De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Espanhóis investem em mais um resort
18/07/2008
Autor: Wânia Caldas
Fonte: O Povo - www.opovo.com.br
Fazenda Praia Canoé é o nome do mais novo resort europeu que será construído em terras cearenses. O empreendimento, do grupo espanhol Confide, vai demandar investimento da ordem de US$ 450 milhões e vai ocupar 300 hectares da praia de Fortim, a 115 quilômetros de Fortaleza. Ontem, o negócio foi acertado com a assinatura do contrato pelos empresários e pelo governador Cid Gomes no Palácio Iracema.
O resort terá quatro hotéis (Hotel Praia da Marina, Hotel do Surf, Hotel do Golf e Hotel do Farol) somando 400 apartamentos e um campo de golfe de 18 buracos. A previsão é que o Fazenda Praia Canoé seja inaugurado em 2010. Esse investimento espanhol, de acordo com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, foi fruto de uma prospecção do próprio governador em uma de suas viagens à Europa.
Já outro projeto - o Nova Atlântida, que prevê a construção de uma "cidade turística" em Itapipoca com investimento de US$ 15 bilhões - continua provocando polêmica. Ontem, deputados federais e o embaixador da Espanha, Ricardo Peidró, reuniram-se com o governador para unir esforços e tentar resolver os impedimentos que se arrastam há anos. Os parlamentares trouxeram de Brasília um documento de apoio à construção do empreendimento assinado por toda a bancada cearense na Câmara Federal, com exceção do deputado Chico Lopes, e pelos três senadores do Estado.
O projeto existe desde o governo de Virgílio Távora, foi feito portanto há quase 30 anos, mas a saúde financeira da empresa espanhola (grupo Nova Altântida) que iria construir os 13 hotéis, 14 resorts, seis condomínios residenciais e três campos de golfe com 18 buracos foi questionada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.
A briga pelo terreno com os índios Tremembés é outro ponto crítico para a concretização do projeto. Mesmo com a área adquirida pelo grupo empresarial europeu, o Ministério Público Federal determinou que a construção não comece até que se esclareça se a área é ou não uma reserva indígena. "Nós fomos lá e constatamos que não há índios. O que existe é uma ONG (Organização Não-Governamental) pagando para as pessoas se vestirem de índio", afirma a deputada federal Gorete Pereira. O presidente da Comissão de Turismo, deputado Albano Franco, reforça: "Não vimos um só índio. O que vimos foi 20, 30 pessoas brigando pela área", conta.
Já o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, que é membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, diz que a população consultada em Itapipoca desconhece a presença de índios no local. "Queremos ver o cadastro da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas eles ainda não se manifestaram. O fato é que agora o governador Cid Gomes se colocou à disposição para analisar o caso. Nós vamos realizar uma audiência pública na Câmara depois do recesso e o governador nos disse que até paga as passagens dos representantes da ONG e desses que se dizem índios", garante.
Os defensores do Nova Atlântida também contam que o projeto não pertence mais à empresa investigada pelo Coaf, mas ao grupo Afirma, também da Espanha, desde o início deste ano. "É uma grande empresa de capital aberto. Se não fosse confiável, o embaixador não teria vindo aqui", acrescentou Gomes de Matos.
O resort terá quatro hotéis (Hotel Praia da Marina, Hotel do Surf, Hotel do Golf e Hotel do Farol) somando 400 apartamentos e um campo de golfe de 18 buracos. A previsão é que o Fazenda Praia Canoé seja inaugurado em 2010. Esse investimento espanhol, de acordo com a assessoria de imprensa do Governo do Estado, foi fruto de uma prospecção do próprio governador em uma de suas viagens à Europa.
Já outro projeto - o Nova Atlântida, que prevê a construção de uma "cidade turística" em Itapipoca com investimento de US$ 15 bilhões - continua provocando polêmica. Ontem, deputados federais e o embaixador da Espanha, Ricardo Peidró, reuniram-se com o governador para unir esforços e tentar resolver os impedimentos que se arrastam há anos. Os parlamentares trouxeram de Brasília um documento de apoio à construção do empreendimento assinado por toda a bancada cearense na Câmara Federal, com exceção do deputado Chico Lopes, e pelos três senadores do Estado.
O projeto existe desde o governo de Virgílio Távora, foi feito portanto há quase 30 anos, mas a saúde financeira da empresa espanhola (grupo Nova Altântida) que iria construir os 13 hotéis, 14 resorts, seis condomínios residenciais e três campos de golfe com 18 buracos foi questionada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.
A briga pelo terreno com os índios Tremembés é outro ponto crítico para a concretização do projeto. Mesmo com a área adquirida pelo grupo empresarial europeu, o Ministério Público Federal determinou que a construção não comece até que se esclareça se a área é ou não uma reserva indígena. "Nós fomos lá e constatamos que não há índios. O que existe é uma ONG (Organização Não-Governamental) pagando para as pessoas se vestirem de índio", afirma a deputada federal Gorete Pereira. O presidente da Comissão de Turismo, deputado Albano Franco, reforça: "Não vimos um só índio. O que vimos foi 20, 30 pessoas brigando pela área", conta.
Já o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, que é membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, diz que a população consultada em Itapipoca desconhece a presença de índios no local. "Queremos ver o cadastro da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas eles ainda não se manifestaram. O fato é que agora o governador Cid Gomes se colocou à disposição para analisar o caso. Nós vamos realizar uma audiência pública na Câmara depois do recesso e o governador nos disse que até paga as passagens dos representantes da ONG e desses que se dizem índios", garante.
Os defensores do Nova Atlântida também contam que o projeto não pertence mais à empresa investigada pelo Coaf, mas ao grupo Afirma, também da Espanha, desde o início deste ano. "É uma grande empresa de capital aberto. Se não fosse confiável, o embaixador não teria vindo aqui", acrescentou Gomes de Matos.
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