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Pré-estréia, em Brasília (DF), filme sobre a realidade dos índios Guarani

22/10/2008

Autor: Cristiano Bastos

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social - www.mds.gov.br



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) é um dos órgãos de apoio de "Terra Vermelha", dirigida pelo diretor italiano Marcos Bechis

O enfrentamento entre índios Guarani (Kaiowa e Ñandéva) e fazendeiros de Dourados (MS) pela posse da terra é a delicada temática do filme "Terra Vermelha", cuja pré-estréia está marcada para esta quinta-feira (23/10), às 21h, no Cine Academia de Brasília (DF), com entrada franca. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apoiou a produção por meio do Comitê Gestor de Ações Indígenas Integradas, ligado à Secretaria de Articulação Institucional e Parcerias (SAIP). A secretaria providenciou infra-estrutura logística para a realização das filmagens e intermediou o diálogo entre os índios que integram parte do elenco. Também articulou apoios com entidades como Fundação Nacional do Índio (Funai) e o município de Dourados.

"Terra Vermelha", lançado no Festival de Veneza, no início de outubro, recebeu muitos elogios da crítica, e está lotando salas de vários países europeus. "A grande expectativa, tanto dos índios como do diretor, Marcos Bechis, é que o filme, pelo viés pedagógico e antropológico que possui, multiplique debates em escolas e universidades, entre outros espaços, sobre a questão dos direitos humanos e culturais dos povos", afirma a coordenadora do Comitê Gestor de Ações Indigenistas de Dourados, Rosângela Carvalho.

A coordenadora acompanhou todas as etapas de filmagens da produção, que mostra uma dura realidade social vivida pelos índios: a disputa fundiária com o agronegócio, o confinamento, a fome, a miséria e o suicídio. "Sem máscaras, o filme expõe a falta de perspectiva de vida desse povo, principalmente, dos jovens. Por outro lado, o enredo enfatiza a resistência desses índios, que se mantêm fiéis às suas culturas tradicionais", observa Rosângela. Ela explica ainda que o governo é atuante no enfrentamento desta situação. Após várias ações emergenciais de combate à fome, explica Rosângela, o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Nacional do Índio (Funai) constituíram seis grupos de trabalhos. Esses grupos realizaram o levantamento fundiário necessário para a sobrevivência física e cultural de 40 mil índios Guarani (Kaiowa e Ñandéva) - a maior população indígena do Brasil.
 

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