De Povos Indígenas no Brasil
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Trajetória indígena em mostra na Brasiliana
26/05/2015
Autor: Marcela Campos
Fonte: Jornal do Campus- JC (São Paulo - SP) - www.jornaldocampus.usp.br
É na Sala Multiuso da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin que estão expostos, desde o último dia 6, registros históricos que narram o desbravamento das terras brasileiras ainda no séc. XIX. Os relatos e ilustrações de Hercule Florence (1804 - 1879), desenhista oficial da expedição científica Langsdorff (1825 - 1829) e um dos mais fiéis retratistas de indígenas na década de 1820, reconstroem a jornada na exposição, que fica até 30 de junho na Universidade de São Paulo: "O Olhar de Hercule Florence sobre os Índios Brasileiros".
Fruto da curadoria de Glória Kok e Francis Melvin Lee, o projeto nasceu de um convite do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER-USP), que trouxe o Instituto Hercule Florence (IHF) e seu acervo para a execução da mostra, que conta com a obra etnográfica do retratista bem como itens da cultura material das tribos.
Para mostrar a trajetória indígena no País e também, segundo Francis, "as dinâmicas resultantes do encontro entre índios e não-índios", a exposição lança mão de didáticas linhas do tempo que levam o espectador a conhecer hábitos, vestimentas e rituais de nove das tribos indígenas brasileiras. Recebem destaque, em grandes vitrines, os Apiaká e os Mundukuru: "São os grupos melhor descritos por Hercule Florence e extremamente simbólicos das dinâmicas decorrentes do contato entre índios e não-índios", explica a curadora. De fato, o retratista discorre, em L'Ami des Arts livré à lui même - diário de bordo da viagem -, desde aspectos físicos até trejeitos culturais e suas intersecções com a cultura branca.
Os relatos vêm corroborados por objetos e iconografias. De acordo com Francis, "a combinação de várias linguagens provém da própria versatilidade de Hercule." Portanto, para a curadora não há "nada mais natural que combinar as várias técnicas para retratar seu olhar", resultando numa exposição que agrega material digital como tablets e vídeos.
O didatismo conferido à mostra pela cronologia documental de narrativas e imagens finaliza-se, muitas das vezes, em fotografias referentes à década de 1980. A escolha denota a modificação da vida indígena decorrida do processo de confluência cultural que tomou lugar desde a colonização do Brasil e ainda avança sobre o relicário indígena do País, mas "mais do que um processo civilizatório, o uso de fotografias na exposição reflete a crescente importância do registro iconográfico até os nossos dias, e para todas as culturas", encerra Francis.
http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2015/05/trajetoria-indigena-em-mostra-na-brasiliana/
Fruto da curadoria de Glória Kok e Francis Melvin Lee, o projeto nasceu de um convite do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER-USP), que trouxe o Instituto Hercule Florence (IHF) e seu acervo para a execução da mostra, que conta com a obra etnográfica do retratista bem como itens da cultura material das tribos.
Para mostrar a trajetória indígena no País e também, segundo Francis, "as dinâmicas resultantes do encontro entre índios e não-índios", a exposição lança mão de didáticas linhas do tempo que levam o espectador a conhecer hábitos, vestimentas e rituais de nove das tribos indígenas brasileiras. Recebem destaque, em grandes vitrines, os Apiaká e os Mundukuru: "São os grupos melhor descritos por Hercule Florence e extremamente simbólicos das dinâmicas decorrentes do contato entre índios e não-índios", explica a curadora. De fato, o retratista discorre, em L'Ami des Arts livré à lui même - diário de bordo da viagem -, desde aspectos físicos até trejeitos culturais e suas intersecções com a cultura branca.
Os relatos vêm corroborados por objetos e iconografias. De acordo com Francis, "a combinação de várias linguagens provém da própria versatilidade de Hercule." Portanto, para a curadora não há "nada mais natural que combinar as várias técnicas para retratar seu olhar", resultando numa exposição que agrega material digital como tablets e vídeos.
O didatismo conferido à mostra pela cronologia documental de narrativas e imagens finaliza-se, muitas das vezes, em fotografias referentes à década de 1980. A escolha denota a modificação da vida indígena decorrida do processo de confluência cultural que tomou lugar desde a colonização do Brasil e ainda avança sobre o relicário indígena do País, mas "mais do que um processo civilizatório, o uso de fotografias na exposição reflete a crescente importância do registro iconográfico até os nossos dias, e para todas as culturas", encerra Francis.
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