De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Flotilha indígena atravessa países amazônicos rumo à COP30 e pede fim dos combustíveis fósseis
18/10/2025
Fonte: Um só Planeta - https://umsoplaneta.globo.com/
Flotilha indígena atravessa países amazônicos rumo à COP30 e pede fim dos combustíveis fósseis
Coalizão de povos, comunidades, organizações e movimentos está viajando da cidade de Coca, no Equador, para Belém, no Pará, percorrendo três mil quilômetros pelo rio Amazonas
Enquanto governos do mundo todo se rendem ao lobby do petróleo, indígenas dos países que têm a Amazônia como parte do seu território se organizam para pedir o fim do uso dos combustíveis fósseis, o financiamento de políticas climáticas para comunidades indígenas e participação plena na COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro.
A Flotilha Amazônica Yaku Mama foi o veículo escolhido pela coalizão de povos, comunidades, organizações e movimentos para dar visibilidade as essas demandas indígenas. A embarcação faz uma rota da cidade de Coca, no Equador, a Belém, percorrendo três mil quilômetros pelo rio Amazonas - o mais extenso rio do mundo.
Ela saiu da Cordilheira dos Andes do Equador, na quinta-feira (16), e tem chegada prevista à COP30 no dia 9 de novembro, véspera da abertura da conferência. A ideia é fazer o caminho inverso da rota de exploração colonial do espanhol Francisco Orellana, em 1541. E o objetivo da ação é pressionar e dar visibilidade ao custo humano e ambiental causado pela exploração de fósseis nos territórios.
"Navegamos para lembrar ao mundo que a verdadeira ação climática não é assinada em acordos; ela é vivida e defendida em nossos territórios todos os dias, e para dizer ao mundo que a Amazônia e os territórios indígenas e coletivos estão no centro da resposta climática global", disse a coalização. "Este passeio é diversidade em movimento. Em cada parada, revelaremos as cicatrizes do extrativismo - mineração ilegal, vazamentos de petróleo, falsas soluções climáticas - e também o poder de nossas alternativas: a economia da floresta viva, a ciência ancestral e a governança coletiva. Não vamos a Belém para reivindicar um espaço; vamos exigir que as políticas climáticas sejam construídas de baixo para cima, com justiça para nós que cuidamos da vida."
O ato também expressa solidariedade à luta dos povos indígenas do Equador, que estão em greve nacional há 20 dias contra a repressão e o avanço das políticas extrativistas. Em um gesto simbólico e potente, os manifestantes cobriram a estátua do colonizador espanhol Francisco de Orellana, reafirmando a resistência dos povos originários e a defesa da vida na floresta.
A flotilha Yaku Mama conta com representantes de nove países - Guatemala, México, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Indonésia e Escócia -, cujas propostas e demandas são:
- Defesa dos territórios como uma ação climática fundamental: reconhecimento e a garantia dos direitos territoriais para proteger florestas, rios e biodiversidade.
- Amazônia sem petróleo: proibição da exploração e extração de combustíveis fósseis na Amazônia e em territórios indígenas em todo o mundo para proteger a natureza e os defensores da terra e da vida.
- Uma transição energética justa e vinculativa: transição energética verdadeiramente justa, respeitando o Consentimento Livre, Prévio e Informado e acabando com os projetos de combustíveis fósseis que ameaçam nossos territórios e modos de vida.
- Reconhecimento e proteção de áreas intocadas: reconhecimento e proteção de áreas intocadas e inexploradas nas áreas habitadas por Povos Indígenas em Isolamento e Contato Inicial (PIACI).
- Financiamento direto para aqueles que se importam com a vida: fundos climáticos ágeis e sem intermediários para nossas comunidades.
- Integração do conhecimento e da diversidade cultural: que seus conhecimentos e práticas tradicionais sejam reconhecidos e integrados às políticas climáticas como soluções replicáveis e reconhecidas globalmente.
- Proteção dos defensores da terra: segurança e o fim da impunidade diante das ameaças, assassinatos e criminalização daqueles que defendem a terra, a vida e o equilíbrio do planeta.
https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2025/10/18/flotilha-indigena-atravessa-paises-amazonicos-rumo-a-cop30-e-pede-fim-dos-combustiveis-fosseis.ghtml
Coalizão de povos, comunidades, organizações e movimentos está viajando da cidade de Coca, no Equador, para Belém, no Pará, percorrendo três mil quilômetros pelo rio Amazonas
Enquanto governos do mundo todo se rendem ao lobby do petróleo, indígenas dos países que têm a Amazônia como parte do seu território se organizam para pedir o fim do uso dos combustíveis fósseis, o financiamento de políticas climáticas para comunidades indígenas e participação plena na COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro.
A Flotilha Amazônica Yaku Mama foi o veículo escolhido pela coalizão de povos, comunidades, organizações e movimentos para dar visibilidade as essas demandas indígenas. A embarcação faz uma rota da cidade de Coca, no Equador, a Belém, percorrendo três mil quilômetros pelo rio Amazonas - o mais extenso rio do mundo.
Ela saiu da Cordilheira dos Andes do Equador, na quinta-feira (16), e tem chegada prevista à COP30 no dia 9 de novembro, véspera da abertura da conferência. A ideia é fazer o caminho inverso da rota de exploração colonial do espanhol Francisco Orellana, em 1541. E o objetivo da ação é pressionar e dar visibilidade ao custo humano e ambiental causado pela exploração de fósseis nos territórios.
"Navegamos para lembrar ao mundo que a verdadeira ação climática não é assinada em acordos; ela é vivida e defendida em nossos territórios todos os dias, e para dizer ao mundo que a Amazônia e os territórios indígenas e coletivos estão no centro da resposta climática global", disse a coalização. "Este passeio é diversidade em movimento. Em cada parada, revelaremos as cicatrizes do extrativismo - mineração ilegal, vazamentos de petróleo, falsas soluções climáticas - e também o poder de nossas alternativas: a economia da floresta viva, a ciência ancestral e a governança coletiva. Não vamos a Belém para reivindicar um espaço; vamos exigir que as políticas climáticas sejam construídas de baixo para cima, com justiça para nós que cuidamos da vida."
O ato também expressa solidariedade à luta dos povos indígenas do Equador, que estão em greve nacional há 20 dias contra a repressão e o avanço das políticas extrativistas. Em um gesto simbólico e potente, os manifestantes cobriram a estátua do colonizador espanhol Francisco de Orellana, reafirmando a resistência dos povos originários e a defesa da vida na floresta.
A flotilha Yaku Mama conta com representantes de nove países - Guatemala, México, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Indonésia e Escócia -, cujas propostas e demandas são:
- Defesa dos territórios como uma ação climática fundamental: reconhecimento e a garantia dos direitos territoriais para proteger florestas, rios e biodiversidade.
- Amazônia sem petróleo: proibição da exploração e extração de combustíveis fósseis na Amazônia e em territórios indígenas em todo o mundo para proteger a natureza e os defensores da terra e da vida.
- Uma transição energética justa e vinculativa: transição energética verdadeiramente justa, respeitando o Consentimento Livre, Prévio e Informado e acabando com os projetos de combustíveis fósseis que ameaçam nossos territórios e modos de vida.
- Reconhecimento e proteção de áreas intocadas: reconhecimento e proteção de áreas intocadas e inexploradas nas áreas habitadas por Povos Indígenas em Isolamento e Contato Inicial (PIACI).
- Financiamento direto para aqueles que se importam com a vida: fundos climáticos ágeis e sem intermediários para nossas comunidades.
- Integração do conhecimento e da diversidade cultural: que seus conhecimentos e práticas tradicionais sejam reconhecidos e integrados às políticas climáticas como soluções replicáveis e reconhecidas globalmente.
- Proteção dos defensores da terra: segurança e o fim da impunidade diante das ameaças, assassinatos e criminalização daqueles que defendem a terra, a vida e o equilíbrio do planeta.
https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2025/10/18/flotilha-indigena-atravessa-paises-amazonicos-rumo-a-cop30-e-pede-fim-dos-combustiveis-fosseis.ghtml
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.