De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Índios retêm profissionais na reserva

17/05/2006

Autor: Tiana Brazão

Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR



Pelo menos três funcionários contratados pela FUB (Fundação Universidade de Brasília) para prestar serviço à Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Roraima foram impedidos de deixar a reserva indígena Yanomami, na tarde de ontem.

O fato ocorreu por volta das 15h, quando um avião que presta serviço para a Funasa deixava o local. Os indígenas temem ficar sem assistência médica, devido à possível paralisação dos funcionários, e resolveram impedir que três deles embarcassem.

Segundo informações do presidente do Sindicato dos Profissionais das Áreas Indígenas, José Rondinelli, a situação é preocupante, uma vez que, em conversa através de rádio-fonia, as lideranças não atenderam o pedido para liberar os funcionários. "O que acontece é que existe receio por parte dos yanomami de ficarem sem atendimento à saúde", disse.

Ele informou que o avião foi liberado depois que os funcionários foram impedidos de embarcar. Para solucionar o problema foi marcada uma reunião, via sala de rádio da Funasa, a partir das 9h desta quarta-feira, 17, com o sindicalista e o presidente do Conselho Distrital Yanomami, Arakona Yanomami, que se encontra em Roraima e vai tentar liberar os funcionários.

Segundo Rondinelli, o Arakona Yanomami vem acompanhando as negociações que estão sendo feitas para manter a assistência na área e percebendo o empenho da Funasa em Roraima, FUB, UNB e do Distrito Sanitário Yanomami (DSY).

"Ocorre falta de empenho das lideranças de Brasília. O problema não está em Roraima e os funcionários não podem ficar detidos nas áreas, pois todos são chefes de família", disse o sindicalista.

Ele explicou ainda que desde o início da semana passada o sindicato, em assembléia, resolveu reduzir o número de servidores em apenas 30% nas áreas de assistência à saúde Yanomami.

Em reunião realizada na tarde de ontem na Funasa, o líder Arakona Yanomami disse que pretende formar uma comissão composta por representantes yanomami e da Funasa a fim de levar o protesto diretamente à presidência da Funasa em Brasília. "Respeito a iniciativa, mas acredito que tudo será resolvido antes mesmo que a comissão seja formada", ressaltou o coordenador Ramiro Teixeira.
 

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