De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Mudanças climáticas intensificam queimadas nas Américas
15/10/2025
Fonte: INPE - https://www.gov.br/
Estudo indica que aquecimento provocado pelo homem é uma das causas de incêndios extremos no Pantanal e Amazônia
Mudanças climáticas intensificam queimadas nas Américas
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participa de um estudo internacional baseado em observações de satélite e modelagem avançada para identificar o papel das mudanças climáticas e do uso da terra nos incêndios da temporada 2024-2025.
Especialistas internacionais e brasileiros alertam que ondas de calor e secas mais severas estão tornando os incêndios extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo, aumentando as ameaças à vida humana, à saúde (devido à fumaça tóxica), às propriedades, às economias e ao meio ambiente.
As mudanças climáticas provocadas pelo ser humano tornaram os incêndios florestais em partes da América do Sul muito maiores e mais destrutivos. O estudo destaca ainda que os incêndios no Brasil atingiram níveis sem precedentes em várias regiões, especialmente na Amazônia e no Pantanal, impulsionados por secas extremas e temperaturas recordes.
O relatório State of Wildfires foi elaborado por mais de 60 pesquisadores e instituições de 20 países. A iniciativa é coordenada pelo UK Centre for Ecology & Hydrology (UKCEH), o Met Office do Reino Unido, a University of East Anglia (UEA) e o European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF).
"Os incêndios extremos recorrentes estão ameaçando os ecossistemas vitais da América do Sul, trazendo enormes custos sociais, econômicos e ecológicos. A degradação florestal e os incêndios na região devem estar no centro das discussões da COP-30, em Belém. É fundamental que a crise do fogo no continente seja enfrentada, tanto pelas populações que vivem na região quanto pelo esforço global de estabilizar o clima do planeta", conclui Liana Anderson, pesquisadora brasileira e coautora do relatório.
Resultados
Segundo o documento, no nordeste da Amazônia, a combinação de chuvas até 40% abaixo do normal durante a estação úmida de 2023-2024 e temperaturas recordes no início de 2024 deixou a floresta em condições extremamente secas. O resultado foi a maior área de floresta queimada já registrada na região, com incêndios de intensidade e alcance sem precedentes.
No Pantanal, os incêndios extremos de agosto e setembro de 2024 coroaram uma seca que se arrasta desde 2019, reduzindo a água dos pântanos a níveis históricos. Na primeira metade de 2024, as chuvas caíram para menos de 60% da média e as temperaturas ultrapassaram os 40oC em vários dias seguidos, criando um cenário perfeito para o fogo avançar rapidamente. Em poucas semanas, as chamas consumiram áreas mais de três vezes maiores que o habitual, devastando ecossistemas de floresta e savana.
Os modelos avançados dos cientistas identificaram o papel combinado do clima, da densidade da vegetação e das fontes de ignição nos eventos extremos, e destacam que desde 2016, cerca de 60% da perda florestal na Amazônia está associada a incêndios.
O forte El Niño 2023-2024, o quarto mais intenso já registrado, amplificou o calor e reduziu a chuva em grande parte da América do Sul tropical, agravando as secas na Amazônia e no Pantanal-Chiquitano.
A quantidade de vegetação e sua umidade também foram cruciais durante os incêndios extremos na Amazônia, onde florestas e áreas úmidas anormalmente secas permitiram uma propagação mais rápida e ampla do fogo.
Os impactos foram significativos para comunidades rurais e indígenas, com qualidade do ar degradada em um período em que mais de 70 mil pessoas enfrentavam restrições no acesso à água potável devido à seca.
Ainda no documento, os especialistas pedem com urgência, na COP, que os países reduzam drasticamente as emissões e adaptem-se a um mundo mais quente e propenso ao fogo.
Lançamento no INPE
Neste ano, em colaboração com os Corpos de Bombeiros, os pesquisadores realizaram uma edição inédita sobre a dinâmica dos incêndios no Brasil, combinando dados científicos e operacionais para apoiar políticas públicas e ações estratégicas de prevenção e resposta.
O lançamento nacional do estudo "State of Wildfires 2024-2025" e do relatório "Fogo em Foco: 2024-2025" acontece nesta quinta-feira (16/10) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).
https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/mudancas-climaticas-intensificam-queimadas-nas-americas
Mudanças climáticas intensificam queimadas nas Américas
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participa de um estudo internacional baseado em observações de satélite e modelagem avançada para identificar o papel das mudanças climáticas e do uso da terra nos incêndios da temporada 2024-2025.
Especialistas internacionais e brasileiros alertam que ondas de calor e secas mais severas estão tornando os incêndios extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo, aumentando as ameaças à vida humana, à saúde (devido à fumaça tóxica), às propriedades, às economias e ao meio ambiente.
As mudanças climáticas provocadas pelo ser humano tornaram os incêndios florestais em partes da América do Sul muito maiores e mais destrutivos. O estudo destaca ainda que os incêndios no Brasil atingiram níveis sem precedentes em várias regiões, especialmente na Amazônia e no Pantanal, impulsionados por secas extremas e temperaturas recordes.
O relatório State of Wildfires foi elaborado por mais de 60 pesquisadores e instituições de 20 países. A iniciativa é coordenada pelo UK Centre for Ecology & Hydrology (UKCEH), o Met Office do Reino Unido, a University of East Anglia (UEA) e o European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF).
"Os incêndios extremos recorrentes estão ameaçando os ecossistemas vitais da América do Sul, trazendo enormes custos sociais, econômicos e ecológicos. A degradação florestal e os incêndios na região devem estar no centro das discussões da COP-30, em Belém. É fundamental que a crise do fogo no continente seja enfrentada, tanto pelas populações que vivem na região quanto pelo esforço global de estabilizar o clima do planeta", conclui Liana Anderson, pesquisadora brasileira e coautora do relatório.
Resultados
Segundo o documento, no nordeste da Amazônia, a combinação de chuvas até 40% abaixo do normal durante a estação úmida de 2023-2024 e temperaturas recordes no início de 2024 deixou a floresta em condições extremamente secas. O resultado foi a maior área de floresta queimada já registrada na região, com incêndios de intensidade e alcance sem precedentes.
No Pantanal, os incêndios extremos de agosto e setembro de 2024 coroaram uma seca que se arrasta desde 2019, reduzindo a água dos pântanos a níveis históricos. Na primeira metade de 2024, as chuvas caíram para menos de 60% da média e as temperaturas ultrapassaram os 40oC em vários dias seguidos, criando um cenário perfeito para o fogo avançar rapidamente. Em poucas semanas, as chamas consumiram áreas mais de três vezes maiores que o habitual, devastando ecossistemas de floresta e savana.
Os modelos avançados dos cientistas identificaram o papel combinado do clima, da densidade da vegetação e das fontes de ignição nos eventos extremos, e destacam que desde 2016, cerca de 60% da perda florestal na Amazônia está associada a incêndios.
O forte El Niño 2023-2024, o quarto mais intenso já registrado, amplificou o calor e reduziu a chuva em grande parte da América do Sul tropical, agravando as secas na Amazônia e no Pantanal-Chiquitano.
A quantidade de vegetação e sua umidade também foram cruciais durante os incêndios extremos na Amazônia, onde florestas e áreas úmidas anormalmente secas permitiram uma propagação mais rápida e ampla do fogo.
Os impactos foram significativos para comunidades rurais e indígenas, com qualidade do ar degradada em um período em que mais de 70 mil pessoas enfrentavam restrições no acesso à água potável devido à seca.
Ainda no documento, os especialistas pedem com urgência, na COP, que os países reduzam drasticamente as emissões e adaptem-se a um mundo mais quente e propenso ao fogo.
Lançamento no INPE
Neste ano, em colaboração com os Corpos de Bombeiros, os pesquisadores realizaram uma edição inédita sobre a dinâmica dos incêndios no Brasil, combinando dados científicos e operacionais para apoiar políticas públicas e ações estratégicas de prevenção e resposta.
O lançamento nacional do estudo "State of Wildfires 2024-2025" e do relatório "Fogo em Foco: 2024-2025" acontece nesta quinta-feira (16/10) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).
https://www.gov.br/inpe/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/mudancas-climaticas-intensificam-queimadas-nas-americas
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