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Diálogo sobre Fundo Amazônia reforça papel estratégico de povos indígenas e comunidades tradicionais
19/11/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas voltou a reforçar que o Fundo Amazônia deve representar uma política concreta de reconhecimento dos povos indígenas como protagonistas da proteção dos biomas brasileiros. Foi na terça-feira (18) durante mesa de debate organizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na Zona Verde da COP30, em Belém (PA).
Intitulado "Fundo Amazônia: guardiões da floresta - os povos indígenas e comunidades tradicionais", o encontro discutiu o fortalecimento de iniciativas de proteção territorial, gestão ambiental e apoio às comunidades que vivem na floresta. A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, ressaltou que os povos indígenas têm papel fundamental na conservação e proteção de seus territórios.
"Os povos indígenas são essenciais no planeta, pois eles protegem seus territórios e a floresta em pé por meio de seus conhecimentos tradicionais, suas boas práticas, sua convivência pacífica e respeitosa com a natureza. A terra indígena é parte de suas vidas, e isso precisa ser entendido como uma contribuição direta ao enfrentamento da crise climática", afirmou.
Joenia destacou que proteger a floresta exige também proteger as pessoas que a defendem diariamente. "Quem vive na floresta sente frio, calor, fome, precisa de educação, direitos sociais e segurança. Muitos são perseguidos por proteger seus territórios. Por isso, discutir a mudança do clima é também discutir como garantir a proteção de quem protege bens essenciais para todo o planeta."
A presidenta lembrou ainda que a regularização fundiária continua sendo um eixo essencial da política indigenista. "É muito importante demarcar as terras indígenas. Já são 125 milhões de hectares formalmente reconhecidos. Esse número aumenta o sequestro de carbono, fortalece ações de mitigação climática e ajuda o Brasil a cumprir metas ambientais. Mas não basta demarcar: é preciso proteger e apoiar a gestão territorial e ambiental das terras indígenas."
A presidenta da Funai encerrou sua participação reafirmando o compromisso da instituição com a agenda climática. "Proteger, demarcar e apoiar a gestão territorial é fortalecer os povos indígenas e enfrentar, juntos, a crise climática. Os povos indígenas sabem proteger a floresta porque vivem nela, respeitam-na e cuidam dela há milhares de anos. Seguiremos trabalhando com o BNDES e parceiros para garantir que esses conhecimentos sigam orientando o futuro da Amazônia."
Financiamento de projetos indígenas
Representando a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o presidente do Conselho Fiscal, Gilson Curuaia, lamentou o impacto direto que grandes empreendimentos exercem sobre as populações indígenas e reforçou a importância de fortalecer projetos apoiados pelo Fundo Amazônia. "Venho de um território profundamente afetado por empreendimentos como a Usina de Belo Monte. É uma realidade de violência e violação de direitos que mostra como ainda precisamos avançar para garantir condições reais de proteção territorial."
Gilson também evidenciou a necessidade de ampliar o acesso das organizações indígenas ao financiamento. "Já dialogamos com o BNDES, mas ainda enfrentamos barreiras para acessar recursos. É preciso facilitar os instrumentos e reconhecer que, para nós, proteger o território não é um projeto, é sobrevivência."
A mesa também contou com a participação da coordenadora-executiva do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Cledeneuza Maria Bezerra, que reforçou a importância das ações de formação e do uso sustentável da floresta para a autonomia das comunidades. "Buscamos facilitar o acesso à formação para nossas professoras, alunos e famílias. Nossa escola já formou mais de cem quebradeiras de coco e queremos avançar ainda mais. Nosso compromisso é garantir a continuidade da formação e preservar a floresta que é nosso lar."
Cledeneuza destacou ainda, o impacto positivo do apoio do Fundo Amazônia. Ela contou que o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu recebeu recursos para manter suas atividades. Com isso, foi possível financiar mais de 30 projetos. "Seguimos precisando desse suporte para garantir qualidade de vida e sustentabilidade para nossas bases."
Também participaram da mesa a representante do Fundo Amazônia, Claudia Nessi e a secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Edel Moraes.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/dialogo-sobre-fundo-amazonia-reforca-papel-estrategico-de-povos-indigenas-e-comunidades-tradicionais
Intitulado "Fundo Amazônia: guardiões da floresta - os povos indígenas e comunidades tradicionais", o encontro discutiu o fortalecimento de iniciativas de proteção territorial, gestão ambiental e apoio às comunidades que vivem na floresta. A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, ressaltou que os povos indígenas têm papel fundamental na conservação e proteção de seus territórios.
"Os povos indígenas são essenciais no planeta, pois eles protegem seus territórios e a floresta em pé por meio de seus conhecimentos tradicionais, suas boas práticas, sua convivência pacífica e respeitosa com a natureza. A terra indígena é parte de suas vidas, e isso precisa ser entendido como uma contribuição direta ao enfrentamento da crise climática", afirmou.
Joenia destacou que proteger a floresta exige também proteger as pessoas que a defendem diariamente. "Quem vive na floresta sente frio, calor, fome, precisa de educação, direitos sociais e segurança. Muitos são perseguidos por proteger seus territórios. Por isso, discutir a mudança do clima é também discutir como garantir a proteção de quem protege bens essenciais para todo o planeta."
A presidenta lembrou ainda que a regularização fundiária continua sendo um eixo essencial da política indigenista. "É muito importante demarcar as terras indígenas. Já são 125 milhões de hectares formalmente reconhecidos. Esse número aumenta o sequestro de carbono, fortalece ações de mitigação climática e ajuda o Brasil a cumprir metas ambientais. Mas não basta demarcar: é preciso proteger e apoiar a gestão territorial e ambiental das terras indígenas."
A presidenta da Funai encerrou sua participação reafirmando o compromisso da instituição com a agenda climática. "Proteger, demarcar e apoiar a gestão territorial é fortalecer os povos indígenas e enfrentar, juntos, a crise climática. Os povos indígenas sabem proteger a floresta porque vivem nela, respeitam-na e cuidam dela há milhares de anos. Seguiremos trabalhando com o BNDES e parceiros para garantir que esses conhecimentos sigam orientando o futuro da Amazônia."
Financiamento de projetos indígenas
Representando a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o presidente do Conselho Fiscal, Gilson Curuaia, lamentou o impacto direto que grandes empreendimentos exercem sobre as populações indígenas e reforçou a importância de fortalecer projetos apoiados pelo Fundo Amazônia. "Venho de um território profundamente afetado por empreendimentos como a Usina de Belo Monte. É uma realidade de violência e violação de direitos que mostra como ainda precisamos avançar para garantir condições reais de proteção territorial."
Gilson também evidenciou a necessidade de ampliar o acesso das organizações indígenas ao financiamento. "Já dialogamos com o BNDES, mas ainda enfrentamos barreiras para acessar recursos. É preciso facilitar os instrumentos e reconhecer que, para nós, proteger o território não é um projeto, é sobrevivência."
A mesa também contou com a participação da coordenadora-executiva do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Cledeneuza Maria Bezerra, que reforçou a importância das ações de formação e do uso sustentável da floresta para a autonomia das comunidades. "Buscamos facilitar o acesso à formação para nossas professoras, alunos e famílias. Nossa escola já formou mais de cem quebradeiras de coco e queremos avançar ainda mais. Nosso compromisso é garantir a continuidade da formação e preservar a floresta que é nosso lar."
Cledeneuza destacou ainda, o impacto positivo do apoio do Fundo Amazônia. Ela contou que o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu recebeu recursos para manter suas atividades. Com isso, foi possível financiar mais de 30 projetos. "Seguimos precisando desse suporte para garantir qualidade de vida e sustentabilidade para nossas bases."
Também participaram da mesa a representante do Fundo Amazônia, Claudia Nessi e a secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Edel Moraes.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/dialogo-sobre-fundo-amazonia-reforca-papel-estrategico-de-povos-indigenas-e-comunidades-tradicionais
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