De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Indios guaranis querem vender água mineral
19/11/2001
Autor: Ataíde Cuqui
Fonte: Gazta do Povo-Curitiba-PR
Empreendimentoesbarra no excesso de burocracia
Sonhando melhorar a renda das 54 famílias da tribo, os ÍNDIOS guaranis da reserva de Laranjinha, a 120 quilômetros de Londrina, querem vender a água mineral da fonte localizada na reserva. Eles encaminharam ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) pedido de autorização para explorar a fonte de água mineral existente na reserva onde vivem. O pedido foi aceito e as qualidades da água foram comprovadas por exames feitos pela Funai, mas o trâmite burocrático ainda não permitiu iniciar o empreendimento.
Denis Uikã Juvêncio Piraí, presidente da Cooperativa de Mineração Porã da Comunidade Guarani da Terra Indígena Laranjinha PR (Coomporã), planeja ir à Brasília nos próximos dias para tentar apressar o processo. A idéia é aproveitar um poço de água mineral, perfurado há oito anos, que tem vasão de cerca de 150 metros cúbicos por hora.
A reserva indígena fica na divisa dos municípios de Santa Amélia a Abatia, em terras impróprias para agricultura. O presidente da Coomporã conta que o próximo passo é conseguir os recursos necessários para a montagem da engarrafadora. O processo vem se arrastando há alguns anos e a incumbência foi passada ao deputado federal César Silvestre. "Ele é quem está correndo atrás do dinheiro para nós", diz.
Com o engarrafamento da água, os guaranis pretendem montar projetos de capacitação e gerenciamento de recursos hídricos para aprender a administrar os negócios. "Cada família planta pouco mais de um alqueire e o que consegue com a lavoura é muito pouco", diz Uikã, explicando porque eles buscam uma alternativa de renda.
Reservatório Gigante
A descoberta da qualidade da água do poço de cerca de 40 metros de profundidade, se deu quase que ao acaso. Antes de sua abertura, a comunidade consumia água de uma mina e de um riacho que corta a reserva. Eram águas impróprias para o consumo. Ao ser perfurado, o poço surpreendeu pela pureza e composição de nutrientes. A mina descoberta pelos ÍNDIOS fica num dos pontos mais superficiais do chamado Aqüífero Guarani, um gigantesco reservatório de águas potáveis subterrâneas que serve, além do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. O poço também alimenta duas represas onde os ÍNDIOS criam peixes para consumo próprio. Bastante religiosa, a comunidade guarani vê a descoberta do poço como um presente de Deus.
Sonhando melhorar a renda das 54 famílias da tribo, os ÍNDIOS guaranis da reserva de Laranjinha, a 120 quilômetros de Londrina, querem vender a água mineral da fonte localizada na reserva. Eles encaminharam ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) pedido de autorização para explorar a fonte de água mineral existente na reserva onde vivem. O pedido foi aceito e as qualidades da água foram comprovadas por exames feitos pela Funai, mas o trâmite burocrático ainda não permitiu iniciar o empreendimento.
Denis Uikã Juvêncio Piraí, presidente da Cooperativa de Mineração Porã da Comunidade Guarani da Terra Indígena Laranjinha PR (Coomporã), planeja ir à Brasília nos próximos dias para tentar apressar o processo. A idéia é aproveitar um poço de água mineral, perfurado há oito anos, que tem vasão de cerca de 150 metros cúbicos por hora.
A reserva indígena fica na divisa dos municípios de Santa Amélia a Abatia, em terras impróprias para agricultura. O presidente da Coomporã conta que o próximo passo é conseguir os recursos necessários para a montagem da engarrafadora. O processo vem se arrastando há alguns anos e a incumbência foi passada ao deputado federal César Silvestre. "Ele é quem está correndo atrás do dinheiro para nós", diz.
Com o engarrafamento da água, os guaranis pretendem montar projetos de capacitação e gerenciamento de recursos hídricos para aprender a administrar os negócios. "Cada família planta pouco mais de um alqueire e o que consegue com a lavoura é muito pouco", diz Uikã, explicando porque eles buscam uma alternativa de renda.
Reservatório Gigante
A descoberta da qualidade da água do poço de cerca de 40 metros de profundidade, se deu quase que ao acaso. Antes de sua abertura, a comunidade consumia água de uma mina e de um riacho que corta a reserva. Eram águas impróprias para o consumo. Ao ser perfurado, o poço surpreendeu pela pureza e composição de nutrientes. A mina descoberta pelos ÍNDIOS fica num dos pontos mais superficiais do chamado Aqüífero Guarani, um gigantesco reservatório de águas potáveis subterrâneas que serve, além do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. O poço também alimenta duas represas onde os ÍNDIOS criam peixes para consumo próprio. Bastante religiosa, a comunidade guarani vê a descoberta do poço como um presente de Deus.
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