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Dico Sateré, uma liderança para ficar na memória

03/09/2002

Fonte: SIte da Funai

"Dico Sateré jamais será esquecido. A lição de vida que ele deixou para nós, índios Sateré-mawé, é de grande importância para reconhecermos nossa identidade cultural." A declaração da coordenadora da Associação das Mulheres Indígenas Sateré-mawé (AMISM), Zenilda da Silva, atesta a importância do líder indígena, Raimundo Ferreira da Silva, o Dico Sateré, morto aos 70 anos de parada cardíaca, em Manaus, em 12 de agosto. O líder tornou-se conhecido no país e exterior pelo seu esforço para a demarcação das terras e pela valorização dos costumes de seu povo. Foi quem encabeçou a luta contra a empresa francesa Elf equitaine, responsável pela explosão de dinamites em rios e matas que mataram animais e índios da reserva. E o esforço foi vitorioso, pois as terras foram demarcadas e os índios Sateré-mawé receberam indenização da empresa francesa, o que permitiu a compra de barcos e equipamentos para a aldeia. Zenilda da Silva enfatiza que Dico Sateré deixa um exemplo de luta permanente, que estimula os índios Sateré-mawé nas lutas atuais, não mais para a demarcação das terras, mas para a sustentabilidade e a preservação da cultura da etnia.

 

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