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Área do acidente enfrenta 'tsunami da soja'
01/10/2006
Fonte: FSP, Caderno Especial Vôo 1907, p. D8
Área do acidente enfrenta 'tsunami da soja'
DA AGÊNCIA FOLHA
A região do acidente aéreo na serra do Cachimbo, que fica entre o sul do Pará e o norte do Mato Grosso e compreende parte da reserva indígena dos caiapós, apresenta diversos problemas de preservação ambiental. Os principais são o avanço das plantações de soja, a extração de madeira ilegal, os garimpos, a grilagem de terras e a criminalidade.
Para a chefe do Departamento de Antropologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Vanessa Rosimery Lea, que morou 22 meses na região, a área, apesar de apresentar diversos problemas, ainda pode ser considerada um "oásis no deserto" por causa dos aproximadamente 634 mil hectares de terras indígenas que ainda são preservadas.
"Sobrevoando o local, ainda dá para ver que a vegetação está preservada. Mas olhando mais de perto é possível perceber diversos problemas como a extração ilegal de madeiras e a disputa de terras", disse a antropóloga.
Etnias
Entre 3.000 e 4.000 índios vivem na região. "Além dos caipós, vivem nas terras outras etnias, como a panará. Nas imediações das terras é um local meio barra-pesada, com a presença de grileiros de terra, garimpeiros e madeireiros".
A antropóloga lembra ainda que a serra do Cachimbo apresenta uma área de transição de vegetação, entre a Amazônia e o cerrado, com muita riqueza de minerais e rica diversidade de espécies. "Naquele local ocorreu uma espécie de tsunami da soja, que toma conta aos poucos das terras", afirma.
A mesma região da serra do Cachimbo, serviu de abrigo para militares e para guerrilheiros durante a guerrilha do Araguaia, que aconteceu na década de 1970.
A região também é cortada por rios, como o Araguaia. (MAURÍCIO SIMIONATO)
FSP, 01/10/2006, Caderno Especial Vôo 1907, p. D8
DA AGÊNCIA FOLHA
A região do acidente aéreo na serra do Cachimbo, que fica entre o sul do Pará e o norte do Mato Grosso e compreende parte da reserva indígena dos caiapós, apresenta diversos problemas de preservação ambiental. Os principais são o avanço das plantações de soja, a extração de madeira ilegal, os garimpos, a grilagem de terras e a criminalidade.
Para a chefe do Departamento de Antropologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Vanessa Rosimery Lea, que morou 22 meses na região, a área, apesar de apresentar diversos problemas, ainda pode ser considerada um "oásis no deserto" por causa dos aproximadamente 634 mil hectares de terras indígenas que ainda são preservadas.
"Sobrevoando o local, ainda dá para ver que a vegetação está preservada. Mas olhando mais de perto é possível perceber diversos problemas como a extração ilegal de madeiras e a disputa de terras", disse a antropóloga.
Etnias
Entre 3.000 e 4.000 índios vivem na região. "Além dos caipós, vivem nas terras outras etnias, como a panará. Nas imediações das terras é um local meio barra-pesada, com a presença de grileiros de terra, garimpeiros e madeireiros".
A antropóloga lembra ainda que a serra do Cachimbo apresenta uma área de transição de vegetação, entre a Amazônia e o cerrado, com muita riqueza de minerais e rica diversidade de espécies. "Naquele local ocorreu uma espécie de tsunami da soja, que toma conta aos poucos das terras", afirma.
A mesma região da serra do Cachimbo, serviu de abrigo para militares e para guerrilheiros durante a guerrilha do Araguaia, que aconteceu na década de 1970.
A região também é cortada por rios, como o Araguaia. (MAURÍCIO SIMIONATO)
FSP, 01/10/2006, Caderno Especial Vôo 1907, p. D8
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