De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Funai destaca a contribuição das mulheres indígenas no enfrentamento às mudanças climáticas na COP30
19/11/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ressaltou na terça-feira (18) a relevância da atuação conjunta entre governo e organizações internacionais. Ao comentar sobre a "Iniciativa de Fortalecimento dos Povos Indígenas do Brasil", a diretora de Gestão Ambiental e Territorial da Funai, Lucia Alberta, destacou que o referido projeto é um exemplo de cooperação internacional necessária para somar na implementação de políticas públicas do Estado brasileiro.
"Também quero destacar a importância das mulheres indígenas na implementação da PNGATI e nos instrumentos de gestão", ressaltou a diretora, referindo-se à Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, instrumento que reconhece e apoia a gestão ambiental e territorial realizada pelos povos indígenas em seus territórios.
A manifestação foi durante participação no painel "Mulheres Indígenas e Emergência Climática: dos territórios tradicionais à cooperação internacional", realizado no Círculo dos Povos, na Zona Verde da COP30, em Belém (PA). A atividade destacou o protagonismo das mulheres indígenas na defesa dos territórios e no fortalecimento da governança climática, reunindo conhecimentos ancestrais, políticas públicas e iniciativas de cooperação internacional.
O painel contou com a presença de lideranças, pesquisadoras e representantes institucionais que atuam nas agendas de gestão territorial, justiça climática e direitos das mulheres indígenas.
A "Iniciativa de Fortalecimento dos Povos Indígenas do Brasil" é uma parceria entre a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), da Alemanha, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Funai e a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). O projeto reúne ações conjuntas para ampliar capacidades institucionais e promover justiça climática.
A secretária nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, da Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (Seart), do MPI, Giovana Mandulão, disse que falar dos povos indígenas, que sentem em seus territórios o impacto das mudanças climáticas, a partir da escuta das mulheres indígenas, é fundamental para pensar políticas públicas efetivas.
Defensoras ambientais
No evento, foi apresentada a pesquisa "Mulheres Indígenas, Territórios e Emergências Climáticas", uma iniciativa inédita conduzida por mulheres indígenas, em parceria com a ANMIGA, a GIZ e instituições acadêmicas.
A pesquisa tem como base a produção de conhecimentos científicos indígenas nos territórios e movimentos, com foco na visibilização das mulheres como defensoras ambientais, promotoras da sustentabilidade e lideranças centrais na luta pela justiça climática. Seus objetivos incluem a denúncia de violências que atingem os corpos-territórios e a geração de informações qualificadas para subsidiar políticas públicas mais sensíveis às realidades das mulheres indígenas.
Eliane Xunakalo, liderança do povo Kurâ-Bakairi, da ANMIGA e deputada estadual no Mato Grosso, enfatizou a importância de dados e metodologias que traduzam a realidade vivida pelas mulheres indígenas nos territórios. "Nós sabemos conquistar os territórios, conhecemos nossas demandas e desafios, mas também temos soluções possíveis. É preciso levar isso às esferas de governo, e essa pesquisa serve para mostrar o que estamos levantando", evidenciou.
Ao abordar o papel das mulheres na proteção territorial, Jucicleide Xerente, brigadista voluntária, reforçou que "existem soluções que podem ser aplicadas nos territórios, especialmente quando são conduzidas pelas próprias comunidades".
Julia Santos Giebeler explicou o compromisso da GIZ com a agenda climática indígena. "Há um papel central das mulheres indígenas como articuladoras comunitárias e lideranças estratégicas na proteção dos territórios. Através desta iniciativa, a Alemanha reforça seu compromisso em fortalecer, junto com os parceiros brasileiros, o protagonismo das mulheres indígenas no Brasil."
Makato Tapirapé da Associação das Mulheres Indígenas Apyãwa (AMIAP), também integrou o debate.
Parte da etapa-piloto da pesquisa foi realizada em Brasília, fortalecendo o protagonismo indígena no monitoramento e gestão dos territórios por meio de iniciativas como a Oficina de Planejamento Operativo Anual, realizada em setembro deste ano, em Palmas (TO). A metodologia do estudo incluiu observação participante, aplicação de questionários físicos e online, entrevistas com defensoras ambientais e análise documental das discussões realizadas na 1ª Conferência Nacional de Mulheres Indígenas.
Os próximos passos da pesquisa incluem a sistematização dos dados ao longo de 2026 e a publicação final do estudo.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-destaca-a-contribuicao-das-mulheres-indigenas-no-enfrentamento-as-mudancas-climaticas-na-cop30
"Também quero destacar a importância das mulheres indígenas na implementação da PNGATI e nos instrumentos de gestão", ressaltou a diretora, referindo-se à Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, instrumento que reconhece e apoia a gestão ambiental e territorial realizada pelos povos indígenas em seus territórios.
A manifestação foi durante participação no painel "Mulheres Indígenas e Emergência Climática: dos territórios tradicionais à cooperação internacional", realizado no Círculo dos Povos, na Zona Verde da COP30, em Belém (PA). A atividade destacou o protagonismo das mulheres indígenas na defesa dos territórios e no fortalecimento da governança climática, reunindo conhecimentos ancestrais, políticas públicas e iniciativas de cooperação internacional.
O painel contou com a presença de lideranças, pesquisadoras e representantes institucionais que atuam nas agendas de gestão territorial, justiça climática e direitos das mulheres indígenas.
A "Iniciativa de Fortalecimento dos Povos Indígenas do Brasil" é uma parceria entre a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), da Alemanha, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Funai e a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). O projeto reúne ações conjuntas para ampliar capacidades institucionais e promover justiça climática.
A secretária nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, da Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (Seart), do MPI, Giovana Mandulão, disse que falar dos povos indígenas, que sentem em seus territórios o impacto das mudanças climáticas, a partir da escuta das mulheres indígenas, é fundamental para pensar políticas públicas efetivas.
Defensoras ambientais
No evento, foi apresentada a pesquisa "Mulheres Indígenas, Territórios e Emergências Climáticas", uma iniciativa inédita conduzida por mulheres indígenas, em parceria com a ANMIGA, a GIZ e instituições acadêmicas.
A pesquisa tem como base a produção de conhecimentos científicos indígenas nos territórios e movimentos, com foco na visibilização das mulheres como defensoras ambientais, promotoras da sustentabilidade e lideranças centrais na luta pela justiça climática. Seus objetivos incluem a denúncia de violências que atingem os corpos-territórios e a geração de informações qualificadas para subsidiar políticas públicas mais sensíveis às realidades das mulheres indígenas.
Eliane Xunakalo, liderança do povo Kurâ-Bakairi, da ANMIGA e deputada estadual no Mato Grosso, enfatizou a importância de dados e metodologias que traduzam a realidade vivida pelas mulheres indígenas nos territórios. "Nós sabemos conquistar os territórios, conhecemos nossas demandas e desafios, mas também temos soluções possíveis. É preciso levar isso às esferas de governo, e essa pesquisa serve para mostrar o que estamos levantando", evidenciou.
Ao abordar o papel das mulheres na proteção territorial, Jucicleide Xerente, brigadista voluntária, reforçou que "existem soluções que podem ser aplicadas nos territórios, especialmente quando são conduzidas pelas próprias comunidades".
Julia Santos Giebeler explicou o compromisso da GIZ com a agenda climática indígena. "Há um papel central das mulheres indígenas como articuladoras comunitárias e lideranças estratégicas na proteção dos territórios. Através desta iniciativa, a Alemanha reforça seu compromisso em fortalecer, junto com os parceiros brasileiros, o protagonismo das mulheres indígenas no Brasil."
Makato Tapirapé da Associação das Mulheres Indígenas Apyãwa (AMIAP), também integrou o debate.
Parte da etapa-piloto da pesquisa foi realizada em Brasília, fortalecendo o protagonismo indígena no monitoramento e gestão dos territórios por meio de iniciativas como a Oficina de Planejamento Operativo Anual, realizada em setembro deste ano, em Palmas (TO). A metodologia do estudo incluiu observação participante, aplicação de questionários físicos e online, entrevistas com defensoras ambientais e análise documental das discussões realizadas na 1ª Conferência Nacional de Mulheres Indígenas.
Os próximos passos da pesquisa incluem a sistematização dos dados ao longo de 2026 e a publicação final do estudo.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-destaca-a-contribuicao-das-mulheres-indigenas-no-enfrentamento-as-mudancas-climaticas-na-cop30
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