De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Encontro entre líderes indígenas e o príncipe William fortalece Museu Goeldi como espaço de diálogos pela Amazônia
09/11/2025
Fonte: Portal Amazonia - https://portalamazonia.com
Príncipe William ainda plantou uma muda de cedro-branco, espécie ameaçada de extinção na Amazônia e na Mata Atlântica.
Às vésperas da abertura da Conferência das Partes (COP30), o príncipe William, do Reino Unido, esteve no dia (07/11) no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi. Instalado há 130 anos na região central de Belém (PA), o espaço, que é referência em pesquisa sobre a Amazônia, foi escolhido para sediar os diálogos entre o herdeiro da coroa britânica e líderes indígenas.
"O Museu Goeldi é um espaço plural, para comunidades indígenas terem diálogos, apresentarem suas culturas, falarem de temas pertinentes às suas lutas. Hoje, no âmbito da COP, a gente recebe o príncipe William para tratar, junto com a presidente da Funai, de questões que envolvem a bilateralidade entre o Brasil e a coroa britânica", afirmou o diretor da instituição Nilson Gabas Júnior, relembrando que, em 2023, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi foi declarado, simbolicamente, como 'terra indígena' e que tem se consolidado como esse espaço dos povos tradicionais.
Conforme explicou Nilson Gabas, embora o Museu Goeldi tenha sido o articulador das agendas cumpridas pelo príncipe William no Parque Zoobotânico, seu papel estratégico de fomentar alianças em benefício da região amazônica se consolida, devido ao seu legado histórico e científico.
"Tivemos aqui diálogos entre o governo brasileiro e o Reino Unido no sentido de levantar fundos, de desenvolver ações conjuntas. Eu fico muito feliz pelo Museu Goeldi estar cumprindo esse papel, de poder ceder o espaço para estas articulações importantes serem realizadas. Isso nos deixa muito felizes porque é um reconhecimento que se agrega ao papel estratégico da instituição na região amazônica".
"A samaúma fortalece a importância de estarmos juntos"
Aos pés da samaumeira de 129 anos, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, dialogou com o príncipe William, ao lado de Dinamam Tuxá, Angela Kaxuyana, Watakakalu Yawalapiti, Juma Xipaia e Toya Manchineri.
Leia também: Portal Amazônia responde: Sumaúma ou Samaúma?
"Acho que a COP, para nós, já começa com esse diálogo internacional. Atualizamos as demandas dos povos indígenas de todos os biomas. É importante falar que não é só a Amazônia que pede pela demarcação das terras indígenas. Também pedimos apoio para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)", pontuou a presidente, se referindo ao compromisso dos países para combater as mudanças climáticas e para reduzir a emissão de gases.
Sobre o encontro ter ocorrido no Museu Goeldi, Joenia Wapichana começa dizendo que "Belém é terra ancestral". E, diante da samaúma centenária com quase 40 metros de altura, ela ressaltou a importância da luta coletiva.
"Estar dentro do Museu Goeldi, até mesmo na frente da samaúma, fortalece tanto a importância de estarmos juntos, caminhando juntos, mas também representa o que os povos indígenas têm falado, que é a conservação da biodiversidade, a união dos povos. E essa samaúma traz essa força para nós, tanto física, quanto espiritual e, agora, para construir esse diálogo que acabou de acontecer com o príncipe William", explicou a presidente, que se comunicou sem intérprete com a realeza.
"O príncipe ficou impressionado com o Parque"
A embaixadora do Reino Unido, Stephanie Al-Qaq, também acompanhou a manhã do príncipe William no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Segundo ela, "foi muito importante para o príncipe visitar, saber mais do trabalho do Museu e também das pesquisas que estão acontecendo aqui e nas outras unidades", disse, ao se referir ao Campus de Pesquisa, no bairro de Terra Firme, e à Estação Científica Ferreira Penna, implementada na Floresta Nacional de Caxiuanã, na década de 1990, com recursos da coroa britânica.
Na época, o pai do príncipe William, hoje, Rei Charles III, fez a doação de seis veículos para auxiliar nas pesquisas desenvolvidas na Estação do Museu Goeldi.
Assim como a presença do príncipe sucedeu a visita do pai a Belém, a embaixadora indicou que o relacionamento da coroa britânica com o Museu poderá ultrapassar gerações. "Eu acho que ele está plantando a próxima geração das árvores, o que é muito interessante. Talvez, quem sabe, os filhos dele vão voltar e plantar a próxima geração", disse Stephanie, acrescentando que o príncipe William ficou impressionado com a preservação do Parque no meio da cidade.
Para a embaixadora, os encontros no Museu foram muito importantes. "Ele conseguiu ouvir as vozes dos jovens e da comunidade indígena, exatamente para entender um pouco mais dos desafios que enfrentam no dia a dia e o que buscam na COP30".
Visita do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia
Na dia (7/11), foi a vez de o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, receber a visita oficial do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia, da Suécia, também no Parque Zoobotânico. Integraram a comitiva representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Embaixada da Suécia no Brasil. O diretor e a ecóloga Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi, expuseram às autoridades o trabalho científico e socioambiental desenvolvido pela instituição na Amazônia, no intuito de fortalecer laços de cooperação entre o Museu Goeldi e o Reino da Suécia.
Fez parte da agenda uma visita a pontos estratégicos do Parque Zoobotânico, como o lago da vitória-régia, o recinto das ariranhas e das tartarugas da Amazônia, a samaumeira anciã e o lago do tambaqui. Rei Carl XVI Gustaf plantou um exemplar de cumaru (Dipteryx odorata).
https://portalamazonia.com/cultura/principe-william-museu-goeldi/
Às vésperas da abertura da Conferência das Partes (COP30), o príncipe William, do Reino Unido, esteve no dia (07/11) no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi. Instalado há 130 anos na região central de Belém (PA), o espaço, que é referência em pesquisa sobre a Amazônia, foi escolhido para sediar os diálogos entre o herdeiro da coroa britânica e líderes indígenas.
"O Museu Goeldi é um espaço plural, para comunidades indígenas terem diálogos, apresentarem suas culturas, falarem de temas pertinentes às suas lutas. Hoje, no âmbito da COP, a gente recebe o príncipe William para tratar, junto com a presidente da Funai, de questões que envolvem a bilateralidade entre o Brasil e a coroa britânica", afirmou o diretor da instituição Nilson Gabas Júnior, relembrando que, em 2023, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi foi declarado, simbolicamente, como 'terra indígena' e que tem se consolidado como esse espaço dos povos tradicionais.
Conforme explicou Nilson Gabas, embora o Museu Goeldi tenha sido o articulador das agendas cumpridas pelo príncipe William no Parque Zoobotânico, seu papel estratégico de fomentar alianças em benefício da região amazônica se consolida, devido ao seu legado histórico e científico.
"Tivemos aqui diálogos entre o governo brasileiro e o Reino Unido no sentido de levantar fundos, de desenvolver ações conjuntas. Eu fico muito feliz pelo Museu Goeldi estar cumprindo esse papel, de poder ceder o espaço para estas articulações importantes serem realizadas. Isso nos deixa muito felizes porque é um reconhecimento que se agrega ao papel estratégico da instituição na região amazônica".
"A samaúma fortalece a importância de estarmos juntos"
Aos pés da samaumeira de 129 anos, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, dialogou com o príncipe William, ao lado de Dinamam Tuxá, Angela Kaxuyana, Watakakalu Yawalapiti, Juma Xipaia e Toya Manchineri.
Leia também: Portal Amazônia responde: Sumaúma ou Samaúma?
"Acho que a COP, para nós, já começa com esse diálogo internacional. Atualizamos as demandas dos povos indígenas de todos os biomas. É importante falar que não é só a Amazônia que pede pela demarcação das terras indígenas. Também pedimos apoio para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)", pontuou a presidente, se referindo ao compromisso dos países para combater as mudanças climáticas e para reduzir a emissão de gases.
Sobre o encontro ter ocorrido no Museu Goeldi, Joenia Wapichana começa dizendo que "Belém é terra ancestral". E, diante da samaúma centenária com quase 40 metros de altura, ela ressaltou a importância da luta coletiva.
"Estar dentro do Museu Goeldi, até mesmo na frente da samaúma, fortalece tanto a importância de estarmos juntos, caminhando juntos, mas também representa o que os povos indígenas têm falado, que é a conservação da biodiversidade, a união dos povos. E essa samaúma traz essa força para nós, tanto física, quanto espiritual e, agora, para construir esse diálogo que acabou de acontecer com o príncipe William", explicou a presidente, que se comunicou sem intérprete com a realeza.
"O príncipe ficou impressionado com o Parque"
A embaixadora do Reino Unido, Stephanie Al-Qaq, também acompanhou a manhã do príncipe William no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Segundo ela, "foi muito importante para o príncipe visitar, saber mais do trabalho do Museu e também das pesquisas que estão acontecendo aqui e nas outras unidades", disse, ao se referir ao Campus de Pesquisa, no bairro de Terra Firme, e à Estação Científica Ferreira Penna, implementada na Floresta Nacional de Caxiuanã, na década de 1990, com recursos da coroa britânica.
Na época, o pai do príncipe William, hoje, Rei Charles III, fez a doação de seis veículos para auxiliar nas pesquisas desenvolvidas na Estação do Museu Goeldi.
Assim como a presença do príncipe sucedeu a visita do pai a Belém, a embaixadora indicou que o relacionamento da coroa britânica com o Museu poderá ultrapassar gerações. "Eu acho que ele está plantando a próxima geração das árvores, o que é muito interessante. Talvez, quem sabe, os filhos dele vão voltar e plantar a próxima geração", disse Stephanie, acrescentando que o príncipe William ficou impressionado com a preservação do Parque no meio da cidade.
Para a embaixadora, os encontros no Museu foram muito importantes. "Ele conseguiu ouvir as vozes dos jovens e da comunidade indígena, exatamente para entender um pouco mais dos desafios que enfrentam no dia a dia e o que buscam na COP30".
Visita do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia
Na dia (7/11), foi a vez de o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, receber a visita oficial do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia, da Suécia, também no Parque Zoobotânico. Integraram a comitiva representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Embaixada da Suécia no Brasil. O diretor e a ecóloga Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi, expuseram às autoridades o trabalho científico e socioambiental desenvolvido pela instituição na Amazônia, no intuito de fortalecer laços de cooperação entre o Museu Goeldi e o Reino da Suécia.
Fez parte da agenda uma visita a pontos estratégicos do Parque Zoobotânico, como o lago da vitória-régia, o recinto das ariranhas e das tartarugas da Amazônia, a samaumeira anciã e o lago do tambaqui. Rei Carl XVI Gustaf plantou um exemplar de cumaru (Dipteryx odorata).
https://portalamazonia.com/cultura/principe-william-museu-goeldi/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.