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Índios continuam sem assistência em Cascavel

09/01/2009

Fonte: Funai

A vida no campo não é nada fácil, mas na cidade pode ser pior ainda. O problema com índios que acampam nas proximidades do Terminal Rodoviário de Cascavel não é recente e agora o prefeito eleito Edgar Bueno (PDT) terá de encará-lo e achar uma solução. As cerca de dez famílias que estão no local são índios caigangues da aldeia Rio das Cobras em Nova Laranjeiras, que vieram para Cascavel vender produtos artesanais. Alguns vizinhos denunciam que os homens bebem todos os dias e destroem tudo o que veem pela frente. As crianças sofrem com a falta de higiene, já que não há banheiro para utilizarem. Um revezamento entre os indígenas é feito a cada 15 dias e uma das índias, Cezanira Abreu, contou para a reportagem do Hoje como é viver desta forma. Ela tem quatro crianças pequenas, trabalha o dia todo produzindo material artesanal, e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não gosta da vida que tem. "Não é bom, não vejo a hora de voltar para a aldeia". O secretário da Assistência Social de Cascavel, Rosaldo João Chemin, explica que existe uma preocupação muito grande com relação ao assunto e acredita que o problema só será resolvido quando for construída uma casa de passagem indígena na cidade. "Estou ainda levantando os principais problemas da secretaria, este é um deles, mas temos outras prioridades. Já ouvi falar na construção da casa de passagem, então penso que essa é uma das soluções". Ainda segundo o secretário, os índios têm uma legislação diferenciada, o que dificulta qualquer trabalho da prefeitura. "Eles têm uma lei específica, então não posso, por exemplo, mexer com aquelas crianças que tanto sofrem. Estamos vendo com a Funasa para que nos ajude a resolver este problema".

 

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