De Povos Indígenas no Brasil

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13/08/2005

Autor: RODRIGO VARGAS

Fonte: Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT



Depois do fracasso do projeto agropecuário, as terras da Suiá-Missu foram
repassadas pela família Ometto ao controle de corporação italiana Agip
Petroli (holding da estatal Ente Nazionali Idrocarburi - ENI).

Em 1992, em meio às várias discussões que marcaram a Conferência Mundial do Meio Ambiente (ECO-92), no Rio de Janeiro, representantes de empresa se comprometeram verbalmente a devolver a área original aos xavantes.

De acordo com o cacique Damião, foi a notícia sobre este diálogo que abriu caminho à entrada de posseiros na região. Na visão dos xavantes, eles teriam sido usados como parte da estratégia para impedir a concretização da reserva.

"Políticos e grandes fazendeiros começaram chamar gente de Campinápolis, Rondonópolis, Barra do Garças e até do Pará e Goiás para invadir a fazenda", relata o cacique. "O objetivo era ocupar antes que os xavantes voltassem".

Desde 1992, a estimativa é de que cerca de 1,5 mil posseiros tenham
entrado nas terras da antiga Suiá-Missu. O movimento fez surgir cidades
como Alto Boa Vista, que tem 60% de seu território dentro da área
homologada dos xavantes
 

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