De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Funai realiza nova operação contra garimpeiros na Terra Indígena Yanomami
04/02/2004
Fonte: CCPY-Boletim Yanomami-no. 46-Boa Vista-RR
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) realizaram, em dezembro último, uma operação conjunta para a destruição de pistas clandestinas e retiradas de garimpeiros invasores da Terra Indígena Yanomami, situada nos estados do Amazonas e Roraima.
Durante 16 dias - 7 a 23 de dezembro - 34 homens (18 agentes da PF, 12 da FUNAI e 4 do IBAMA) dinamitaram quatro pistas clandestinas, além de destruírem ranchos, acampamentos e pequenas plantações. Segundo o coordenador de Proteção às Terras Indígenas da Coordenação Geral de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente da FUNAI, Wagner Tramm, as últimas operações ocorreram há cinco anos atrás. Nesse intervalo, a Terra Indígena Yanomami tem sido alvo freqüente da ação dos garimpeiros. Hoje, a Funai estima que cerca de 200 garimpeiros retornaram à terra dos Yanomami.
O administrador da FUNAI em Boa Vista, Marinho Alves denunciou que, em certas regiões, os garimpeiros estão armando os Yanomami e acirrando conflitos entre as aldeias a fim de facilitar sua entrada e permanência na Terra Indígena. Para se contrapor a essa prática, a FUNAI está tentando substituir as armas por trocas de objetos úteis aos Yanomami como machados, facões e sementes.
Em agosto de 2003, os Yanomami denunciaram que os garimpeiros haviam intensificado as invasões em suas terras. Alertaram as autoridades sobre esta situação e exigiram a imediata retirada dos garimpeiros, em função do impacto altamente negativo que causam à saúde da população indígena e aos recursos naturais. Na ocasião os Yanomami registraram os horários dos vôos e mapearam os locais onde os garimpeiros estavam implantando novas pistas clandestinas para pouso de monomotores.
Apesar da persistência dos garimpeiros em invadir a Terra Indígena Yanomami, os índios estão cada vez mas preparados para monitorar e denunciar essas investidas. Assim, no início de dezembro, um grupo de quatro garimpeiros foi detido pelos índios na região do Paapiú. Os invasores foram levados ao posto da FUNAI e os Yanomami ficaram na expectativa de que seriam presos em Boa Vista e, assim, não mais retornariam à terra indígena.
A presença de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami tem deixado, desde o fim dos anos oitenta, um rastro de destruição com a contaminação dos rios pelo lançamento de mercúrio, incitamento aos conflitos inter-aldeias e a transmissão de doenças como DST (doenças sexualmente transmissíveis), malária, gripe e tuberculose, responsáveis pela mortalidade entre os Yanomami.
As ações inescrupulosas dos garimpeiros, além de constituírem uma ameaça à vida dos índios e à integridade do meio ambiente, implicam altos gastos de recursos federais, em função da realização periódica de operações de extrusão da área, e do contrabando de riquezas para fora do território nacional sem pagamento dos devidos impostos. O administrador regional da Funai Martinho Alves estima que os garimpeiros já retiraram da terra indígena cerca de R$ 6 milhões em ouro. Nenhuma parcela desses recursos favoreceu os índios, os cofres do estado de Roraima ou da União.
Durante 16 dias - 7 a 23 de dezembro - 34 homens (18 agentes da PF, 12 da FUNAI e 4 do IBAMA) dinamitaram quatro pistas clandestinas, além de destruírem ranchos, acampamentos e pequenas plantações. Segundo o coordenador de Proteção às Terras Indígenas da Coordenação Geral de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente da FUNAI, Wagner Tramm, as últimas operações ocorreram há cinco anos atrás. Nesse intervalo, a Terra Indígena Yanomami tem sido alvo freqüente da ação dos garimpeiros. Hoje, a Funai estima que cerca de 200 garimpeiros retornaram à terra dos Yanomami.
O administrador da FUNAI em Boa Vista, Marinho Alves denunciou que, em certas regiões, os garimpeiros estão armando os Yanomami e acirrando conflitos entre as aldeias a fim de facilitar sua entrada e permanência na Terra Indígena. Para se contrapor a essa prática, a FUNAI está tentando substituir as armas por trocas de objetos úteis aos Yanomami como machados, facões e sementes.
Em agosto de 2003, os Yanomami denunciaram que os garimpeiros haviam intensificado as invasões em suas terras. Alertaram as autoridades sobre esta situação e exigiram a imediata retirada dos garimpeiros, em função do impacto altamente negativo que causam à saúde da população indígena e aos recursos naturais. Na ocasião os Yanomami registraram os horários dos vôos e mapearam os locais onde os garimpeiros estavam implantando novas pistas clandestinas para pouso de monomotores.
Apesar da persistência dos garimpeiros em invadir a Terra Indígena Yanomami, os índios estão cada vez mas preparados para monitorar e denunciar essas investidas. Assim, no início de dezembro, um grupo de quatro garimpeiros foi detido pelos índios na região do Paapiú. Os invasores foram levados ao posto da FUNAI e os Yanomami ficaram na expectativa de que seriam presos em Boa Vista e, assim, não mais retornariam à terra indígena.
A presença de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami tem deixado, desde o fim dos anos oitenta, um rastro de destruição com a contaminação dos rios pelo lançamento de mercúrio, incitamento aos conflitos inter-aldeias e a transmissão de doenças como DST (doenças sexualmente transmissíveis), malária, gripe e tuberculose, responsáveis pela mortalidade entre os Yanomami.
As ações inescrupulosas dos garimpeiros, além de constituírem uma ameaça à vida dos índios e à integridade do meio ambiente, implicam altos gastos de recursos federais, em função da realização periódica de operações de extrusão da área, e do contrabando de riquezas para fora do território nacional sem pagamento dos devidos impostos. O administrador regional da Funai Martinho Alves estima que os garimpeiros já retiraram da terra indígena cerca de R$ 6 milhões em ouro. Nenhuma parcela desses recursos favoreceu os índios, os cofres do estado de Roraima ou da União.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.