De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Cacique reclama de visitantes

14/07/2003

Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP



Segundo Kotok Kamayurá, há muita gente, especialmente estrangeira, que procura as aldeias para realizar projetos com os índios. Um marroquino chamado Kamal foi aprender a ciência do pajé Tacumã. O marroquino sumiu há oito anos. Kotok contou mais: "O caminhão a gente comprou com o dinheiro de filmagem de um pessoal do Japão, da festa Tauaraná e Taquara, pagaram para nós R$ 10 mil. Ficaram dez dias aqui. Só que estavam vendendo imagem nossa em todo lugar. A Funai pegou, eles pagaram."
Kotok disse que "o trator foi doação de um casal americano. Dormiu aqui, ficou de ajudar, [disseram] que o sonho deles era vir ao Xingu. O trator quebrou desde que chegou". O cacique reclama que os antropólogos não deixam livros sobre o Xingu na escola. E houve até biopirataria na aldeia. "Tem o livro que meu pai fez o trabalho de ensinar a usar plantas para curar. O biólogo sumiu. A Funai está denunciando."
"Criamos a associação Mavutsinin para criar projetos com trocas culturais. Tem o projeto de mel, roça, escola. Se [alguém] vier para cá filmar ou fazer outro trabalho, ajuda a associação", diz, e pede que seja divulgado o telefone para contato (0/xx/ 61/313-3739).
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.