De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Alcoolismo põe em risco vida de yanomami
19/03/2012
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
A presença dos índios da etnia yanomami nas ruas do Município de Caracaraí, no sul do Estado tem causado grandes problemas à população e às autoridades da região. Conforme a Fundação Nacional do Índio (Funai), o contato dos indígenas com a bebida alcoólica é o principal motivo que os levam a perambularem pela cidade.
Na última quinta-feira o yanomami Ceará Xirixana foi atropelado e morto na BR-174, a sete quilômetros da cidade de Caracaraí. Os índios que o acompanhavam são das comunidades de Xexena e Cachoerinha, na região de Ajarani, distante aproximadamente 30 km de Caracaraí. Ali, residem 87 indígenas.
Os yanomami extraem os produtos da floresta, como açaí, buritis e bacaba, sendo estes um grande potencial na região. Depois disso vão até Caracaraí fazer a comercialização. Porém, enquanto alguns índios investem na compra de utensílios, outros aproveitam para adquirir bebida alcoólica. É quando começam os problemas.
A vice-prefeita do município, Socorro Guerra, disse por telefone que a Prefeitura de Caracaraí já pediu providências para o Ministério Público e também à Funai, pois, segundo ela, os yanomami estão abandonados, por isso ficam perambulando nas ruas da sede do município.
Em Boa Vista, os yanomami têm uma casa de apoio
Depois de ingerir bebida alcoólica começam as brigas. Na maioria dos casos a polícia é chamada para averiguar a situação, mas a vice-prefeita disse que nada pode ser feito. "Tem casos de indígena mulher ficar bêbada com crianças no colo, sem contar as confusões que eles fazem aqui", relatou.
Os moradores também se mostram preocupados e revoltados com a situação. "Ninguém invade a área yanomami, mas a presença deles na cidade está causando grandes riscos à população, pois andam em meio às ruas, batem nas casas em busca de alimentos, roupas dentre outros produtos. Temos medo, já que quando estão bêbados, ficam violentos", disse a dona de casa Maria Eunice da Silva.
Conforme o coordenador regional da Funai, André Vasconcelos, o órgão tem sido chamado constantemente ao local. O deslocamento, conforme Vasconcelos, deve ser acompanhado pelos técnicos da Funai. "Quando negociamos com eles o transporte do produto até a cidade, os técnicos acompanham a venda dos alimentos e depois retornam à comunidade. O objetivo é fazer com que eles saíam e voltem à área indígena sem causar nenhum constrangimento às pessoas de Caracaraí. Por isso a Funai vem trabalhando em cima disso junto com outros órgãos", frisou o coordenador.
Na região do Ajarani a Funai tem uma coordenação técnica e uma Base de Proteção e Étnico Desenvolvimento (Bap). Em reunião realizada quarta-feira, o órgão, junto com representes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Instituto Sócio-Ambiental e a Hutukara Associação Yanomami, discutiu a questão do extrativismo e o problema do alcoolismo. O projeto da Sesai Educação em Saúde será levado aos índios.
A conscientização junto à população de Caracaraí também é feita, como a distribuição de panfletos pedindo que os comerciantes não comercializem bebida alcoólica para os índios, o que é proibido, ou até mesmo fazer qualquer tipo de troca.
Vasconcelos destacou que projetos, como a casa de farinha, desenvolvimento do sistema agroflorestal (mudas nativas) e apicultura, são desenvolvidos pela Funai e Ministério do Desenvolvimento Social com os indígenas. "Desde o início do ano que idealizamos um grupo de trabalho para enfrentar o problema desta região e também a questão do extrativismo por meio dos projetos", afirmou.
A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal informou que hoje será analisada a temática envolvendo a questão e posteriormente fará o pronunciamento sobre o caso.
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=126127
Na última quinta-feira o yanomami Ceará Xirixana foi atropelado e morto na BR-174, a sete quilômetros da cidade de Caracaraí. Os índios que o acompanhavam são das comunidades de Xexena e Cachoerinha, na região de Ajarani, distante aproximadamente 30 km de Caracaraí. Ali, residem 87 indígenas.
Os yanomami extraem os produtos da floresta, como açaí, buritis e bacaba, sendo estes um grande potencial na região. Depois disso vão até Caracaraí fazer a comercialização. Porém, enquanto alguns índios investem na compra de utensílios, outros aproveitam para adquirir bebida alcoólica. É quando começam os problemas.
A vice-prefeita do município, Socorro Guerra, disse por telefone que a Prefeitura de Caracaraí já pediu providências para o Ministério Público e também à Funai, pois, segundo ela, os yanomami estão abandonados, por isso ficam perambulando nas ruas da sede do município.
Em Boa Vista, os yanomami têm uma casa de apoio
Depois de ingerir bebida alcoólica começam as brigas. Na maioria dos casos a polícia é chamada para averiguar a situação, mas a vice-prefeita disse que nada pode ser feito. "Tem casos de indígena mulher ficar bêbada com crianças no colo, sem contar as confusões que eles fazem aqui", relatou.
Os moradores também se mostram preocupados e revoltados com a situação. "Ninguém invade a área yanomami, mas a presença deles na cidade está causando grandes riscos à população, pois andam em meio às ruas, batem nas casas em busca de alimentos, roupas dentre outros produtos. Temos medo, já que quando estão bêbados, ficam violentos", disse a dona de casa Maria Eunice da Silva.
Conforme o coordenador regional da Funai, André Vasconcelos, o órgão tem sido chamado constantemente ao local. O deslocamento, conforme Vasconcelos, deve ser acompanhado pelos técnicos da Funai. "Quando negociamos com eles o transporte do produto até a cidade, os técnicos acompanham a venda dos alimentos e depois retornam à comunidade. O objetivo é fazer com que eles saíam e voltem à área indígena sem causar nenhum constrangimento às pessoas de Caracaraí. Por isso a Funai vem trabalhando em cima disso junto com outros órgãos", frisou o coordenador.
Na região do Ajarani a Funai tem uma coordenação técnica e uma Base de Proteção e Étnico Desenvolvimento (Bap). Em reunião realizada quarta-feira, o órgão, junto com representes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Instituto Sócio-Ambiental e a Hutukara Associação Yanomami, discutiu a questão do extrativismo e o problema do alcoolismo. O projeto da Sesai Educação em Saúde será levado aos índios.
A conscientização junto à população de Caracaraí também é feita, como a distribuição de panfletos pedindo que os comerciantes não comercializem bebida alcoólica para os índios, o que é proibido, ou até mesmo fazer qualquer tipo de troca.
Vasconcelos destacou que projetos, como a casa de farinha, desenvolvimento do sistema agroflorestal (mudas nativas) e apicultura, são desenvolvidos pela Funai e Ministério do Desenvolvimento Social com os indígenas. "Desde o início do ano que idealizamos um grupo de trabalho para enfrentar o problema desta região e também a questão do extrativismo por meio dos projetos", afirmou.
A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal informou que hoje será analisada a temática envolvendo a questão e posteriormente fará o pronunciamento sobre o caso.
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=126127
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