De Povos Indígenas no Brasil
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Delegado informa que crime foi esclarecido e homicida está preso
23/04/2010
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Através de e-mail enviado para a Folha, o delegado de Polícia Federal do município do Pacaraima, Nelson Kneip Macedo, informou esta semana que o autor da facada que matou o índio Mauro Constantino Andrade, 20, na madrugada de segunda-feira, 13, na maloca do Perdiz, na terra indígena Raposa Serra do Sol, região de Pacaraima, foi preso em flagrante ainda no dia do crime. Trata-se de outro índio, Felisneto José da Silva, da comunidade indígena do Limão.
O delegado esclareceu que, naquela segunda-feira, seguia com uma equipe de agentes em direção ao município de Uiramutã, ocasião em que foi informado do homicídio pelo coordenador técnico da Funai (Fundação Nacional do Índio) na região, Gilberto Pereira da Silva.
Disse que estava a cerca de 30 km da maloca do Perdiz, local do crime, e imediatamente se deslocou para a comunidade indígena, acompanhado da equipe. Chegando lá constatou que o corpo do índio morto ainda estava na maloca, porém foi informado que já haviam sido acionadas a Polícia Civil do município de Normandia e também as equipes da Perícia e do IML (Instituto de Medicina Legal) em Boa Vista, para fazer a remoção do cadáver, para estudo da causa mortis.
Informou que, através do tuxaua Agnaldo, da comunidade onde ocorreu o homicídio, soube do nome do suspeito e que este havia sido detido pelos próprios índios. Feslineto foi entregue aos federais e no primeiro momento negou a autoria do crime, mas depois acabou confessando que tinha dado a facada no peito do índio Mauro Andrade. O delegado explicou que havia vários índios reunidos na comunidade, inclusive parentes da vítima. Disse que a prisão em flagrante e todo o procedimento foram feitos pela equipe da Polícia Federal de Pacaraima.
AMEAÇADO - Em seu interrogatório, Felisneto tentou justificar o crime alegando que a vítima o havia ameaçado de morte durante uma festa que acontecia na maloca do Perdiz na noite do crime. Disse que todos estavam bebendo caxiri (bebida indígena) e em determinado momento se afastou da concentração onde acontecia a festa e percebeu que foi seguido por Mauro Andrade, que renovou a ameaça de morte. Diante da situação Felisneto afirmou que tirou uma faca da cintura e desferiu o único golpe na vítima.
De acordo com o delegado, foram colhidas versões diferentes da apresentada pelo homicida confesso, com testemunhas, e está sob investigação a informação de que a morte do índio Mauro Andrade teria sido encomendada por outro indígena da região.
Acrescentou que na segunda-feira chovia muito na região e o acesso ao município de Normandia pela BR-433 estava bastante difícil. Por isso decidiu conduzir Felisneto para Boa Vista e o entregou na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. "Foi aberto o IPL de n 28/10 na Delegacia de Pacaraima e relatado na quinta-feira. O procedimento foi encaminhado para a Justiça Estadual de Bonfim, responsável também pelo município de Normandia", destacou o delegado federal.
CASO - Mauro Andrade morava na maloca Tezo do Gavião, região do município de Normandia, e, segundo seu pai, Venâncio Andrade, na noite do crime saiu de casa por volta das 21h sozinho. O pai também disse que não sabia como tinha ocorrido o crime e nem o que teria motivado a morte do filho.
http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=84877
O delegado esclareceu que, naquela segunda-feira, seguia com uma equipe de agentes em direção ao município de Uiramutã, ocasião em que foi informado do homicídio pelo coordenador técnico da Funai (Fundação Nacional do Índio) na região, Gilberto Pereira da Silva.
Disse que estava a cerca de 30 km da maloca do Perdiz, local do crime, e imediatamente se deslocou para a comunidade indígena, acompanhado da equipe. Chegando lá constatou que o corpo do índio morto ainda estava na maloca, porém foi informado que já haviam sido acionadas a Polícia Civil do município de Normandia e também as equipes da Perícia e do IML (Instituto de Medicina Legal) em Boa Vista, para fazer a remoção do cadáver, para estudo da causa mortis.
Informou que, através do tuxaua Agnaldo, da comunidade onde ocorreu o homicídio, soube do nome do suspeito e que este havia sido detido pelos próprios índios. Feslineto foi entregue aos federais e no primeiro momento negou a autoria do crime, mas depois acabou confessando que tinha dado a facada no peito do índio Mauro Andrade. O delegado explicou que havia vários índios reunidos na comunidade, inclusive parentes da vítima. Disse que a prisão em flagrante e todo o procedimento foram feitos pela equipe da Polícia Federal de Pacaraima.
AMEAÇADO - Em seu interrogatório, Felisneto tentou justificar o crime alegando que a vítima o havia ameaçado de morte durante uma festa que acontecia na maloca do Perdiz na noite do crime. Disse que todos estavam bebendo caxiri (bebida indígena) e em determinado momento se afastou da concentração onde acontecia a festa e percebeu que foi seguido por Mauro Andrade, que renovou a ameaça de morte. Diante da situação Felisneto afirmou que tirou uma faca da cintura e desferiu o único golpe na vítima.
De acordo com o delegado, foram colhidas versões diferentes da apresentada pelo homicida confesso, com testemunhas, e está sob investigação a informação de que a morte do índio Mauro Andrade teria sido encomendada por outro indígena da região.
Acrescentou que na segunda-feira chovia muito na região e o acesso ao município de Normandia pela BR-433 estava bastante difícil. Por isso decidiu conduzir Felisneto para Boa Vista e o entregou na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. "Foi aberto o IPL de n 28/10 na Delegacia de Pacaraima e relatado na quinta-feira. O procedimento foi encaminhado para a Justiça Estadual de Bonfim, responsável também pelo município de Normandia", destacou o delegado federal.
CASO - Mauro Andrade morava na maloca Tezo do Gavião, região do município de Normandia, e, segundo seu pai, Venâncio Andrade, na noite do crime saiu de casa por volta das 21h sozinho. O pai também disse que não sabia como tinha ocorrido o crime e nem o que teria motivado a morte do filho.
http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=84877
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