De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Governo combate extração de mogno
29/04/1995
Fonte: Jornal do Brasil, p.5 (Rio de Janeiro - RJ)
Governo combate extração de mogno
Eliana Lucena
Os ministérios da Justiça e do Meio. Ambiente e Recursos Hídricos vão desencadear uma ação conjunta para enfrentar a exploração predatória de árvores ameaçadas de extinção na Amazônia, com ênfase para o mogno. Pela primeira vez, o governo está sendo assessorado diretamente nesse trabalho por quatro organizações não-governamentais, inclusive duas internacionais, o Greenpeace e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A ministra interina do Meio Ambiente, Aspásia Camargo, anunciou que na próxima semana a -comissão levará aos ministros Gustavo Krause, do Meio Ambiente, e Nelson Jobim da Justiça, propostas para atacar o problema a curto e longo prazo. De imediatos comissão vai propor o reforço dos mecanismos de Fiscalização e a implantação do Conselho de Recursos Naturais Renováveis, que irá traçar as políticas para as áreas de pesca, madeira e borracha, explicou. A ministra ressaltou que o setor de pesca vive hoje uma situação de calamidade. "Essas áreas, desde o, início da década de 80 não contam com uma política adequada", acentou.
0 governo quer também conhecer melhor os estoques disponíveis de mogno e outras madeiras ameaçadas de extinção para estudar planos de manejo. Quer ainda acelerar a. tramitação de uni projeto de lei no Congresso sobre exploração de madeira e estudar alternativas econômicas para as populações carentes da Amazônia exploradas pelos madeireiros.
A ministra afirmou que o governo pretende enfrentar os problemas ambientais a partir de uma agenda interna e não externa", referindo-se às pressões internacionais que o país vem .,sofrendo nessa área. No caso do mogno, as ONGs européias têm cobrado do governo brasileiro uma ação enérgica para coibir a exploração dessa madeira de cor avermelhada, utilizada:principalmente para a fabricação de móveis finos. O maior importador do mogno brasileiro é a Inglaterra.
"É,.preciso encontrar alternativas não apenas imediatas para enfrentar, o problema", afirmou Aspásia, citando posição do ministro Gustavo Krause, de que "só policia não resolverá o problema".
Além do Greenpeace e da WWF, o trabalho interministerial conta com o apoio da ONGs Funatura e Instituto Sócio-Ambiental (Isa). Dados. colhidos pelo Ibama e pelas ONGs mostram que entre 1971 e 1990 foram retirados da Amazônia mais de 3 milhões de metros cúbicos de mogno, a ,maior parte;contrabandeada de reservas indígenas e áreas de proteção ambiental.
JB, 29/04/1995, p. 5
Eliana Lucena
Os ministérios da Justiça e do Meio. Ambiente e Recursos Hídricos vão desencadear uma ação conjunta para enfrentar a exploração predatória de árvores ameaçadas de extinção na Amazônia, com ênfase para o mogno. Pela primeira vez, o governo está sendo assessorado diretamente nesse trabalho por quatro organizações não-governamentais, inclusive duas internacionais, o Greenpeace e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A ministra interina do Meio Ambiente, Aspásia Camargo, anunciou que na próxima semana a -comissão levará aos ministros Gustavo Krause, do Meio Ambiente, e Nelson Jobim da Justiça, propostas para atacar o problema a curto e longo prazo. De imediatos comissão vai propor o reforço dos mecanismos de Fiscalização e a implantação do Conselho de Recursos Naturais Renováveis, que irá traçar as políticas para as áreas de pesca, madeira e borracha, explicou. A ministra ressaltou que o setor de pesca vive hoje uma situação de calamidade. "Essas áreas, desde o, início da década de 80 não contam com uma política adequada", acentou.
0 governo quer também conhecer melhor os estoques disponíveis de mogno e outras madeiras ameaçadas de extinção para estudar planos de manejo. Quer ainda acelerar a. tramitação de uni projeto de lei no Congresso sobre exploração de madeira e estudar alternativas econômicas para as populações carentes da Amazônia exploradas pelos madeireiros.
A ministra afirmou que o governo pretende enfrentar os problemas ambientais a partir de uma agenda interna e não externa", referindo-se às pressões internacionais que o país vem .,sofrendo nessa área. No caso do mogno, as ONGs européias têm cobrado do governo brasileiro uma ação enérgica para coibir a exploração dessa madeira de cor avermelhada, utilizada:principalmente para a fabricação de móveis finos. O maior importador do mogno brasileiro é a Inglaterra.
"É,.preciso encontrar alternativas não apenas imediatas para enfrentar, o problema", afirmou Aspásia, citando posição do ministro Gustavo Krause, de que "só policia não resolverá o problema".
Além do Greenpeace e da WWF, o trabalho interministerial conta com o apoio da ONGs Funatura e Instituto Sócio-Ambiental (Isa). Dados. colhidos pelo Ibama e pelas ONGs mostram que entre 1971 e 1990 foram retirados da Amazônia mais de 3 milhões de metros cúbicos de mogno, a ,maior parte;contrabandeada de reservas indígenas e áreas de proteção ambiental.
JB, 29/04/1995, p. 5
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