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Líderes yanomami pretendem permanecer em Brasília até a noite de amanhã
27/02/2008
Autor: Leandro Martins
Fonte: Agência Brasil
Oito lideranças da etnia Yanomami de Roraima e do Amazonas estão na capital federal para discutir mineração em terra indígena e outras questões relativas a seus povos. As lideranças pretendem permanecer em Brasília até amanhã (28) à noite.
Os Yanomami pediram uma audiência com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) para amanhã de manhã, a fim de tratar de assuntos como saúde e territórios. Até o fim da tarde a reunião não havia sido confirmada.
Ontem, a comitiva participou de uma sessão da Comissão Especial sobre Mineração em Terras Indígenas da Câmara dos Deputados. O líder yanomami Davi Kopenawa entregou ao presidente da comissão, deputado Édio Lopes (PMDB-RR), um documento em que organizações indígenas e socioambientais repudiam a ida de parlamentares da própria comissão à aldeia. A visita ocorreu no dia 14, sem um aviso à comunidade com antecedência, o que foi apontado como um desrespeito.
Segundo Kopenawa, a mineração afeta a área onde ocorre a extração de minério com devastação ambiental, superpovoamento, alcoolismo e confrontos violentos entre indígenas e não-índios.
Ele citou outro problema enfrentado pelos Yanomami na década de 1970, com a construção da estrada Perimetral Norte (a Rodovia Federal BR-210), e disse temer que se repita se houver mineração em terra indígena: "O povo Yanomami não a quer, e eu não quero, porque já vem sofrendo de doenças levadas para a nossa comunidade, como sarampo, gripe, tuberculose, malária, e outras doenças".
Para o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR), que integra a comissão, é necessário desmistificar a questão e conhecer o potencial mineral do país. "Nós estamos tendo a preocupação de identificar que minérios existem nessas reservas indígenas e quais são as suas potencialidades. Depois disso, ver o custo-benefício", relatou o parlamentar.
Davi Kopenawa também reclamou que os deputados tentaram persuadir os Yanomami, oferecendo presentes como facas e anzóis. Márcio Junqueira rejeitou a acusação. Ele disse que apenas fez um comentário aos índios: que as pessoas não devem ganhar as coisas, têm de trabalhar, e que não precisam de peixe, e sim do anzol
Os Yanomami pediram uma audiência com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) para amanhã de manhã, a fim de tratar de assuntos como saúde e territórios. Até o fim da tarde a reunião não havia sido confirmada.
Ontem, a comitiva participou de uma sessão da Comissão Especial sobre Mineração em Terras Indígenas da Câmara dos Deputados. O líder yanomami Davi Kopenawa entregou ao presidente da comissão, deputado Édio Lopes (PMDB-RR), um documento em que organizações indígenas e socioambientais repudiam a ida de parlamentares da própria comissão à aldeia. A visita ocorreu no dia 14, sem um aviso à comunidade com antecedência, o que foi apontado como um desrespeito.
Segundo Kopenawa, a mineração afeta a área onde ocorre a extração de minério com devastação ambiental, superpovoamento, alcoolismo e confrontos violentos entre indígenas e não-índios.
Ele citou outro problema enfrentado pelos Yanomami na década de 1970, com a construção da estrada Perimetral Norte (a Rodovia Federal BR-210), e disse temer que se repita se houver mineração em terra indígena: "O povo Yanomami não a quer, e eu não quero, porque já vem sofrendo de doenças levadas para a nossa comunidade, como sarampo, gripe, tuberculose, malária, e outras doenças".
Para o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR), que integra a comissão, é necessário desmistificar a questão e conhecer o potencial mineral do país. "Nós estamos tendo a preocupação de identificar que minérios existem nessas reservas indígenas e quais são as suas potencialidades. Depois disso, ver o custo-benefício", relatou o parlamentar.
Davi Kopenawa também reclamou que os deputados tentaram persuadir os Yanomami, oferecendo presentes como facas e anzóis. Márcio Junqueira rejeitou a acusação. Ele disse que apenas fez um comentário aos índios: que as pessoas não devem ganhar as coisas, têm de trabalhar, e que não precisam de peixe, e sim do anzol
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