De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Guarda venezuelana prende 27 brasileiros
02/09/2004
Fonte: O Globo, O País, p.12
Guarda venezuelana prende 27 brasileiros
Rodrigo Rangel
Vinte e sete brasileiros, entre eles três índios ianomâmis, estão presos na cidade de Puerto Ayacucho, na Venezuela. Eles foram capturados pela Guarda Nacional venezuelana acusados de tentar entrar num garimpo clandestino localizado num parque ecológico. Outros brasileiros que conseguiram fugir ao cerco dizem que os presos estão sendo mantidos em condições precárias numa cadeia superlotada de Puerto Ayacucho, capital do estado venezuelano do Amazonas.
Alguns presos já foram julgados e condenados
As primeiras prisões aconteceram em maio. Ao todo, 29 brasileiros foram detidos, mas dois ganharam liberdade condicional. Uma parte do grupo que continua na cadeia foi julgada e condenada a até seis anos de prisão. A embaixada do Brasil em Caracas enviou um representante à cidade nos últimos dias para averiguar a situação, mas até agora não há solução à vista, a não ser a expectativa pelo julgamento de recursos apresentados à Justiça venezuelana.
Os brasileiros foram presos por patrulhas venezuelanas enquanto navegavam pelo Rio Orinoco, a caminho do garimpo. Os ianomâmis serviam de guias. Eles são da aldeia de Maturacá, nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Como conhecem bem a região, teriam sido contratados para conduzir os bongos, grandes canoas de madeira com motor de popa usadas na região. Em uma das embarcações, os guardas apreenderam um motor para garimpo e alimentos.
Defendidos por uma advogada de Puerto Ayacucho, os brasileiros alegam que as prisões são arbitrárias. Eles argumentam que tinham autorização da Marinha colombiana para trafegar pelo Orinoco, que delimita parte da fronteira da Venezuela com a Colômbia. O rio é um dos caminhos que levam até a área do garimpo.
- A área é de águas internacionais. Como a gente tinha autorização da Colômbia, a Guarda Nacional da Venezuela não podia prender ninguém - diz o garimpeiro Ruy Hagge Barbosa, de 47 anos, um dos que conseguiram escapar.
Garimpo atrai cada vez mais brasileiros e colombianos
Fontes do serviço diplomático brasileiro na Venezuela disseram ser degradantes as condições da prisão onde estão os índios e garimpeiros.
O ouro do garimpo localizado no Parque Nacional do Yacapana, uma área venezuelana de preservação ambiental, tem provocado uma corrida cada vez maior de brasileiros e colombianos à região. Estima-se que, atualmente, 600 brasileiros estejam ilegalmente na área.
O Globo, 02/09/2004, O País, p. 12
Rodrigo Rangel
Vinte e sete brasileiros, entre eles três índios ianomâmis, estão presos na cidade de Puerto Ayacucho, na Venezuela. Eles foram capturados pela Guarda Nacional venezuelana acusados de tentar entrar num garimpo clandestino localizado num parque ecológico. Outros brasileiros que conseguiram fugir ao cerco dizem que os presos estão sendo mantidos em condições precárias numa cadeia superlotada de Puerto Ayacucho, capital do estado venezuelano do Amazonas.
Alguns presos já foram julgados e condenados
As primeiras prisões aconteceram em maio. Ao todo, 29 brasileiros foram detidos, mas dois ganharam liberdade condicional. Uma parte do grupo que continua na cadeia foi julgada e condenada a até seis anos de prisão. A embaixada do Brasil em Caracas enviou um representante à cidade nos últimos dias para averiguar a situação, mas até agora não há solução à vista, a não ser a expectativa pelo julgamento de recursos apresentados à Justiça venezuelana.
Os brasileiros foram presos por patrulhas venezuelanas enquanto navegavam pelo Rio Orinoco, a caminho do garimpo. Os ianomâmis serviam de guias. Eles são da aldeia de Maturacá, nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Como conhecem bem a região, teriam sido contratados para conduzir os bongos, grandes canoas de madeira com motor de popa usadas na região. Em uma das embarcações, os guardas apreenderam um motor para garimpo e alimentos.
Defendidos por uma advogada de Puerto Ayacucho, os brasileiros alegam que as prisões são arbitrárias. Eles argumentam que tinham autorização da Marinha colombiana para trafegar pelo Orinoco, que delimita parte da fronteira da Venezuela com a Colômbia. O rio é um dos caminhos que levam até a área do garimpo.
- A área é de águas internacionais. Como a gente tinha autorização da Colômbia, a Guarda Nacional da Venezuela não podia prender ninguém - diz o garimpeiro Ruy Hagge Barbosa, de 47 anos, um dos que conseguiram escapar.
Garimpo atrai cada vez mais brasileiros e colombianos
Fontes do serviço diplomático brasileiro na Venezuela disseram ser degradantes as condições da prisão onde estão os índios e garimpeiros.
O ouro do garimpo localizado no Parque Nacional do Yacapana, uma área venezuelana de preservação ambiental, tem provocado uma corrida cada vez maior de brasileiros e colombianos à região. Estima-se que, atualmente, 600 brasileiros estejam ilegalmente na área.
O Globo, 02/09/2004, O País, p. 12
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