De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Funai/AC segue suspensão nacional de visitas
11/09/2009
Autor: TIAGO MARTINELLO
Fonte: A Gazeta (AC) - http://www.agazeta-acre.com.br/Web/Noticias.do?ID_Not=21220
A Fundação Nacional dos Índios (Funai) divulgou no final do mês passado que estão suspendidas todas as visitas de não-índios nas tribos brasileiras. O motivo da medida é o combate à proliferação do vírus da Gripe Suína, tendo em visto a baixa imunidade dos indígenas em relação à Influenza A. Diante da decisão, a unidade da Funai no Acre está proibindo a entrada de qualquer "homem branco" nas aldeias daqui e garante que caso alguém consiga burlar a fiscalização dos postos indígenas para qualquer fim, será considerado invasão, com direito a multa e pena de 6 meses a 2 anos.
De acordo com Júlio Kaxinawá, administrador substituto em exercício na Funai, trata-se de uma contenção necessária. Segundo ele, dentre todas as formas que poderia ser usada para conter o vírus da Gripe Suína entre os índios, esta é a única efetiva, já que os indígenas são tidos como grupos de alto risco de contaminação e transmissão. Ele também contou que não há um período determinado de quanto durará a suspensão, mas provavelmente ela não será anulada tão cedo.
A fiscalização já era feita antes pela chamada barreira de regimento, que só autoriza a entrada de alguém por meio de identificação, objetivo na tribo, objetos que serão levados para dentro, etc. "Agora, todos os postos indígenas já foram informados e não permitirão a entrada de nenhum visitante não-índio", completou Júlio.
A Funai foi motivada a tomar esta decisão por conta da primeira morte indígena, que aconteceu há 10 dias, em Santa Maria, RS, de um integrante da tribo Kaingang, que vivia acampado na cidade gaúcha e nas estradas das redondezas vendendo artesanatos florestais. No Acre, não há nenhum caso de morte, confirmação ou de suspeita de incidência indígena da nova doença. Quanto ao bebê indígena de 3 meses que morreu na semana passada em São Paulo, a Funai garante que ainda não há a confirmação de que o motivo tenha sido a Influenza A. Os exames conclusivos devem chegar nesta semana.
Outra preocupação da Fundação dos Índios é em relação às tribos isoladas, que não possuem praticamente nenhuma defesa contra o vírus da In-fluenza A. Na Amazônia peruana, foram confirmados 7 casos na aldeia Matsigenka. Os infectados até que estão bem recuperados, mas ainda há um sério risco de que possa haver o contágio em tribos mais afastadas e, portanto, mais vulneráveis.
Os Apolima-Arara
A proibição nacional assegura que não só seja vetada a entrada de visitantes às tribos, como também seja desaconselhada a saída de indígenas às áreas onde haja casos confirmados de transmissão do H1N1. Mesmo assim, 14 índios da tribo Apolima-Arara, estão acampados na Funai desde o início da semana passada para pedir a resolução na demarcação de suas terras às margens Rio Amonêa, nas proximidades de Marechal Thaumaturgo. São cerca de 20.664 hectares alocados por 287 pessoas. Conforme Júlio Kaxinawá, a situação pode ser amenizada com um documento, que estaria chegando ontem de tarde. Até o fechamento desta edição, tais papéis não haviam sido divulgados.
De acordo com Júlio Kaxinawá, administrador substituto em exercício na Funai, trata-se de uma contenção necessária. Segundo ele, dentre todas as formas que poderia ser usada para conter o vírus da Gripe Suína entre os índios, esta é a única efetiva, já que os indígenas são tidos como grupos de alto risco de contaminação e transmissão. Ele também contou que não há um período determinado de quanto durará a suspensão, mas provavelmente ela não será anulada tão cedo.
A fiscalização já era feita antes pela chamada barreira de regimento, que só autoriza a entrada de alguém por meio de identificação, objetivo na tribo, objetos que serão levados para dentro, etc. "Agora, todos os postos indígenas já foram informados e não permitirão a entrada de nenhum visitante não-índio", completou Júlio.
A Funai foi motivada a tomar esta decisão por conta da primeira morte indígena, que aconteceu há 10 dias, em Santa Maria, RS, de um integrante da tribo Kaingang, que vivia acampado na cidade gaúcha e nas estradas das redondezas vendendo artesanatos florestais. No Acre, não há nenhum caso de morte, confirmação ou de suspeita de incidência indígena da nova doença. Quanto ao bebê indígena de 3 meses que morreu na semana passada em São Paulo, a Funai garante que ainda não há a confirmação de que o motivo tenha sido a Influenza A. Os exames conclusivos devem chegar nesta semana.
Outra preocupação da Fundação dos Índios é em relação às tribos isoladas, que não possuem praticamente nenhuma defesa contra o vírus da In-fluenza A. Na Amazônia peruana, foram confirmados 7 casos na aldeia Matsigenka. Os infectados até que estão bem recuperados, mas ainda há um sério risco de que possa haver o contágio em tribos mais afastadas e, portanto, mais vulneráveis.
Os Apolima-Arara
A proibição nacional assegura que não só seja vetada a entrada de visitantes às tribos, como também seja desaconselhada a saída de indígenas às áreas onde haja casos confirmados de transmissão do H1N1. Mesmo assim, 14 índios da tribo Apolima-Arara, estão acampados na Funai desde o início da semana passada para pedir a resolução na demarcação de suas terras às margens Rio Amonêa, nas proximidades de Marechal Thaumaturgo. São cerca de 20.664 hectares alocados por 287 pessoas. Conforme Júlio Kaxinawá, a situação pode ser amenizada com um documento, que estaria chegando ontem de tarde. Até o fechamento desta edição, tais papéis não haviam sido divulgados.
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