De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Funasa descarta gripe suína entre Yanomami
04/11/2009
Fonte: Folha de Boa Vista
Funasa descarta gripe suína entre Yanomami
Marcelo Lopes: "Estamos preparados caso a doença chegue aos Yanomami brasileiros"
Luany Dias
Mesmo tendo sido confirmados 17 casos da gripe suína entre índios do Sul da Venezuela e a morte de oito infectados pelo vírus nos últimos 15 dias, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) descarta a circulação do vírus entre os Yanomami no território brasileiro. Além disso, garante que está preparada para efetuar o tratamento dos indígenas caso a doença se manifeste no lado de cá da fronteira.
Conforme o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, desde quando iniciou o surto de gripe do tipo A (H1N1) no País, a Fundação implantou o protocolo do Ministério da Saúde no território indígena. Após informações de que havia suspeitas da gripe entre os indígenas venezuelanos, no último final de semana, um novo alerta foi feito utilizando serviço de radiofonia para que as equipes de saúde reforcem a atenção com relação às medidas preventivas.
"Dentro da terra indígena Yanomami homologada no Brasil, não existe nenhum caso de gripe suína. Com relação às sanções que temos tomado, não paramos nenhum minuto. Criamos a nossa barreira e implantamos o protocolo do Ministério da Saúde de notificação de casos, de maior preocupação com os casos suspeitos", relatou.
Em toda a terra indígena Yanomami, correspondente a Roraima e ao Amazonas, há mais de 260 profissionais da saúde não-indígenas e 150 agentes indígenas que atendem 37 polos-bases, sendo dois na fronteira com a Venezuela. Lopes explicou que os polos estão abastecidos com medicamentos próprios para combater a gripe suína. "Temos também uma quantidade emergencial de remédios em nossa farmácia e contamos com o órgão central de distribuição do Governo do Estado, que recebe medicamentos do Ministério da Saúde", completou.
O coordenador Marcelo Lopes explicou que a Funasa está preparada com avião e helicóptero caso precise fazer remoção de indígenas para tratamento na Capital, mas que a existência da barreira sanitária natural dificulta o contato com os indígenas venezuelanos possivelmente infectados.
"Nossos profissionais são bem preparados para atender a doenças por problemas respiratórios, já que o agravo é em função da própria cultura, que os indígenas vivem permanentemente em volta do fogo e em um clima extremamente úmido. A comunidade indígena mais próxima fica a três dias de caminhada, e uma pessoa com a doença não consegue caminhar todo esse tempo, pois a doença evolui em 24 horas. Mas se chegar, iremos fazer o tratamento", informou.
Venezuela já registrou oito mortes entre os índios
O vírus H1N1 está se espalhando pelo povo indígena Yanomami na Venezuela. Os 17 casos da doença e as oito mortes ocorreram nas regiões amazônicas de Platanal e Ocamo, no Sul do país, e foram confirmados pelo Ministério do Poder Popular para os Povos Indígenas da Venezuela. A ONG brasileira Instituto Socioambiental (ISA) especula que mais de 400 índios apresentam os sintomas da gripe.
De acordo com o ministério venezuelano, um batalhão de saúde comandado pela Presidência da República foi incumbido de combater o avanço da doença. Além dos 50 médicos que já trabalham na região amazônica, outros 50 teriam sido enviados ao local para atender os índios infectados. O governo informa, ainda, que o Exército venezuelano está usando helicópteros para monitorar as comunidades próximas à região, de difícil acesso.
De acordo com o ISA, as notícias sobre uma forte epidemia de gripe na região amazônica da Venezuela estão sendo relatadas pelos Yanomami a seus parentes, que vivem na área fronteiriça do Brasil. "Esses povos têm alta mobilidade entre si, o que facilitaria o contágio entre os índios venezuelanos e brasileiros".
As notícias dão conta ainda de que na região de Parima, mais próxima da fronteira com o Brasil, não foi registrado nenhum caso. A região em questão é de floresta tropical montanhosa, de difícil acesso, situada na área da fronteira com o Brasil, onde se encontram numerosas comunidades Yanomami desprovidas de assistência sanitária.
Folha de Boa Vista, 04/11/2009
Marcelo Lopes: "Estamos preparados caso a doença chegue aos Yanomami brasileiros"
Luany Dias
Mesmo tendo sido confirmados 17 casos da gripe suína entre índios do Sul da Venezuela e a morte de oito infectados pelo vírus nos últimos 15 dias, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) descarta a circulação do vírus entre os Yanomami no território brasileiro. Além disso, garante que está preparada para efetuar o tratamento dos indígenas caso a doença se manifeste no lado de cá da fronteira.
Conforme o coordenador regional da Funasa, Marcelo Lopes, desde quando iniciou o surto de gripe do tipo A (H1N1) no País, a Fundação implantou o protocolo do Ministério da Saúde no território indígena. Após informações de que havia suspeitas da gripe entre os indígenas venezuelanos, no último final de semana, um novo alerta foi feito utilizando serviço de radiofonia para que as equipes de saúde reforcem a atenção com relação às medidas preventivas.
"Dentro da terra indígena Yanomami homologada no Brasil, não existe nenhum caso de gripe suína. Com relação às sanções que temos tomado, não paramos nenhum minuto. Criamos a nossa barreira e implantamos o protocolo do Ministério da Saúde de notificação de casos, de maior preocupação com os casos suspeitos", relatou.
Em toda a terra indígena Yanomami, correspondente a Roraima e ao Amazonas, há mais de 260 profissionais da saúde não-indígenas e 150 agentes indígenas que atendem 37 polos-bases, sendo dois na fronteira com a Venezuela. Lopes explicou que os polos estão abastecidos com medicamentos próprios para combater a gripe suína. "Temos também uma quantidade emergencial de remédios em nossa farmácia e contamos com o órgão central de distribuição do Governo do Estado, que recebe medicamentos do Ministério da Saúde", completou.
O coordenador Marcelo Lopes explicou que a Funasa está preparada com avião e helicóptero caso precise fazer remoção de indígenas para tratamento na Capital, mas que a existência da barreira sanitária natural dificulta o contato com os indígenas venezuelanos possivelmente infectados.
"Nossos profissionais são bem preparados para atender a doenças por problemas respiratórios, já que o agravo é em função da própria cultura, que os indígenas vivem permanentemente em volta do fogo e em um clima extremamente úmido. A comunidade indígena mais próxima fica a três dias de caminhada, e uma pessoa com a doença não consegue caminhar todo esse tempo, pois a doença evolui em 24 horas. Mas se chegar, iremos fazer o tratamento", informou.
Venezuela já registrou oito mortes entre os índios
O vírus H1N1 está se espalhando pelo povo indígena Yanomami na Venezuela. Os 17 casos da doença e as oito mortes ocorreram nas regiões amazônicas de Platanal e Ocamo, no Sul do país, e foram confirmados pelo Ministério do Poder Popular para os Povos Indígenas da Venezuela. A ONG brasileira Instituto Socioambiental (ISA) especula que mais de 400 índios apresentam os sintomas da gripe.
De acordo com o ministério venezuelano, um batalhão de saúde comandado pela Presidência da República foi incumbido de combater o avanço da doença. Além dos 50 médicos que já trabalham na região amazônica, outros 50 teriam sido enviados ao local para atender os índios infectados. O governo informa, ainda, que o Exército venezuelano está usando helicópteros para monitorar as comunidades próximas à região, de difícil acesso.
De acordo com o ISA, as notícias sobre uma forte epidemia de gripe na região amazônica da Venezuela estão sendo relatadas pelos Yanomami a seus parentes, que vivem na área fronteiriça do Brasil. "Esses povos têm alta mobilidade entre si, o que facilitaria o contágio entre os índios venezuelanos e brasileiros".
As notícias dão conta ainda de que na região de Parima, mais próxima da fronteira com o Brasil, não foi registrado nenhum caso. A região em questão é de floresta tropical montanhosa, de difícil acesso, situada na área da fronteira com o Brasil, onde se encontram numerosas comunidades Yanomami desprovidas de assistência sanitária.
Folha de Boa Vista, 04/11/2009
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