De Povos Indígenas no Brasil
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Indígenas preparam 'procissão' ao parque de exposições; índios dizem que 600 transferiram títulos para Itaporã mas cartório nega e afirma que foram em torno de 15
10/05/2012
Fonte: Dourados Agora -http://www.douradosagora.com.br
Eles vão seguir em carroças, cavalos, bicicletas, motos e carros até o parque que recebe centenas de pessoas a partir de hoje
Terenas, caiuás e guaranis em protesto por melhorias nas estradas vicinais da Reserva de Dourados se preparam para levar o manifesto ao Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, que abre hoje para a 48ª Expoagro.
Segundo o terena Celso Mamede, morador na Aldeia Jaguapiru, os indígenas deverão seguir em tratores, carroças, cavalos, carros, motos e bicicletas até o Parque, que começa a receber, a partir desta quinta-feira, centenas de visitantes de todo sul do Estado. "Estamos conversando para decidir a que hora vamos fazer isto", disse Mamede, há pouco, ao Douradosagora.
O terena Vilmar Martins Machado, da Jaguapiru, confirma a pretensão de levar o manifesto para o Parque de Exposições. "Se até as primeiras horas da tarde não aparecer ninguém [governo] para falar com a gente, vamos para o Parque", afirmou. Machado diz que a comunidade teme sofrer retaliações, mas apesar dos supostos riscos, eles estão empenhados em alargar o manifesto, hoje durante a 48ª Expoagro. "Vamos deixar a estrada fechada e vamos para o parque", avisa.
As lideranças indígenas reagiram com indignação frente à declaração do governador André Puccinelli. Ele teria dito que não tomaria qualquer decisão sob pressão. A comunidade cobra o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a fim de que o Estado fizesse a compensação ambiental pela obra de duplicação da MS-156.
"O combinado é que o governo mandasse o Dnit dar manutenção nas estradas da aldeia pelo menos duas vezes ao ano, mas não aconteceu e já fez tem que não aparecem", diz Mamede, lembrando que as vias no interior das aldeias Bororó e Jaguapiru estão intransitáveis. Escolas e postos de saúde continuam parados, sem previsão para voltar a funcionar, alerta Mamede.
ELEITORES INDÍGENAS 'MUDAM' PARA ITAPORÃ
Mamede também confirmou ao Douradosagora que cerca de 600 indígenas conseguiram transferir os títulos de eleitor de Dourados para a comarca de Itaporã. O total representa cerca de 10% do total de eleitores da Reserva - cerca de 6.500, diz Mamede. Mas, em contato com o posto de atendimento do Cartório Eleitoral da 43ª Zona, que atende em Itaporã, disse que este número é bem menor que o anunciado pelas lideranças indígenas. Segundo Daiane Ragone Medeiros, as transferências não passam de 15 títulos, cujos eleitores conseguiram apresentar toda documentação.
Questionado sobre a obrigatoriedade do eleitor ter residência no local onde vota, Mamede disse que a maioria dos que pretendiam votar em Itaporã têm endereço fixo ali, junto a parentes.(*)
Conforme vem noticiando o Douradosagora, o protesto por melhores estradas começou na segunda-feira, com desvio dos veículos aldeias adentro. Depois os indígenas fecharam a MS-156 com uma grande tora e quem vem de Itaporã a Dourados é obrigado voltar.
No sentido contrário, deve pegar o Anel Rodoviário (à esquerda) até a Avenida Guaicurus e a Placa do Abadio, Itaporã e adjacências. A Força Tática está posicionada na rotatória do Anel Rodoviário, orientando condutores.
SERVIDORES DA UFGD E VEREADORES 'DE FORA' APOIAM INDÍGENAS
Nesta manhã, os indígenas receberam dois ônibus lotados de servidores administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que se deslocaram para o trecho na 156 a fim de prestar apoio ao movimento dos indígenas. Os técnicos da UFGD também fecharam uma rodovia esta manhã. A avenida Guaicurus, de acesso aos campi da UFGD/Uems, quartel, distritos e aeroporto.
Dois vereadores, da etnia caiuás, Alfredo Garai(PR/Tacuru) e Gildo Martins (PMDB/Coronel Sapucaia) também engrossam o protesto. Ele chegaram esta manhã e dizem que 'a luta' é de todos os cauiás e guaranis do Estado.
Entre Dourados e Itaporã, a MS-156 continua bloqueada nos dois sentidos. Os índios utilizaram trator e uma tora para impedir o trânsito e se revezem nas rotatórias. Pintados para a 'guerra' e ornamentados com seus cocares de penas coloridas, os indígenas levaram para lá instrumentos, como tambores, para anunciar a revolta da comunidade para o que eles chamam de 'descaso' do poder público.
http://www.douradosagora.com.br/dourados/indigenas-preparam-procissao-a-parque-de-exposicoes-10-transferiram-titulos
Terenas, caiuás e guaranis em protesto por melhorias nas estradas vicinais da Reserva de Dourados se preparam para levar o manifesto ao Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, que abre hoje para a 48ª Expoagro.
Segundo o terena Celso Mamede, morador na Aldeia Jaguapiru, os indígenas deverão seguir em tratores, carroças, cavalos, carros, motos e bicicletas até o Parque, que começa a receber, a partir desta quinta-feira, centenas de visitantes de todo sul do Estado. "Estamos conversando para decidir a que hora vamos fazer isto", disse Mamede, há pouco, ao Douradosagora.
O terena Vilmar Martins Machado, da Jaguapiru, confirma a pretensão de levar o manifesto para o Parque de Exposições. "Se até as primeiras horas da tarde não aparecer ninguém [governo] para falar com a gente, vamos para o Parque", afirmou. Machado diz que a comunidade teme sofrer retaliações, mas apesar dos supostos riscos, eles estão empenhados em alargar o manifesto, hoje durante a 48ª Expoagro. "Vamos deixar a estrada fechada e vamos para o parque", avisa.
As lideranças indígenas reagiram com indignação frente à declaração do governador André Puccinelli. Ele teria dito que não tomaria qualquer decisão sob pressão. A comunidade cobra o cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a fim de que o Estado fizesse a compensação ambiental pela obra de duplicação da MS-156.
"O combinado é que o governo mandasse o Dnit dar manutenção nas estradas da aldeia pelo menos duas vezes ao ano, mas não aconteceu e já fez tem que não aparecem", diz Mamede, lembrando que as vias no interior das aldeias Bororó e Jaguapiru estão intransitáveis. Escolas e postos de saúde continuam parados, sem previsão para voltar a funcionar, alerta Mamede.
ELEITORES INDÍGENAS 'MUDAM' PARA ITAPORÃ
Mamede também confirmou ao Douradosagora que cerca de 600 indígenas conseguiram transferir os títulos de eleitor de Dourados para a comarca de Itaporã. O total representa cerca de 10% do total de eleitores da Reserva - cerca de 6.500, diz Mamede. Mas, em contato com o posto de atendimento do Cartório Eleitoral da 43ª Zona, que atende em Itaporã, disse que este número é bem menor que o anunciado pelas lideranças indígenas. Segundo Daiane Ragone Medeiros, as transferências não passam de 15 títulos, cujos eleitores conseguiram apresentar toda documentação.
Questionado sobre a obrigatoriedade do eleitor ter residência no local onde vota, Mamede disse que a maioria dos que pretendiam votar em Itaporã têm endereço fixo ali, junto a parentes.(*)
Conforme vem noticiando o Douradosagora, o protesto por melhores estradas começou na segunda-feira, com desvio dos veículos aldeias adentro. Depois os indígenas fecharam a MS-156 com uma grande tora e quem vem de Itaporã a Dourados é obrigado voltar.
No sentido contrário, deve pegar o Anel Rodoviário (à esquerda) até a Avenida Guaicurus e a Placa do Abadio, Itaporã e adjacências. A Força Tática está posicionada na rotatória do Anel Rodoviário, orientando condutores.
SERVIDORES DA UFGD E VEREADORES 'DE FORA' APOIAM INDÍGENAS
Nesta manhã, os indígenas receberam dois ônibus lotados de servidores administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que se deslocaram para o trecho na 156 a fim de prestar apoio ao movimento dos indígenas. Os técnicos da UFGD também fecharam uma rodovia esta manhã. A avenida Guaicurus, de acesso aos campi da UFGD/Uems, quartel, distritos e aeroporto.
Dois vereadores, da etnia caiuás, Alfredo Garai(PR/Tacuru) e Gildo Martins (PMDB/Coronel Sapucaia) também engrossam o protesto. Ele chegaram esta manhã e dizem que 'a luta' é de todos os cauiás e guaranis do Estado.
Entre Dourados e Itaporã, a MS-156 continua bloqueada nos dois sentidos. Os índios utilizaram trator e uma tora para impedir o trânsito e se revezem nas rotatórias. Pintados para a 'guerra' e ornamentados com seus cocares de penas coloridas, os indígenas levaram para lá instrumentos, como tambores, para anunciar a revolta da comunidade para o que eles chamam de 'descaso' do poder público.
http://www.douradosagora.com.br/dourados/indigenas-preparam-procissao-a-parque-de-exposicoes-10-transferiram-titulos
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