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"Comunidade Indígena quer Justiça", diz cacique

12/04/2010

Fonte: Dourados Agora - http://www.douradosagora.com.br/



No mês do Índio, a comunidade indígena de Dourados espera por justiça no caso da morte de Marcos Veron, cacique de Dourados assassinado em 2003. De acordo com o capitão Renato de Souza, da aldeia Jaguapiru, a condenação dos acusados será um sinal de vitória para a comunidade, que, segundo ele, vive desolada em função dos massacres no qual são vítimas.

"O nosso povo precisa deste ânimo para continuar lutando por seus ideiais. Precisa saber que neste país há Justiça apesar de tudo".

Conforme ele, a justiça neste caso é "uma luz no fim do túnel" para problemas que já parecem não ter mais solução na reserva indígena como prostituição, drogas e a violência. "Vamos ter a certeza de que tem alguem do nosso lado, algo que nunca aconteceu na história do ìndio", afirma.


Julgamento
O julgamento de três acusados de matar o cacique Guarani-Kaiowá Marcos Veron, marcado para hoje, foi adiado para o dia 3 de maio. O motivo foi um atestado médico apresentado pelo advogado de defesa, Josephino Ujacow. O escritório de Ujacow informou que ele estava hospitalizado, mas não revelou qual era o problema de saúde dele.

O crime ocorreu em janeiro de 2003, no município de Juti, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a morte do cacique Veron ocorreu durante ataques ao longo de dois dias contra os índios que estavam acampados na fazenda Brasília do Sul, reivindicada por eles como Terra Indígena Takuara.

O procurador do caso, Vladimir Aras, lamentou o adiamento. Segundo ele, houve prejuízo para a União, que custeou toda a estrutura necessária para o júri, como o deslocamento e acomodação das testemunhas e réus, sem resultados. Além disso, Aras ressaltou a decepção das vítimas sobreviventes e da comunidade indígena "que estavam esperando há sete anos que o julgamento acontecesse hoje".

Foram indiciados pela morte do cacique Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde. Um quarto réu, Nivaldo Alves de Oliveira, está foragido e, por isso, é processado em uma ação separada dos demais. O MPF também move outra ação na qual são denunciadas 24 pessoas, inclusive o dono da fazenda onde ocorreu o crime.

http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=279402
 

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