitir escutar - com os ouvidos da alma - e, juntos/as, encontremos o bom senso necessário diante das decisões que serão tomadas pela Justiça brasileira, fazendo valer a tão esperada restituição das terras Xukuru Kariri.
Palmeira dos Índios, 10/10/2025.
Fraternalmente,
Comissão Diocesana das Pastorais Sociais da Diocese de Palmeira dos Índios
Conselho Indigenista Missionário - CIMI/Nordeste
Comissão Pastoral dos Pescadores - CPP/NE
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Unidade Popular - Diretório Estadual
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento Luta de Classes - MLC
Movimento Correnteza
União da Juventude Rebelião - UJR
Frente Negra Revolucionária - FNR
Grupo de Pesquisa Cultura e Cidadania Planetária - GPCCP - UFAL Campus do Sertão.
Associação de Agricultores Alternativos-AAGRA
Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA
Associação dos Pequenos Agricultores do Estado de Alagoas -APAEAL
Movimento Pró Desenvolvimento comunitário
Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/AL)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
https://cimi.org.br/2025/10/nota-de-apoio-aos-xukuru-kariri/
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