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Comissão intercede por garimpeiros brasileiros detidos na Venezuela

14/12/2004

Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR



A Comissão Parlamentar Brasil/Venezuela, presidida pelo deputado Chico Rodrigues (PFL), manteve contato no final de semana com o embaixador do Brasil na cidade venezuelana Puerto Ayacucho, João Carlos de Sousa Gomes, e com o comando da 52ª Brigada de Selva daquele país para tentar apressar o julgamento dos 21 garimpeiros brasileiros detidos no país vizinho, por garimpagem ilegal.
Conforme o parlamentar roraimense, 11 dos 21 garimpeiros brasileiros detidos devem ser julgados até amanhã e os outros dez apenas em janeiro de 2005. Teria ficado decidido que o Itamaraty contratará um advogado venezuelano para defender os detentos.
Além da contratação do advogado, houve uma negociação da presidência da Comissão Brasil/Venezuela com as autoridades daquele país para que os prisioneiros sejam transferidos da cadeia pública de Puerto Ayacucho, onde são mantidos em situação subumana, para um quartel do Exército venezuelano ou da Guarda Nacional, para terem a sua segurança resguardada.
Ainda esta semana, Chico Rodrigues e o vice-presidente da Comissão Brasil/Venezuela, deputado Alberto Fraga (PTB-DF) devem solicitar a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso. Eles querem que Lula interceda pelos brasileiros junto ao presidente Hugo Chavez para garantir um julgamento justo para os garimpeiros.
SITUAÇÃO - De acordo com o relato do deputado Chico Rodrigues, um dos brasileiros detidos na Venezuela, José Gomes Neto, que sofre de diabetes, hipertensão e cálculo renal está há meses sem tomar medicamentos para controlar as doenças. Ele é cearense e trabalhava como comerciante em São Gabriel da Cachoeira, no vizinho Estado do Amazonas, antes de ir garimpar na Venezuela. Segundo as informações colhidas, José Gomes tem parentes que moram em Roraima.
Outro brasileiro detido, José Carvalho Medeiros, foi espancado a terçadadas pela carceragem da cadeia onde se encontra. Outros garimpeiros presos com os quais o presidente da comissão manteve contato foram Edílson de Melo Rocha, Luiz Ramos de Sousa e João Batista de Maria.
"O que nós queremos é que eles sejam tratados com humanidade. Os venezuelanos que vêm para o Brasil quando aqui chegam são bem tratados e isso não está acontecendo com os brasileiros detidos lá", observou. (L.V.)
 

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