De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Partindo para a criação
29/12/2002
Fonte: A Crítica-Manaus-AM
Algumas tribos sateré-maué estão aprendendo a lidar com a bovinocultura. Trata-se de um projeto da Fundação Nacional do Índio (Funai) com vistas a combater a escassez da alimentação básica do índio. Semana passada, cabeças de boi foram distribuídas pelas aldeias para começar a criação, embora o projeto receba algumas críticas dos próprios índios.
O chefe do posto da Funai em Ponta Alegre, o índio sateré Artur Batista Oliveira, 38, diz que o projeto de bovinocultura não atende às necessidades mais imediatas dos índios hoje. Para ele, o melhor seria a piscicultura, que conta com uma reprodução mais rápida. "Mesmo trabalhando para a Funai não posso deixar de fazer críticas. A piscicultura só traria vantagens para os índios. Não teríamos preocupação com desmatamento e poderíamos trabalhar com o repovoamento dos rios", sugere Oliveira.
A alimentação das tribos indígenas do rio Andirá, segundo o chefe do posto da Funai, é o que se pode chamar de "incerta". "Você nunca tem certeza do que vai comer em um dia", ele explica o que a índia Elisabete Ferreira Reis, 23, estava vivendo naquele dia com suas três filhas. Já era o final da tarde, o marido ainda não havia voltado da pesca. "Ontem, ainda deu pra fazer feijão. Mas hoje não tem mais nada, nem arroz", contou Elisabete, dizendo que a filha mais velha é a que mais reclama da fome. "Tenho que explicar pra ela que o pai delas está tentando trazer comida." Quando o marido não consegue pescar nada, as crianças vão atrás de alguma manga que esteja madura.
O chefe do posto da Funai em Ponta Alegre, o índio sateré Artur Batista Oliveira, 38, diz que o projeto de bovinocultura não atende às necessidades mais imediatas dos índios hoje. Para ele, o melhor seria a piscicultura, que conta com uma reprodução mais rápida. "Mesmo trabalhando para a Funai não posso deixar de fazer críticas. A piscicultura só traria vantagens para os índios. Não teríamos preocupação com desmatamento e poderíamos trabalhar com o repovoamento dos rios", sugere Oliveira.
A alimentação das tribos indígenas do rio Andirá, segundo o chefe do posto da Funai, é o que se pode chamar de "incerta". "Você nunca tem certeza do que vai comer em um dia", ele explica o que a índia Elisabete Ferreira Reis, 23, estava vivendo naquele dia com suas três filhas. Já era o final da tarde, o marido ainda não havia voltado da pesca. "Ontem, ainda deu pra fazer feijão. Mas hoje não tem mais nada, nem arroz", contou Elisabete, dizendo que a filha mais velha é a que mais reclama da fome. "Tenho que explicar pra ela que o pai delas está tentando trazer comida." Quando o marido não consegue pescar nada, as crianças vão atrás de alguma manga que esteja madura.
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